Capítulo 23

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Pov autora:

Luan respirou fundo, ao lado de Caio, que ainda estava ofegante. Ele sentiu o coração acelerado, não por causa da própria ansiedade, mas pela intensidade do que acabara de vivenciar. Observando Caio, com os olhos um pouco inchados e a expressão ainda marcada pelo medo, Luan sentiu uma mistura de empatia e alívio.

Enquanto continuava a segurar a mão de Caio, Luan lembrou-se de quão difícil era ver seu namorado passar por aquele momento. Ele não conseguia deixar de pensar em como, em instantes assim, a vulnerabilidade deles se tornava ainda mais evidente. A crise de ansiedade havia surgido do nada, e Luan se viu imediatamente imerso na necessidade de apoiar, confortar e proteger a pessoa que ele amava.

Depois de alguns minutos, com a respiração de Caio voltando lentamente ao normal, uma sensação de paz começou a se instaurar em Luan. Ele percebeu que, apesar da angústia que havia enfrentado junto a Caio, ele também sentia um orgulho silencioso. Orgulho de ter conseguido estar presente, de ter usado suas palavras e toques suavizantes para ajudar a acalmar a tempestade interna do namorado.

Ouvindo o leve som da respiração de Caio se estabilizando, Luan teve um momento de reflexão. Ele pensou em como momentos como aquele reforçavam a conexão entre eles. Para Luan, não era apenas sobre combater a ansiedade; era sobre ser um porto seguro para Caio, um lugar onde ele poderia se sentir amado e compreendido, mesmo nos momentos mais difíceis.

Com um sorriso suave e encorajador, Luan virou-se para Caio e sussurrou: "Está tudo bem agora, estou aqui com você." Ele sabia que aquele apoio era fundamental e que, enquanto estivesse ao lado de Caio, eles poderiam enfrentar qualquer tempestade juntos.

Pov Luan:

- O que aconteceu neném? - pergunto carinhosamente, passando a mão em seu rosto.

Ele pega um papel, me entrega fazendo sinal para ler. Leio atentamente tudo e entendo porque Caio ficou dessa maneira, eu imagino tudo o que deve ter passado por sua cabeça após ler.

Não sei se devo falar sobre a carta, não sei se ele quer falar sobre, então só o aperto mais contra mim, mostrando que eu estava ali para o que ele precisar.

- Eu não sei se devo acreditar - sussurra com a cabeça no meu pescoço - o que você acha? - pergunta levantando seu olhar para mim.

- Eu não sei querido, eu queria saber o que te dizer, mas o que você decidir eu estou aqui te apoiando tá bom? Se você quiser esquecer isso eu te entendo e se quiser ir atrás dela, para saber onde ela tá eu te ajudo também.

- Obrigado - me dá um abraço e ficamos assim por um tempo - não quero pensar nisso agora, já tá tarde, quer dormir aqui, comigo?

- Só vou avisar minha mãe.

- Tá bom, vem vamos sair do chão - levanta e estende a mão me ajudando levantar.

Aviso minha mãe que ia ficar pois Caio não estava muito bem ainda e ela aceitou. O loiro me leva para seu quarto, a primeira coisa que noto é a organização, não tem se quer uma coisa fora do lugar enquanto o meu é um caos.

- Agora até fiquei com vergonha do meu quarto diante do seu.

- Por que? - pergunta enquanto arruma a cama para dormirmos.

- Não tem nada fora do lugar, você deve ter se assustado quando entro no meu - ele dá uma risadinha.

- Que nada, eu só não gosto de bagunça, mas por você eu faço um esforço pra aturar sua bagunça - fala brincando - quando nós morar junto eu te ajudo a mudar esse hábito, vem deitar - fala se jogando na cama, eu deito ao seu lado e ele me puxa para seu peito.

O garoto quietoOnde histórias criam vida. Descubra agora