Capítulo Nove

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A noite estava silenciosa, quebrada apenas pelo som ocasional da chuva caindo suave lá fora. As gotas de água bateram contra a janela com um ritmo calmante, criando uma sinfonia suave que parecia fazer parte do ambiente ao redor de nós. As luzes da cidade, filtradas pela cortina semi-translúcida, lançavam um brilho tênue no quarto, conferindo um ar aconchegante e íntimo ao espaço.

Eu me encontrava deitado na cama, meu corpo ainda ajustando-se ao novo conforto que Baji havia trazido. A noite estava fria, e o calor que emanava de Baji ao meu lado era um contraste agradável. O cheiro dele, uma mistura de sabonete suave e uma nota de algo que eu ainda não conseguia identificar, envolvia-me como um abraço invisível. Era o tipo de perfume que me fazia sentir em casa, seguro e protegido, apesar dos pesares.

Baji estava deitado ao meu lado, os cabelos negros caindo sobre o travesseiro em uma desordem suave. Seus olhos estavam fechados, mas um leve sorriso tocava seus lábios, como se ele estivesse sonhando com algo bom. Eu não pude deixar de admirar a serenidade que ele exalava, um contraste marcante com a turbulência que eu sentia por dentro. Suas mãos estavam entrelaçadas com as minhas, e eu podia sentir a suavidade de seus dedos contra os meus, um lembrete constante da conexão que estávamos compartilhando.

A cama estava quente e convidativa, e eu estava consciente de cada pequeno movimento de Baji, cada toque que parecia transmitir uma sensação de proximidade e carinho. Quando ele se moveu, puxando-me mais para perto, eu senti uma onda de conforto se espalhar por mim. Seus braços envolveram-me em um abraço gentil, e eu senti seu peito contra as minhas costas, o ritmo constante de sua respiração criando um efeito calmante. Era como se cada respiração dele fosse um mantra que acalmava minha mente inquieta.

Com o desejo crescente de estar mais próximo dele, eu me virei para encarar Baji, tentando ler suas expressões no escuro. Seus olhos estavam fechados, mas havia uma paz em seu rosto que eu não via há tempos. A sensação de estar tão perto dele era ao mesmo tempo emocionante e inquietante. Meu corpo estava ansioso, e o calor de seu corpo contra o meu estava me fazendo questionar o que exatamente ele sentia por mim.

Não conseguindo mais resistir, eu me aproximei um pouco mais, sentindo a maciez de sua pele contra a minha. Com um movimento suave, meus lábios tocaram os dele, em um beijo lento e exploratório. Baji respondeu com a mesma suavidade, seus lábios se movendo sobre os meus em um ritmo harmonioso. O beijo se aprofundou, a paixão crescente se tornando palpável à medida que nossas bocas se encontravam com mais intensidade.

Baji deslizou suas mãos pelo meu corpo, explorando cada curva com um toque gentil e preciso. Eu pude sentir a eletricidade das suas carícias, e a cada toque, um desejo profundo se acendia dentro de mim. Nossos corpos estavam cada vez mais próximos, e a sensação de sua pele nua contra a minha era irresistível. As carícias se tornaram mais ousadas, cada movimento seu era um convite para explorar mais.

Enquanto a intensidade aumentava, nossos corpos se moviam em uma dança sincronizada, cada toque e beijo carregando uma carga de desejo reprimido. As respirações se tornaram mais rápidas, e o calor entre nós era quase insuportável. O quarto se encheu com os sons de nossa paixão, um murmúrio de prazer e suspiros que ecoavam na atmosfera íntima.

Quando finalmente nos entregamos completamente um ao outro, foi como se o mundo ao nosso redor desaparecesse. Cada toque, cada beijo, era um manifesto de amor e desejo. Sentir Baji tão próximo de mim, sentir seu corpo se encaixando perfeitamente com o meu, era a realização de uma fantasia íntima que eu havia nutrido por tanto tempo.

Após a tempestade de emoções, ambos nos entregamos ao abraço reconfortante de nossos corpos, o calor e a suavidade do outro criando um espaço seguro e cheio de amor. O silêncio envolveu-nos novamente, mas desta vez, era um silêncio cheio de satisfação e ternura.

Enquanto o sono começava a envolver-nos, eu me deixei relaxar completamente, apreciando o conforto e a segurança que Baji me proporcionava. Com o calor de seu corpo ao meu lado, eu me permiti acreditar que, pelo menos naquela noite, tudo estava certo. E com essa certeza, eu adormeci, aguardando o que o futuro nos reservava, um dia de cada vez.

O Garoto do Andar de BaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora