Capítulo 9

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               Andrew Sanchez

Emma estava completamente bêbada; ela caiu no sono assim que entrou no carro. Tirei uma mecha de seu rosto, revelando suas perfeitas sardas. Meu anjo é tão linda. Dou partida no carro e falo com Sarah para levar o carro de Emma, mas não deixei que a levassem.
Enquanto dirijo, Emma começa a falar algumas coisas sem sentido, como "Foi minha culpa" "Me deixem em paz", seu corpo está tremendo.

Eu vou descobrir e acabar com os malditos que estão atormentando meu anjo, tanto neste momento quanto em todos os outros que já vi. Seus olhos cansados carregam uma tristeza profunda; embora seu jeito possa ser alegre e ela responda a todos, seus olhos não mentem. Na verdade, ela não consegue mentir para mim.

Rastreo seu celular ou até mesmo a seguindo, o que parece loucura, mas não pra mim. Eu sei o que acontece com ela; os caras que ela chama de demônios são os bandidos que mataram seus pais, e eles estão soltos por aí, mas não por muito tempo; o caminho deles está encaminhado para o inferno.

Toco levemente em sua mão, e ela aperta a minha, parando de tremer.

__Eu vou acabar com isso, amor.__ Depois de alguns minutos, chegamos à sua casa. Ela acorda lentamente, processando o que está acontecendo. Seu cabelo está bagunçado. Desço do carro, abro a porta para ela sair e a ajudo a descer.

__Saiba...__ Ela para e coloca o dedo em minha cara: __Eu não gosto de você.

__Não por muito tempo.__ Respondo enquanto caminhamos até a porta da sua casa.

__A chave está aqui.__ Ela se agacha, vai até o jarro de flores que está no canto e acaba caindo no chão, o que me faz sorrir. Peguei a chave, abri a porta, coloquei-a no colo e entrei, a levando direto para o banheiro. Liguei o chuveiro e a água fria caiu sobre seu corpo.

__Aí, tá gelada.__ Ela reclama, e eu a deixo lá enquanto vou até seu quarto para pegar uma camisa larga que serviria como um vestido para ela e um short de dormir.

__Está em condições de se vestir?__ Pergunto, e ela assente. Fecho a porta, e tudo fica em silêncio até que escuto um choro. Abro a porta imediatamente; ela está sentada no chão, no canto da pia. Seu pescoço está marcado por unhas e seu cabelo bagunçado. Seu choro se aumenta, então corro em sua direção a colocando em minha pernas

__Ei, para com isso.__ Tento segurá-la, pois ela estava machucando seu pescoço.

E tudo que menos quero que minha sardenta se machuque eu quero curá-la

__Eu não sei o que fazer, eles não me deixam em paz.__ Seguro sua mão para que ela se controle. Meu coração não aguenta ver meu anjo assim; tudo menos seu sofrimento.

Ela se inclina para vomitar, e eu seguro seu cabelo.

__Andrew.__ Seus olhos inchados me encaram, __Me ajuda, eu não aguento mais.

__Eu farei tudo que me pedir, sardenta.__ Digo, segurando seu rosto angelical e enxugando suas lágrimas.

__Não me chame assim, idiota__ Eu sorrio, pois mesmo desse jeito, ela ainda me enfrenta.__ Então... você faria qualquer coisa por mim?.

__Eu queimaria o mundo por você, se for preciso, anjo.

__Então mata os demônios que me atormentam. Eu sei que eles ainda estão por aí. Tira eles da minha cabeça. Não me importo se você os matar; eu não tenho o que perder, Andrew. Os únicos que eu deveria cuidar e proteger estão mortos. Não há mais motivos para continuar aqui.__ Suas palavras sinceras me atingem; sua dor se torna a minha. Talvez o que ela esteja pedindo seja só efeito do álcool; ela não está totalmente sóbria, e amanhã não vai lembrar de nada. Mas, ainda assim, vou fazer o que ela me pediu.

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