Capítulo 7

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Quando o chefe de obra me ligou avisando que teve um intruso na obra e que teve danos, eu já sabia quem seria, então parti para a cabana daquele ursão mal-humorado gostoso de uma figa, como estamos na época do ano que não fica escuro eu fui com co...

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Quando o chefe de obra me ligou avisando que teve um intruso na obra e que teve danos, eu já sabia quem seria, então parti para a cabana daquele ursão mal-humorado gostoso de uma figa, como estamos na época do ano que não fica escuro eu fui com coragem e muita raiva até ele.

— Pare, mulher.— ele fala mais alto enquanto acerto alguns tapas pelo seu tronco duro.

— Não paro.— grito enfurecida.

Com uma força ele prende num abraço e sinto o cheiro do sabonete, ergo meus olhos e vejo quando suas pupilas se dilatam e me debato.

— Fique quietinha, queen.— sua voz sai mais grossa que o normal e tenho um efeito no meu corpo que me faz ficar assustada. — Falei para ficar quietinha, queen.— repete esse apelido que me faz ficar estranha.

Paro de me debater e então ele me solta e dou dois passos para trás e me recupero e aponto um dedo para o seu rosto e digo.

— Se você fizer algo no novamente, irei chamar a polícia.— e lhe dou as costas.

— Então vá embora, deixe que o local fique em silêncio. — ele grita e paro de andar, conto mentalmente até dez e olho por cima do ombro e respondo sorrindo.

— O terreno é meu, ursão mal-humorado.— e volto a andar até a minha moto neve.

— Você não vai ganhar essa, queen.— me assusto com sua voz bem próxima a mim.

— Não queira competir comigo.— ligo a minha moto neve e saio dali.

Meu corpo todo está estranho, minha cabeça sinto ela pesada.

— Deve ser nervoso.— digo a mim mesma.

Volto para casa e tento descansar, mas minha mente não para de pensar em uma pequena vingança pelos fios e freios cortados, no meio da madrugada Draco dorme todo esparramado no sofá e eu estou na minha cozinha segurando um copo de suco e tenho uma ideia.

— Senhor lenhador, vai ter um problema com as lenhas.— gargalho alto.

Volto para o quarto e vou dormir, agora que criei meu plano de vingança preciso fazer com calma, assim não fica tão na cara.

Acordo no dia seguinte com uma dor de cabeça e me lembro de um sonho estranho onde estou numa sala cheia de livros e ao meu lado tem alguém, mas não consigo me lembrar. Após enrolar alguns minutos deitada me levanto e escuto os latidos de Draco e vou ver o que é.

— Calma, garoto.— falo o segurando já que Draco arranha a porta toda animado.— Deixa eu ver quem é.

Com muito custo, olhei pela janela e vi o ursão mal-humorado parado na minha varanda.

— O que quer?— pergunto alto enquanto tento tirar Draco da frente.

— Vim me desculpar.

— Ok, ta desculpado.— respondo e consigo fazer que Draco vá para perto do sofá.— Agora pode ir embora.— coloco minha mão na maçaneta e escuto tipo um grunhido.

— Eu vim em paz, Queen.

— Eu não quero paz.— sou sincera.— Aguarde que vou dar o troco.— e fecho a porta e uso as trancas.

Ele bateu mais algumas vezes enquanto gritava para eu abrir a porta e só me afastei com um sorriso no rosto. Draco me olhava com uma cara estranha enquanto eu mexia na cozinha.

— O que foi Draco? — pergunto e ele bufa.— Agora vai me dizer que estou errada e que você é fã do ursão? — então ele late animado.— Que bonito em.

Me sinto tonta e me apoio no balcão da pia, respiro fundo e fecho meus olhos.

Sorrio ao segurar um buquê de lírios-brancos, meu coração está batendo freneticamente e sinto duas mãos segurarem cada lado do meu quadril e falar no meu ouvido.

— Ainda vamos casar, queen.

Abro meus olhos assustada como a minha mente adora me pregar peças, só bastou eu ouvir aquele apelido que ela já criou todo esse cenário.

— Pare de bobagem, Isla.— dou duas batidinhas no meu rosto.

Resolvo começar o meu dia e esquecer o ursão mal-humorado e essa alucinação que tive há pouco. Me arrumo e antes de sair deixo água e comida para Draco que resolve me ignorar.

— A gente cria, passa noite em claro e ainda faz isso.— resmungo saindo de casa.

Faço o caminho até a construção do hotel, chegando na área vejo as maquinas trabalhando e os funcionários andando de um lado para o ouro, até que sou chamada pelo mestre de obras que quer me mostrar que foi finalizado a primeira parte da área dos chalés.

— Ficou com esse espaço.— ele aponta para o lugar vazio.

Observo o local e imagino uma estufa de flores.

— Podemos usar para fazer uma estufa de flores.— falo animada e ele me olha como se eu fosse uma maluca.

— No Alasca?

Reviro meus olhos e então conto o que pensei, depois seguimos para uma reunião e fui para o escritório criado ali para começar a fazer uma pesquisa de preços de tudo que for necessário para a estufa e no final do dia estava cansada e tomando coragem para fazer uma visita.

— Tinha que ser o único lenhador na área.— chuto a neve fofa e xingo.

— Porque sou louco suficiente.— me assusto com a voz dele do meu lado. — Me desculpe. — olho para ele e consigo ver que tem o rosto numa coloração avermelhada que o deixa lindo, mesmo com a barba grossa que cobre seu rosto.

— O que faz aqui? — pergunto me recompondo.

Preciso lembrar que ele é o inimigo.

— Um dos funcionários da sua obra.— faz uma careta.— Foi até a minha casa falar sobre a sua nova arte.— cruza os braços e firma os pés no chão.

— Arte?— pergunto e começo a me irritar.

— Sim.— sorri de lado e tenho vontade de socar essa cara bonita dele. — Mas dessa arte eu gostei.— me espanto e não escondo e ele solta uma risadinha rouca. — Podemos conversar sobre os valores?— pergunta.

— Quem disse que quero que você seja o meu fornecedor, ursão mal-humorado?— agora é a minha vez de cruzar os braços.

— Você quer, queen.— pisca e começa a andar em direção a minha cabana.

— Para onde você vai?— pergunto saindo do meu lugar.

O filho da mãe simplesmente me olha por cima do ombro e preciso fazer uma força descomunal para não abaixar meus olhos até a sua bunda.

— Para sua cabana, onde iremos conversar como dois adultos.— e volta a andar.

— Idiota gostoso.— resmungo baixo.

Caminho com cuidado até a varanda da minha cabana, onde o ursão está encostado na parede e me olhando com aqueles olhos escuros que me faz ficar com o corpo todo arrepiado, minha atenção vai para a bagunça que Draco faz dentro de casa, abro a porta e ele sai pulando e se joga contra o ursão mal-humorado que ri e faz carinho na cabeça dele.

— Pelo jeito você é o único gosta de mim.— diz rindo, meu cachorro abana o rabo para ele.

Série Continentes - Corações UnidosOnde histórias criam vida. Descubra agora