Capítulo 6

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Meu amigo me olha com cara feia enquanto arrumamos o batente da porta da casa da irmã dele, mantenho minha boca fechada, porque se abrir sei que vamos acaba rolando na neve e com olhos roxos e dessa vez não quero usar uma dos meus filés congelados...

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Meu amigo me olha com cara feia enquanto arrumamos o batente da porta da casa da irmã dele, mantenho minha boca fechada, porque se abrir sei que vamos acaba rolando na neve e com olhos roxos e dessa vez não quero usar uma dos meus filés congelados na cara.

— Tenho uma porta sobrando em casa, vamos buscar. — falo enfim e ele acena.

Ele avisa o marido e eu fico esperando ele na minha moto neve e então seguimos para minha casa, pelo caminho ainda continuo me sentindo estranho, mas jogo para o fundo da mente e presto atenção no caminho, chegando em casa sigo até o meu galpão e sei que meu amigo me segue.

— Ela precisa disso.— fala num tom baixo e paro de andar e olho para ele. — Brandon, minha irmã quase morreu e precisa disso.

— Morreu?— pergunto sem entender, já que nunca tinha visto ele desse jeito.

— Sim, na época eu estava numa missão do cartel e pelo que meu pai e irmãos falaram foi grave, ela tinha sido sequestrada e quando fugiu acabou sendo atropelada. — vejo que isso o machuca.— Tenho ressentimento deles por não avisarem entre outras coisas, eu sei que o chefe ia me mandar voltar e poderia saber mais sobre esse maldito sequestrador. — fecha as mãos em punho e a raiva estampado no rosto.

Presto atenção no seu gesto corporal e levanto meus olhos até o seu rosto e percebo que algo o incomoda.

— O que você pensa sobre isso tudo?

Ele nem pensa e responde.

— Tem algo que não se encaixa, a história parece muito fraca.

— Já investigou?

— Não, quando ia começar, fui preso e desde então tento não ficar pensando nisso.

Volto a andar e abro o galpão após colocar a senha no painel que por conta do aquecedor não congelou, entro e começo a procurar a porta e a encontro, analiso ela e vejo que está em bom estado e ele me ajuda a levar ela até a moto neve.

— Se tem dúvidas, comece a investigar, porque pode ter algo aí.

— Eu vou.— afirma.

Voltamos para a casa de Isla e quando chegamos ela estava vazia.

— Devem ter ido ao local do hotel. — fala dando de ombro.

Fecho a cara, não gosto disso, pensar que pode ter pessoas desconhecidas invadindo o meu território e sei que vai acabar com o meu sossego. Terminamos de arrumar a porta e os dois não tinham chegado e minha cabeça começou a doer e me despedi do meu amigo e marcamos dele ir no outro dia lá em casa e então fui embora, assim que chego em casa minha cabeça começa a doer mais forte e vou tomar o meu remédio e me deito no sofá mesmo.

Essas dores começaram após eu acordar no hospital e com dois policiais fazendo a guarda, quando fui intender o motivo eu estava sendo condenado pela morte de uma moça que estava atravessando a rua e como não lembrava de nada eu não pude me defender.

A dor não me abandonou pelos próximos três dias, e fui obrigado a ficar dentro de casa e praticamente no escuro, meu amigo foi embora e tive que usar óculos escuros e não demorar, depois a dor passar voltei a minha rotina e quando estava fazendo uma ronda pela divisa do meu território escuto barulho de máquinas e me aproximo com cautela e vejo que está adiantado o trabalho desse hotel e começo a ficar nervoso em pensar de como isso vai ficar.

— Vou dar um jeito nisso.— sorrio com o que minha mente cria. — Acho que não teremos hotel.

Volto para casa o mais rápido que consigo por conta da neve, entro no meu galpão e procuro pelo meu alicate.

— Aqui.— ergo ele na altura os olhos e sorrio.— Agora só esperar eles irem embora.

Com o alicate em mãos sigo para casa e vou fazer um café e esperar a hora de agir. As horas vão passando e fico ansioso, ando pela cabana e tento assistir algo, mas não consigo foca em nada. Ando até a minha sala de vigilância e uso o zoom de uma das câmeras e vejo que não tem mais ninguém.

— Hora do show, Brandon.— me levanto animado, como há tempos que não ficava.

Saio de casa assobiando e com o alicate no bolso, faço o caminho mais curto e quando chego olho bem para os lados e sigo até o gerador central e corto os fios e assobiando sigo até o caminhão que vi sendo usado mais cedo e procuro pelos freios e os corto, ando pelo terreno e vejo que tem um contêiner e me aproximo dele e percebo que é a base deles e a porta está aberta e então resolvo entrar, entro e pego o meu celular para ver melhor e vejo uma maquete e consigo ver o projeto e me espanto ver que são uns sete chalés e uma construção maior.

Escuto um barulho vindo do lado de fora e saio rapidamente e me asseguro em não deixar que o alicate caia, escuto vozes e me apreço e quando estou subindo na moto neve escuto.

— Alguém estava invadindo, chame o segurança.

Ligo a moto nove e saio rapidamente, a neve caindo vai apagar os rastros e gargalho quando estou numa distância segura, a adrenalina corre nas minhas veias e fico eufórico.

— É um bom empreendimento, mas aqui não vai acontecer.— comento alto.

Chego em casa e guardo o alicate no galpão e sigo para tomar um banho e comer alguma coisa, uma hora depois estou deitado e procurando algo para assistir na televisão, até que escuto uma batida forte na porta.

— Quem será?— pergunto me levantando.

As batidas não cessam e quando abro sou agraciado com tapas no peito e uma voz furiosa gritando.

— Eu vou te matar, ursão mal-humorado.

Série Continentes - Corações UnidosOnde histórias criam vida. Descubra agora