Capítulo 10

25 8 1
                                    

Meu corpo treme de antecipação, ela anda pela minha cabana e logo atrás seu cachorro a segue, mas ele sempre me olha, é como ele tivesse se assegurando que eu estava aqui, coisa estranha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu corpo treme de antecipação, ela anda pela minha cabana e logo atrás seu cachorro a segue, mas ele sempre me olha, é como ele tivesse se assegurando que eu estava aqui, coisa estranha.

Entramos no meu quarto e agradeço aos céus por eu ser um homem organizado, ela olha para cada canto com curiosidade e quando sua atenção foca na cama.

— Ela é grande. — solta rapidamente e minha mente entende outra coisa. — Cabe muito bem nos dois. — completa.

— Tem certeza?— pergunto, preciso ter a certeza que ela está confortável com isso.

Em resposta, ganho uma revirada de olhos.

— Eu fico com o lado esquerdo.— caminha para o lado escolhido e começa a arrumar. — Por acaso tem mais travesseiros?— pergunta quando sobe na minha cama.

— Tenho.— repondo rapidamente e quando ela fica de quatro na cama par arrumar algo, meu corpo reage e saio praticamente correndo e entro no quarto onde tenho meu sistema de câmeras e vou até o armário e tento controlar o meu corpo.

Mas a imagem dela de quatro na minha cama e como minha mente é uma filha da puta e logo tenho sequência de imagens dela nua e de como a foderia em diversas posições.

— Merda, Brandon.— falo baixo e respiro fundo, meu pau está duro como uma rocha.

— Ursão.— ela me chama.— Quer dizer, Brandon.— sua voz fica próxima e me sento rapidamente e finjo que estou olhando para a tela do sistema do clima. — Não tem?— pergunta entrando no quarto.

— O alerta chamou minha atenção.— aponto para a sirene que aparece na tela.

Ela se aproxima e sinto o seu perfume e fecho meus olhos e respiro fundo e esse cheiro mexe comigo.

— É muito grave?— pergunta num tom baixo.

Foco minha atenção na sua pergunta e no que a tela nos mostra.

— Sim, teremos grandes perdas de materiais. — termino de falar e a luz cai.

— Acabou a luz.— seu tom é assustado.

— Calma, vou ligar o gerador.— coloco minha mão no seu braço e ela se afasto, assim consigo me levantar.— Fique sentada aqui.— a ajudo a se sentar.— Eu já volto, não tenho medo, queen.— minha voz sai baixa.

— Não demore, ursão.— sua voz' sai chorosa.— Tenho medo de ficar sozinha no escuro.

— Não vou demorar.— saio do quarto o mais rápido possível.

Não tenho dificuldade em andar no escuro pela cabana, em menos de dois minutos estou no local onde deveria ser a garagem, mas, na verdade, é onde fica o gerador e tudo que preciso em tempestades prolongadas como essa, ligo o gerador e não demora para que toda a cabana volte a ser iluminada. Quando volto para o quarto, Isla está olhando para a tela e tem um bico fofo nos lábios carnudos.

— Pode me ensinar a mexer nisso?— pergunta enquanto aponta para a tela.— Vou pedir para o meu irmão comprar isso para o hotel.

— Ensino.— ela sorri. — Mas não hoje, já está tarde e cansada.

Isla solta um suspiro e coloca as mãos em cada lado do quadril largo.

— Não estou com sono.— retruca e bate o pé no chão.— O único velho aqui é você ursão.

Respiro fundo, eu sei que sou o mais velho aqui e não gosto de ser lembrado disso,

— Ok, fique acordada, queen.— passo por ela e vou para o quarto.

— Ficou irritadinho.— ela me segue e escolho o silêncio, não quero falar algo que possa magoá-la.

— Não.— nego e vou até o guarda-roupa e pego um pijama limpo e uma cueca. — Só estou cansado.— a olho rapidamente e a vejo parada em frente a cama.— Vou tomar um banho, fique a vontade para preparar um lanche para comer. — e sigo para o banheiro.

Tiro minhas roupas e as coloco no cesto e entro no box e ligo o chuveiro e deixo que a água quente relaxe meus músculos, me sinto estranho e estou ficando apavorado com isso, ter essa menina mulher na minha cabana vai me trazer uma grande surpresa, estou sentindo isso, fecho meus olhos e apoio minhas duas mãos na parede gelada e sou golpeado com mais lembranças sem rostos.

Escuto sua risada e meu coração bate acelerado, seguro a caixa com firmeza e rezo para que o cãozinho não fique pulando.

— Eu tenho um presente.— digo alto assim que entro no nosso lar. — Feche os olhos.— peço.

— Eu odeio surpresa.— dou risada do seu tom.

— Esse você vai gostar.— paro na sua frente e coloco a caixa bem nas suas mãos.— Abra os olhos e feliz aniversário minha queen.

Abro meus olhos e meu coração está acelerado.

— Só posso estar delirando.— pego o sabonete.— Delirando com ela.

Meu banho demora mais o que estou acostumado e quando saio, vejo Isla deitada na cama e segura o celular e pelo volume ela estava assistindo algo, me aproximo com cautela e pego seu celular e coloco na mesa de cabeceira, seu cabelo cai no rosto e por impulso o tiro e tenho uma visão limpa do seu rosto sereno, me contenho para não deslizar meus dedos pela sua pele, me apreço para puxar a coberta grossa até seus ombros, ela resmunga e prendo o ar, mas não acorda.

— Imagine se não tivesse cansada.— resmungo saindo do quarto e indo verificar as trancas. — Preciso avisar Orfeu sobre a irmã.— então pego o celular por satélite e mando uma mensagem de texto, contando tudo o que aconteceu e sei que amanhã terei sua resposta.

Cinco minutos volto para o quarto e me deito no lado livre e fico olhando para o teto, seu cheiro está pelo quarto todo e amanhã sei que vai estar em todos os lugares da minha cabana.

As horas vão passando e a tempestade lá fora ficando cada vez mais forte, por sorte que fiz uma ótima sustentação na construção da minha cabana, não me preocupo se caso tivermos o mesmo acontecido com a cabana de Isla, eu tenho o porão todo construído para casos mais graves, enquanto minha mente fica a milhão o sono chega sem eu precisar recorrer aos remédios e aproveito.

Série Continentes - Corações UnidosOnde histórias criam vida. Descubra agora