Capítulo 14

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Estou com muita raiva e querendo ir para outro planeta com ela, para que nada e ninguém nos atrapalhe

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Estou com muita raiva e querendo ir para outro planeta com ela, para que nada e ninguém nos atrapalhe.

Minha memória pode ter voltado com tudo, mas ainda me sinto um pouco confuso, aperto meus braços em torno do seu corpo e sinto o cheiro do seu cabelo, sinto suas mãos me tocarem por cima da blusa, era disso que sentia falta, do calor do seu corpo contra o meu e o seu cheiro, o cheiro da minha Isla..

— Me sinto tão cansada. — sua voz sai abafada.

— Descanse um pouco.— a pego no colo e ela ri baixinho.— Não vou deixar ninguém te atrapalhar e se vierem eu taco no lago congelado.— ela ri e a deito na cama. — Se sentir dor me avise.— beijo mais uma vez seus lábios e não quero me afastar, mas preciso.

— Tenho medo que eles apareçam.— sua voz sai baixinha e faço um carinho no seu rosto.

— Se aparecerem vão morrer, queen. — agora posso usar o apelido sem me sentir estranho. — Minha queen. — sussurro e ela abre um lindo sorriso.

— Agora eu entendo o porquê ficava toda molinha quando ouvia esse apelido.

— Depois quero saber mais sobre isso. — me afasto da cama. — Vou terminar de montar esse quebra cabeça e depois volto para ficarmos grudados.

— Estarei te esperando.

Saio do quarto e assim que coloco meus pés na sala, Draco pula em mim e faço carinho nele.

— Você já sabia né.— ele late. — Você não a deixou sozinha, como um amigo leal. — ele lambe minha mão.— Mesmo levando esse nome. — faço uma careta.

Caminho pela cabana e começo a pensar em tudo, lembrar que sou membro de uma organização me fez entender o porquê sei tanto sobre armas, paro e me sento no sofá e olho para o chão, tenho flashbacks como era os encontros com meu querido sogro e cunhados, a vida é uma caixinha de surpresa quem diria que eu ficaria amigo logo da ovelha negra da família dela, assim como ela inúmeras vezes me contou sobre o irmão.

— Então agora eu tenho o meu chefe?— uma voz firme e com sotaque se faz presente na minha cabana, olho para a direção e reencontro o chefe da organização. — E meu melhor amigo?

Sorrio e me levanto, ele caminha e para na minha frente e respondo.

— Sim, para as duas perguntas. — e vejo suspirar aliviado e me puxa para um abraço.

— Não sabe como me segurei e segurei os outros para não virem e contar tudo.— fala.— Mas o médico nos informou que era melhor deixar que sua memória voltasse aos poucos, mas não imaginávamos que fosse morar logo aqui.— se afasta e coloca a mão no meu ombro.— Chegou a hora de voltar e acabar com eles.

— Eles vão pagar.

— Eu estou aguentando eles por você, agora chegou a hora de limpar o nosso território.

— Hora de tirar os ratos, chefe. — ele sorri diabolicamente.

— Puta merda.— escuto o meu amigo e cunhado xingar.

— Orfeu, um grande hombre. — Enrico o elogia e pela primeira vez eu consigo ver ele sem graça, eu até diria que está com vergonha. — Foi honrado e fiel a um homem que nem conhecia, o ajudou em momentos difíceis na prisão.

— Porque não tirou ele de lá?— Orfeu pergunta com curiosidade, mas consigo ver a raiva escondida em seus olhos. — Pelo que investiguei, vocês se conhecem há anos.

— Seu pai se tornou dono daquele território e pela regra nós não podemos interferir. — responde com calma, pessoas de fora nunca vão entender que tudo tem regras, mesmo nós sendo do lado errado, seguimos regras. — Acha que eu não tentei transferir Brandon para um presídio onde a organização comandava? Não fiquei parado todos esses anos, eu estudei todas as regras e não achei nenhuma brecha, já que seu pai também falsificou o atestado de morte dele. — aponta para mim. — Tive que confiar no tempo.

— Enrico teve que tirar o time de campo, assim agora a organização pode atacar. — explico para Orfeu que acena com a cabeça.— Você é do cartel do Lobo, ele não segue as regras impostas.

— Lobo sempre faz o quer. — ele entende o que estou falando. — Ele quer uma reunião com todos vocês.— olha para mim e Enrico.

— Marque para após a volta de Brandon e sua mulher. — Enrico me olha. — Consegui vir sozinho, os outros estão na vinícola.

— Em breve iremos até lá. — ele acena e volta a olhar para Orfeu.

— Você e seu marido são bem-vindos a minha vinícola e caso queira sair do cartel, sempre tem vaga na organização.

— Não sei seguir regras. — diz simplesmente e Enrico ri e vai embora. — E agora, Brandon?— me pergunta.

— Agora é hora de voltar, cunhado. — respondo e me sinto ansioso.

Orfeu acena e parece cair a real.

— Puta merda.— gargalho.— Se machucar, você morre e foda-se se é da organização. — me ameaça com a mão na pistola que esconde na cintura e só faço um joínha.

Série Continentes - Corações UnidosOnde histórias criam vida. Descubra agora