Capítulo 8

16 8 0
                                    

Olho para a mulher que está sentada na minha frente e mexe sua xícara com uma colher, não consigo tirar meus olhos dela, desde que entrei na sua cabana e fui presenteado com o cheiro do seu perfume

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olho para a mulher que está sentada na minha frente e mexe sua xícara com uma colher, não consigo tirar meus olhos dela, desde que entrei na sua cabana e fui presenteado com o cheiro do seu perfume.

Estamos conversando sobre a construção da estufa e tive que pedir um papel branco e

lápis para que ela me mostrasse como seria, assim consigo ter uma ideia de quantas árvores preciso cortar e também dei uma ideia para ser uma estufa diferenciada e a Isla adorou.

— Vai cobrar muito caro?— pergunta e vou sorrindo lentamente.— Claro que vai.— revira os olhos.

— Depende do que está fazendo na obra.— apoio os meus cotovelos na mesa e ela me lha sem entender.— Ainda não entendi o motivo de querer construir aqui. — sou sincero.

Quero saber o real motivo, não sei, mas é como se fosse uma necessidade saber.

Vejo que seu corpo relaxa e ela me olha com aqueles olhos escuros que fazem meu coração dar algumas batidas aceleradas.

— Estamos selando paz?— pergunta e passa o dedo pela borda da xícara. — Nem que seja por alguns minutos.

— Estamos.— respondo rapidamente.

Estou curioso para saber o motivo.

— Vim morar no Alasca porque estou a procura de algo.— solta um suspiro e abaixa o olhar.— Depois que me recuperei, parece que perdi um pedaço e estou a procura dele.

— Te entendo.— agora é a minha vez de suspirar.

— Entende?— me olha em choque e aceno com a cabeça.

— Vim para cá com o mesmo intuito.

— E criar os chalés está preenchendo.— faz aspas. — Brandon, aproveitando que estamos num momento de paz, peço que não sabote mais o meu sonho.— sua voz sai séria.— Já aviso que vou me vingar sobre o que fez, mas depois só quero paz.

Fico olhando par ela que pisca e espera a mina resposta, Isla faz um movimento com a mão que me faz sentir uma pontada na cabeça e fecho meus olhos pela dor e escuto meu nome ser chamado.

— É só a maldita dor de cabeça que sinto.— respondo e respiro fundo e tento me acalmar.

— Beba.— pega na minha mão e me entrega um copo.— Eu também tenho essas dores e tomar água com calma ajuda.

Não sei por quanto tempo fiquei com os olhos fechados, mas quando os abri a cabana estava mais escura e Isla me olhava com preocupação.

— Está mais leve.— aviso e ela me olha aliviada.— Obrigada, queen.

Isla baixa a cabeça envergonhada e me pego sorrindo e gostando do seu jeito.

— É melhor ir descansar.— me olha com cautela.— Não estou te mandando embora.— rapidamente corrige.

— Eu entendo.— me levanto e comemoro internamente em não ficar tonto.

Pego meu casaco e ela me leva até a porta e quando abre, percebo que vem dias enclausurado.

— Uma tempestade está chegando.— aviso ela que me olha apreensiva.— Prepare tudo para ficar presa aqui dentro.

— Pode me passar algumas dicas? É a minha primeira tempestade.

E assim faço, meia hora depois estou no caminho para a minha cabana, os ventos estão ficando fortes e começa a cair uma neve, chegando em casa guardo minha moto neve no galpão e vou lacrar ele e meu outro galpão, então posso seguir para a minha cabana, a noite chega e o barulho dos ventos são altos e começo a me preocupar com Isla sozinha com o cachorro, é o primeiro ano dela aqui e sei muito bem como pode ser assustador e quando me levanto uma lembrança vem.

Sinto o cheiro do seu perfume e sorrio, suas mãos deslizam pelo meu rosto e sua voz doce me pedindo para continuar com os olhos fechados porque a minha surpresa está na sala.

— Pode abrir.— então abro e vejo um filhote de cachorro.— Gostou?

Volto ao normal com as batidas na minha porta e me assusto em entender que fiquei preso na lembrança por muito tempo, então a destranco e me espanto em ver Isla parada toda branca de neve e no seu pé o cachorro que treme de frio.

— O vento levou o telhado da minha cabana, podemos ficar aqui?— sua voz demostra que chorou muito.

— Entre.— deixo que entrem e vejo que ela trouxe uma mala e a pego.

Dentro da cabana e com a porta fechada, ela começa a tirar o casaco e seu cachorro anda pela sala.

— Vou pegar chocolate quente. — aviso e coloco a mala perto da porta.

— Pode ser café?— pergunta.— Sou intolerante.

— Café, então.— a deixo e me apresso para fazer o café.

Na cozinha me sinto ansioso e começo a preparar o seu café no automático, no final me espanto em ver que fiz o café de uma forma que nunca fiz na vida, ou melhor, nunca fiz nesses últimos dois anos, já que a minha memória tem uma grande lacuna.

Série Continentes - Corações UnidosOnde histórias criam vida. Descubra agora