Mina A bebada

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Polv's Dahyun

Era estranho segurar na mão dela, quase nunca andava daquele jeito com
ninguém, nem mesmo com Chae, a pessoa que mais tenho intimidade, agora imagine com ela? Mas era bom, um
estranho bom.

Sana me puxava e empurrava as pessoas a sua frente para passar comigo, não sabia para aonde diabos ela me levava, mas esperava ser um lugar calmo em que possa descansar um pouco a mente sem ter alguém gritando por perto ou uma caixa de som fazendo todos os órgãos dentro de mim tremerem.

Não falei nada, ela abriu uma porta dos fundos e nossos olhos arregalaram quando encontramos duas pessoas fazendo certas coisas lá dentro, parecia ser um escritório pela decoração, com uma mesa larga e vários livros, onde justamente o casal fazia sua festa
particular em cima.

Sana fechou a porta rapidamente e me puxou novamente para outro lugar,
abriu a próxima porta, era um quarto com um espaço até que grande, tinha
alguns instrumentos e logo percebir que era na verdade uma sala de música, mas não tinha muitas coisas, apenas um piano no centro da sala, um violino no canto da parede e um violão.

Quando ela fechou a porta, toda a barulheira lá de fora desapareceu
completamente.

Ficamos paradas ainda em frente a porta, até que comecei a andar
olhando ao redor daquela sala, o dono da casa parecia ser uma músico ou
algo do tipo. Olhei para trás e Sana continuava parada na porta com suas
mãos enfiadas no bolso de sua jaqueta, me olhava atentamente sem expressar nada e por perceber, me deu um leve calafrio.

Me aproximei do piano e sentei no banco comprido que tinha na frente
dele, queria aprender a tocar, piado na minha opinião era um dos instrumentos mais difíceis de aprender pela diversidade de notas que podem ser tocadas no teclado.

Levei meu dedo até o final do teclado e toquei, o som fino de um "PI" me
fez rir e escutei os passos de Sana até ela sentar ao meu lado.

— Sabe tocar? - Perguntou-me com a voz baixa.

— Eu tenho cara de quem sabe tocar piano? - Sana sorriu com a minha fala,
ela com toda certeza, tinha o sorriso mais lindo do mundo com aqueles dentes bem alinhados e extremamente brancos.

— Tem quadro com uma foto sua quando era criança lá em casa na parede, estava com um piano. - Disse ainda com o mesmo tom de voz, confesso que gostava quando falaria assim, sem todo aquele deboche carregador nas palavras.

— Papai tentou me colocar em algumas aulas, mas fui um desastre e desistir. -
Respondi nostálgica, lembro-me que não entendia nada do que a professora
falava.

Toquei mais uma nota com o dedo e Sana tocou outra, desde a ponta do
teclado, a gente continuou até tocarmos juntas a tecla do meio.

Sorrir quando meu dedo tocou no seu de proposito e também escutei sua risada.

Tão doce.

— Por que me trouxe aqui? - Perguntei ainda olhando nossos dedinhos
juntos.

— Nayeon disse que caso uma de nós precisasse descansar, poderíamos ir
para aquele escritório, pois achou ela que ninguém iria entrar lá. - Nós duas
rimos na mesma hora e aquela sensação de está em harmonia com ela me
faz sentir bem.

Sentir seu dedo apertar o meu com um pouco mais de força e a olhei, ela
fez o mesmo e ficamos nos encarando por longos segundos. Suspirei assistindo
se aproximar e fechei os olhos, apenas esperando sua boca tocar a minha, mas estava demorando demais e antes que abrisse meus olhos, finalmente ela me beijou.

Nenhuma de nós se atreveu a enfiar a língua na boca, estava bom só de
sentir seus lábios nos meus por alguns segundos sem nenhum contato mais
profundo e ela se afastou um pouco, deixando sua testa contra a minha e
continuamos de olhos fechados.

A irmã mais velha - SaidaOnde histórias criam vida. Descubra agora