Mashle

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Mashle - Mashle : Magia e Músculos.
Nome do leitor : Yaku.

“Wherever you go, that's where I'll follow
  Nobody's promised tomorrow
  So I'ma love you every night like it's the last night”
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Magia era essencialmente necessário neste mundo.
As crianças eram ensinadas desde pequenas que a magia era tudo, era matéria, era tempo e espaço, que a magia estava em cada lugar.

Então quando Yaku foi para a escola de magia, e viu aquele aluno que não possuía magia alguma mas mesmo assim fazia tudo o que ele conseguia fazer, o garoto sentiu um enorme sentimento de admiração.
Mashle era alguém diferente de todos que Yaku já havia conhecido e a forma como ele lidava com tudo fazia com que Yaku o seguisse para todos os cantos como um cãozinho na coleira.

Mas, à medida que Yaku passava mais tempo ao lado de Mashle, ele começou a notar algo estranho. Havia um certo desconforto nos outros alunos, um sussurro constante sobre Mashle não pertencer àquele lugar. Alguns tentavam humilhá-lo, provocá-lo, ou até mesmo desafiá-lo em duelos mágicos, mas todos acabavam do mesmo jeito – derrotados, e não por magia, mas por pura força de vontade e habilidade física.

Um dia, após uma dessas tentativas de humilhação, Yaku viu Mashle sentado sozinho, comendo um de seus tradicionais pães doces, como se nada tivesse acontecido. Ele se aproximou, sentindo que precisava dizer algo.

— Você nunca se cansa?— Yaku perguntou, sentando-se ao lado dele.

Mashle olhou para ele, sem deixar de mastigar. — Cansar de quê?

— De provar que você pertence aqui. De enfrentar todo mundo que duvida de você.

Mashle deu de ombros. — Não preciso provar nada para ninguém. Eu estou aqui porque quero estar.

Yaku suspirou levemente enquanto encostava a cabeça contra a parede, observando Mashle com seu habitual ar despreocupado. Por mais que Mashle não se importasse com as provocações e desafios, Yaku sentia um crescente incômodo toda vez que alguém tentava humilhá-lo. Era como se uma fúria latente se acendesse dentro dele, uma chama que ele lutava para controlar.
Ele sabia que não era certo, que a violência não resolveria nada, mas a injustiça da situação o corroía por dentro. Mashle, que não fazia mal a ninguém, estava constantemente sob ataque simplesmente por ser diferente. E Yaku, apesar de sua admiração por Mashle, ainda não conseguia entender como ele conseguia manter a calma em meio a tudo isso.

— Você não sente raiva?— Yaku perguntou, quebrando o silêncio, sua voz quase um sussurro.

Mashle, ainda mastigando seu pão doce, ergueu os olhos para Yaku, confuso. — Raiva? Por quê?

— Por causa de como eles te tratam. Como se você fosse... menos por não ter magia. A voz de Yaku tremeu ligeiramente, a emoção clara em suas palavras. — Eu não aguento ver como eles te tratam. Às vezes, só quero... acabar com eles.

Mashle mastigou mais um pedaço de pão antes de responder, como se ponderasse cuidadosamente as palavras de Yaku. — Eles podem pensar o que quiserem. Não muda quem eu sou. E quem eu sou não depende do que eles pensam de mim.

Yaku olhou para Mashle, tentando absorver o significado por trás daquelas palavras simples. Para Mashle, o mundo parecia muito menos complicado – ele não se deixava afetar pelas opiniões dos outros, nem pela pressão de se encaixar em um molde que nunca foi feito para ele.

— Mas... isso não te incomoda? Nem um pouco?— Yaku insistiu, sua voz cheia de frustração.

Mashle deu de ombros novamente, com a mesma tranquilidade de sempre. — Eu sei o que posso fazer, e isso é o suficiente para mim. O resto... não importa.

Iᴍᴀɢɪɴᴇsˣ ᵐᵃˡᵉ ʳᵉᵃᵈᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora