*Capítulo 43*

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*MON*

Cassano estava diante de nós com um sorriso refinado. Finalmente conheci meu pai.

_Como você está, querida? Ele me perguntou de repente em um tom de voz muito gracioso. 

Eu não tinha palavras. Era como se eu não estivesse conseguindo respirar naquele momento. Quase como se não esperasse essa resposta de mim, ele continuou voltando-se para os outros: 

_Bem, não deveríamos perder mais tempo. Por que não vamos para a sala de reuniões? Esses assuntos não devem ser discutidos aqui.

Afastando-me um pouco de Faye sentia-me cautelosa com relação a esse homem, a tudo. Ele sabia sobre nosso paradeiro, o que provavelmente estávamos tentando tramar contra ele. E quando ele disse a última parte, ele a apontou diretamente para Sam. 

Ele caminhou cuidadosamente com todos até a sala de reuniões que ele tinha em sua casa. Havia um sentimento que se espalhou dentro de mim como um veneno ácido. Não estava gostando disso. Quando ele abriu a porta, meu coração quase caiu aos pés. O que vi, e quem eu vi me deixou boquiaberta. 

Ling caída de dor, segurando seu estômago enquanto sangue jorrava de sua testa. Estava petrificada, queria gritar, mas não podia. Não conseguia. Estava apavorada demais para fazer isso.

_Ling! Entrei em pânico e, de alguma forma, encontrei minha voz e corri em direção a ela. Sabia que os outros queriam fazer o mesmo, mas o olhar de Cassano lhes dizia o contrário.

_Eu estou bem! Garantiu Ling, fingindo um sorriso. 

_O que é isso? Perguntou Sam, com a voz surpreendentemente fria e calma como se ela não tivesse se perturbado com isso.

_Não, não, Srta. Chankimha, sou eu quem deveria estar fazendo essa pergunta. Cassano respondeu, pegando uma pasta que estava em cima da mesa. _ Esse é o nosso projeto na Suíça, certo? Ou é uma maneira de me convencer a assinar minha parte da Sociedade Secreta? Ele sorriu de lado. _E isto? Ele continuou, pegando outra pasta da mesa com a outra mão e olhando para mim enquanto falava com firmeza. _Isso era para que ela dispensasse sua parte também, já que ela é a Armstrong não é? 

Samanum não respondeu, mas sua expressão séria e despreocupada nunca vacilou. Nada parecia estar afetando-a no momento. Ela permaneceu como se tivesse tudo sob controle. 

_Devo admitir, garota, que você é inteligente. Cassano riu: _Na verdade, eu gosto de você. Vamos fazer o seguinte, eu assino. 

_Pai! O que está fazendo? Richie gritou asperamente, um pouco em pânico. 

_Ainda não terminei. Cassano o cortou e sorriu: _Assinarei com uma condição. 

Milk dando um passo à frente com as sobrancelhas arqueadas, manteve um tom sério _E qual é? 

_Minha filha fica.

O quê? O que ele acabou de dizer? O medo percorreu meu corpo, me consumiu, me mastigou, digeriu me, cuspiu-me de volta e me engoliu novamente. Deus, estava me sentindo mal. Isso não estava acontecendo. Isso não podia estar acontecendo. Por que ele queria que eu ficasse? 

_Concordo. 

A voz de Sam me atravessou como um punhal de gelo. O que foi? Não! O que ela estava dizendo? Levantando-me do chão a encarei, ela fixou seus olhos nos meus. Não havia nada, não havia nenhum remorso, nada. Era como se nada importasse para ela, exceto terminar essa sociedade. Mas era isso que sempre importava, não era? Esse era seu objetivo. Nada mais importava. Como ela disse, ela faria qualquer coisa para acabar com isso. Mesmo que isso significasse fazer isso comigo? 

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