*Capítulo 15*

325 66 20
                                    

*MON*

Hoje era o dia em que tive a chance de recomeçar, de provar à minha irmã que sou madura o suficiente para cuidar de mim mesmo. Tenho que mostrar a ela que não sou mais uma criança.

Rapidamente, tomei meu café da manhã e saí com minha camisa branca de mangas compridas que estava enfiada em minha saia lápis azul-marinho, é claro, meus novos sapatos de salto alto, desde que Sam me obrigou a usar saltos, tenho tentando me acostumar com eles.

Estava louca para experimentá-los desde que os havia comprado. Espero que eu tenha parecido profissional o suficiente. Lá estava ela, a empresa, estava bem na minha frente, e esse estágio me ajudaria a conseguir um permanente aqui. Isso é tudo o que realmente queria. Ao entrar pela porta, notei que alguns funcionários estavam olhando para mim quando passei pela recepcionista.

_Com licença. Olá, vim para a vaga de estágio. Sorri.

_Oh, você deve ser a Srta. Phitipalin certo?

_Sim.

_Muito bem, você trabalhará junto com a Sra. Minerva.

A moça disse enquanto uma senhora mais velha e de aparência severa se aproximava de mim. Devo dizer que toda a atmosfera que a senhora transmitia era um pouco assustadora.

_Você é a garota Phitipalin? Perguntou ela secamente.

_Sim, então você deve ser a Sra. Minerva?

_Sim, vamos lá, temos muitas coisas para fazer.

Ela continuou enquanto me conduzia pelo caminho em um corredor até o elevador onde fomos até 3 andar. A sala era um local bastante atencioso, muito moderno, com uma enorme gaveta de pastas, um enorme armário de aço, duas escrivaninhas e dois computadores de ultima geração.

_Estamos com pouco pessoal, o gerente de contabilidade se aposentou há uma semana atrás. Começou a Sra. Minerva ao se sentar. _Mas dei uma olhada em suas qualificações e acho que isso não seria um problema, já que você é muito boa e vai dar conta do recado, o problema é que estamos um pouco atrasados com a papelada. Portanto, sugiro que que você comece por ela primeiro.

_Ah, sim tudo bem, então. Disse, enquanto pegava algumas pastas e começava.

Sinceramente foi frustrante. Horas e horas se passaram enquanto eu continuava mexendo com papéis e mais papéis. Tudo o que estava fazendo não tinha nada a ver com o que realmente queria fazer. Quer dizer, eu sei que não deveria estar reclamando, mas, caramba, estava experimentando a lei do retorno decrescente. Eram todas transações financeiras já estava cansada de fazer isso na faculdade, ela não deveria me treinar para coisas mais difíceis e me mostrar o local de trabalho também?

Ela nem estava lá metade do tempo. Talvez ela faça isso amanhã. Hoje pode ter sido apenas um dia difícil. Todo mundo tem isso, certo? Afinal, onde ela estava? Ela não me disse quando era meu intervalo. Bem, quem se importa, esse era meu direito. Com certeza não era estúpida o suficiente para passar fome. Eu estava com uma fome imensa, e para piorar ainda tinha aquela maldita gripe que me pegou e fazia meu corpo ficar com mal estar, sem contar em minha garganta que estava raspando.

Minha cabeça doía e meus olhos doíam. Enquanto caminhava para chegar à cafeteria não pude deixar de notar os olhares e sussurros que recebia por onde passava. De repente, alguém me empurrou por trás, mas me mantive em pé para não cair.

_Sinto muito, você está machucada? alguém perguntou. Ao me virar, notei uma garota da minha idade, olhos castanhos e cabelos ruivos em um rabo de cavalo. Embora ela tivesse uma aparência inocente, sua linguagem corporal parecia muito madura.

A Sociedade SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora