'confissão

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Priscila se espreguiçou, os lençóis deslizando por seu corpo, enquanto S/N a observava com um sorriso satisfeito. O sol da manhã entrava pela janela, iluminando o quarto com uma luz suave e dourada. O riso de Priscila era contagiante, e ela virou o rosto para S/N, com um brilho de diversão nos olhos.

— Dormiu bem? — S/N perguntou, a voz ainda rouca de sono.

Daroit riu de leve, balançando a cabeça. — Preciso mesmo responder? — Ela replicou, o tom divertido, mas com uma sinceridade que fez o coração de S/N saltar um pouco no peito.

— Também, com o puta arranhão que você me deu ontem. — S/N brincou, colocando a mão nas costas, onde ainda sentia os arranhões. — Você não brinca em serviço mesmo não né?

Priscila gargalhou, jogando-se de volta na cama e cobrindo o rosto com a mão, tentando disfarçar o rubor nas bochechas. O silêncio confortável que se seguiu foi interrompido pela voz preocupada de Priscila. — Você não deveria estar no trabalho agora? — perguntou, com as sobrancelhas ligeiramente franzidas.

S/N deu de ombros, tranquila. — Não, hoje não.

A loira suspirou, aliviada, mas sua expressão ainda trazia uma leve preocupação. — Eu não quero atrapalhar sua rotina...

— E não está. — S/N disse, acariciando a bochecha de Priscila com a ponta dos dedos. — Na verdade, é bom ter um motivo para desacelerar um pouco.

Ela sorriu, relaxando um pouco mais, e se aproximou, os rostos quase se tocando. — Então, o que faremos hoje?

— Bom... — S/N fingiu pensar, como se estivesse planejando algo importante. — Pensei em começar com o café da manhã. O que acha?

— Parece perfeito. — Priscila sorriu, os olhos brilhando. — Mas você vai fazer o café?

— Claro que sim. — S/N respondeu, levantando-se da cama com um sorriso. — Só não espere nada muito elaborado... — Piscou para ela antes de sair do quarto, ouvindo a risada suave de Priscila atrás de si.

[...]

Na cozinha, enquanto preparava o café, S/N não podia evitar o sorriso que ainda brincava em seus lábios.

Logo, Priscila apareceu na porta, enrolada em um lençol, o cabelo solto caindo em ondas ao redor dos ombros. — Precisa de ajuda aí, chef?

S/N olhou para ela, sentindo aquele aperto gostoso no peito. — Talvez... — Admitiu, pegando duas xícaras. — Mas só se prometer ser a ajudante mais linda da cozinha.

Priscila riu, entrando na cozinha e se aproximando. — Eu prometo. — E, com um gesto simples, como se fosse a coisa mais natural do mundo, ela se posicionou ao lado de S/N, tocando de leve o braço dela, e a ajudando a preparar o café da manhã.

Ao final, sentaram-se na varanda, com a vista do mar ao longe, apreciando o café e a companhia uma da outra. S/N notou como o sol fazia os olhos de Priscila brilharem ainda mais, e por um momento, tudo parecia perfeito. Ela estava com a xícara de café em mãos, girando-a levemente enquanto olhava para Daroit, ainda absorta na beleza do momento. Mas a pergunta que lhe queimava na ponta da língua finalmente escapou.

— Quando você volta para Belo Horizonte?

Priscila suspirou, olhando para a vista da varanda, como se buscasse a resposta no horizonte. — Semana que vem... — Respondeu lentamente, com uma pequena pausa antes de completar. — Quero aproveitar alguns dias com a minha família.

S/N sentiu o peito apertar, uma sensação estranha que misturava frustração e tristeza. A volta da mulher em sua vida estava sendo tão boa, uma surpresa que trouxe um sopro de leveza em sua rotina. E agora, justo quando as coisas pareciam estar se encaixando, ela iria embora novamente.

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