Flames of the Glory- Lucemond

Encontro Decisivo

A tarde caía lentamente sobre Pedra do Dragão, e o castelo estava imerso em uma atmosfera de expectativa silenciosa. Lucerys sentia uma ansiedade crescente no peito, consciente de que o encontro com Aemond poderia ser um ponto de virada em suas vidas. As questões não resolvidas, os sentimentos não ditos, tudo estava prestes a ser colocado à prova.

Quando Aemond chegou à Pedra do Dragão, sua presença era como uma tempestade prestes a eclodir. Ele foi conduzido pelos corredores até a sala onde Lucerys, Daemon e outros aliados estavam esperando. O ambiente era denso, carregado de uma tensão quase palpável, como se todos estivessem cientes de que as palavras trocadas naquele encontro poderiam moldar o destino de muitos.

Aemond entrou na sala com passos firmes, seu olhar focado diretamente em Lucerys. Havia algo em seu semblante que misturava determinação e uma vulnerabilidade rara, algo que poucos poderiam reconhecer. Lucerys, por sua vez, sentia o peso do olhar de Aemond sobre si, uma pressão que parecia acentuar cada batida de seu coração.

Daemon, ciente da gravidade da situação, tomou a frente para iniciar a conversa. Ele sabia que o equilíbrio daquele encontro dependia de como as palavras seriam escolhidas.

— Aemond, obrigado por ter vindo — começou Daemon, sua voz firme, mas com uma nota de cautela. — A situação entre você e Lucerys precisa ser tratada com clareza e honestidade. Estamos aqui para discutir o que está em jogo e como podemos avançar, garantindo que todos estejam protegidos.

Aemond assentiu, seus olhos ainda fixos em Lucerys, como se o restante da sala tivesse se dissolvido ao redor deles.

— Eu entendo, tio — respondeu Aemond, sua voz carregada de uma seriedade incomum. — Quero ser claro sobre o que sinto e o que desejo. Lucerys, você é importante para mim, e eu não vou desistir de tentar entender o que existe entre nós. Mas estou disposto a ouvir e a encontrar uma solução que seja justa para todos.

Lucerys respirou fundo, sentindo a tensão aumentar. As palavras de Aemond o atingiam de maneira profunda, mexendo com suas próprias incertezas.

— Aemond, precisamos encontrar uma maneira de lidar com isso, levando em consideração o que é melhor para todos nós — disse Lucerys, tentando manter a voz firme. — Estou disposto a tentar entender a situação, mas precisamos ser claros sobre nossos objetivos e limites.

O silêncio que se seguiu foi carregado de significados. Cada palavra parecia pesar mais do que a anterior, como se uma corda invisível estivesse sendo esticada ao máximo. A conversa continuou girando em torno de sentimentos não expressos, intenções veladas e possíveis soluções. A tensão no ar era espessa, quase sufocante, mas havia também um desejo genuíno de ambos os lados de encontrar um caminho para seguir em frente.

Daemon observava atentamente, pronto para intervir se necessário, mas também reconhecendo que essa era uma jornada que Lucerys e Aemond precisavam trilhar por conta própria. O destino dos Targaryen sempre fora envolto em chamas e sombras, e neste momento não era diferente. Mas, naquela sala, havia uma centelha de esperança, de que, talvez, o que estava para ser forjado ali pudesse resistir às tempestades que ainda estavam por vir.

A reunião foi um processo exaustivo, mas necessário. Ao final do encontro, Lucerys se sentia exausto, mas também um pouco mais claro sobre o que precisava fazer. Ele havia expressado suas preocupações e ouvido as intenções de Aemond, mas sabia que as palavras, por mais sinceras que fossem, eram apenas o começo. As ações futuras seriam o verdadeiro teste.

No dia seguinte, Lucerys decidiu se retirar para um local tranquilo do castelo, buscando um momento de reflexão. Ele se dirigiu aos jardins de Pedra do Dragão, onde as flores e as fontes ofereciam um ambiente sereno. Ali, ele encontrou um lugar à sombra de uma árvore antiga, seu olhar perdido na paisagem à sua frente.