Quarto

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Alfonso decidiu que o próximo passo seria se aproximar mais de Anahí. Quanto mais ele soubesse sobre ela, mais informações teria para se proteger — ou, talvez, para virar o jogo a seu favor. Ele a convidou para um almoço em um dos restaurantes mais chiques da cidade, e ela aceitou prontamente, como se aquilo fizesse parte de seus próprios planos.

Naquela tarde, no restaurante, a tensão entre os dois era palpável, mas ambos mantinham a fachada impecável de sedutores despreocupados. Anahí, em um vestido elegante, estava deslumbrante. Seus cabelos caíam suavemente sobre os ombros, e o perfume doce que ela usava parecia se misturar com o ambiente sofisticado do restaurante. Alfonso não conseguia tirar os olhos dela, embora mantivesse o semblante confiante.

Enquanto almoçavam, o flerte constante entre eles era como um jogo. Trocas de olhares prolongados, sorrisos sugestivos e toques sutis sobre a mesa. Alfonso fazia perguntas indiretas, tentando sondar mais sobre quem ela realmente era, enquanto Anahí respondia de forma vaga, mas envolvente, jogando o mesmo jogo com uma maestria que o deixava intrigado.

— Então, Jessie... — Alfonso começou, enquanto girava suavemente a taça de vinho em sua mão. — O que te trouxe a Nova York, além dos "negócios"? — Ele usou um tom casual, mas seus olhos estavam fixos nos dela, buscando qualquer pista.

Anahí sorriu, cruzando as pernas de maneira elegante enquanto apoiava o cotovelo na mesa.

— Ah, você sabe... — ela respondeu, brincando com a borda da própria taça de vinho. — O destino sempre tem suas formas de nos guiar para onde precisamos estar. Talvez Nova York seja exatamente o lugar onde eu deva estar agora.

Ela desviou a pergunta com facilidade, mas o tom sedutor de sua voz o fez hesitar, por um momento, em continuar pressionando. Alfonso sabia que ela estava escondendo algo, mas, ao mesmo tempo, ele não conseguia evitar o crescente fascínio que sentia por ela.

O almoço continuou com a mesma tensão e charme que dominava o encontro desde o início. O restaurante era sofisticado, com lustres de cristal e música suave tocando ao fundo, criando um ambiente quase íntimo, apesar do movimento ao redor. A comida impecável parecia ser apenas um detalhe naquele momento, já que ambos estavam muito mais focados um no outro do que no que havia nos pratos.

Anahí, com sua postura elegante e olhar calculado, jogava o jogo de sedução com uma confiança nata. Seu sorriso enigmático e a maneira como tocava suavemente a taça de vinho sugeriam controle absoluto, mas por dentro, ela lutava contra o que começava a sentir por Alfonso. Cada resposta sua era uma dança sutil entre o mistério e o flerte.

— E você, Alfonso? — Anahí perguntou, seus olhos se estreitando levemente em uma tentativa de desvendar o homem à sua frente. — O que um homem de negócios como você faz em uma cidade cheia de possibilidades? É apenas trabalho que te mantém ocupado? Ou há mais para descobrir? — Sua voz era suave, quase provocante.

Alfonso deu um leve sorriso, tomando um gole de seu vinho antes de responder. Ele sabia que ela estava tentando sondá-lo também, mas ao contrário dela, ele não sentia a necessidade de esconder tanto. Ao menos, não ainda.

— Nova York... — Ele começou, escolhendo cuidadosamente as palavras. — É um lugar cheio de oportunidades, claro, mas também é uma selva. Você aprende rápido a se adaptar. Às vezes, o trabalho te consome, mas eu faço questão de encontrar tempo para os prazeres da vida. — Ele a olhou diretamente, deixando claro que ela era um desses prazeres no momento.

Anahí sorriu, fingindo estar completamente à vontade com a provocação. Sua mão deslizou pela mesa até parar próxima à dele, criando uma tensão que poderia ser cortada com uma faca.

— Eu gosto de homens que sabem equilibrar trabalho e prazer... — Ela murmurou, mordiscando de leve o lábio inferior. — Isso mostra controle. E eu aprecio o controle.

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