Epilogo

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O sol brilhava de forma tímida sobre o pátio da penitenciária, lançando longas sombras enquanto os portões se abriam. Anahí saiu da cadeia após oito anos de encarceramento, o peso da liberdade finalmente recaiu sobre seus ombros. A sensação era ao mesmo tempo libertadora e opressiva; a incerteza quanto ao que a aguardava lá fora era palpável. A expectativa de ver alguém, qualquer pessoa, era um sentimento esmagador.

Durante os dois primeiros anos de sua prisão, Anahí e Alfonso haviam trocado cartas. As palavras dele eram uma fonte de esperança e conforto em meio ao isolamento e à dureza da vida na prisão. No entanto, após esse período, as cartas cessaram. A ausência de notícias deixou um buraco no coração de Anahí, uma ferida aberta que nunca cicatrizava completamente.

Agora, enquanto caminhava para fora da penitenciária, seu olhar estava fixo no horizonte, ansiosa e temerosa. O pensamento de reencontrar Alfonso era um pensamento constante, mas a falta de comunicação havia deixado uma sombra de dúvida sobre o futuro. O que se sucederia agora?

Ao atravessar o portão, seus olhos caíram sobre um Porsche preto estacionado em frente à entrada da penitenciária. A visão do carro luxuoso era quase surreal. Uma figura estava encostada no carro, com um semblante calmo e uma expressão que misturava alívio e expectativa. Anahí se aproximou lentamente, a mente girando com a esperança e o medo. Seu coração batia com tanta força que parecia que ia pular do peito.

Quando ela finalmente chegou à frente do carro, Alfonso se virou para encará-la. Seus olhos se encontraram e, por um momento, o mundo ao redor desapareceu. Sem dizer uma palavra, Alfonso a puxou para um beijo intenso e cheio de emoção. As lágrimas de Anahí misturaram-se com o beijo, e a sensação de estar novamente nos braços dele era um consolo imenso.

Quando se afastaram, Anahí olhou para Alfonso com uma expressão de incredulidade e perguntas não ditas.

— Onde você esteve? — ela perguntou, a voz embargada. — Eu não soube mais de você depois das cartas. Pensei que tinha perdido você para sempre.

Alfonso sorriu com uma doçura reconfortante.

— Eu não fui a lugar algum, Anahí — ele respondeu suavemente. — Sempre estive aqui, esperando por você. Não importava o tempo que levasse, eu sabia que um dia você sairia e estaríamos juntos novamente.

Ele então abriu a porta do Porsche e a convidou a entrar. Anahí, ainda processando as palavras e o sentimento avassalador de estar ao lado dele novamente, subiu para o carro. Enquanto Alfonso se acomodava ao volante, ele olhou para ela com uma expressão de determinação e carinho.

— Vamos para casa — ele disse com confiança. — Agora é a minha vez de cuidar de você. Passamos por tanta coisa, mas tudo isso fica para trás. O que importa é que estamos juntos novamente e que, finalmente, podemos recomeçar.

O carro deslizou suavemente pela estrada, a liberdade e a esperança se entrelaçando com cada quilômetro percorrido. Anahí olhou para Alfonso ao seu lado, sentindo uma paz que há muito tempo parecia inatingível. A jornada não tinha sido fácil, mas o amor que os unia era uma força imbatível.

Enquanto o Porsche seguia em direção ao futuro, Anahí sabia que, apesar dos desafios e das adversidades, havia encontrado seu caminho de volta ao que mais importava: ao amor e à esperança que nunca se apagaram. E assim, com Alfonso ao seu lado e a promessa de um novo começo, ela se preparava para enfrentar o que viria, com a certeza de que, desta vez, nada poderia separá-los.

Fim?

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