Cap.6

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EU SEI, que vocês provavelmente querem minha cabeça pendurada na parede por demorar tanto, mas só quem conversa comigo sabe os perrengues que passei pra escrever esse.

são mais de 12 mil palaras escritas com muito amor!


🌊


Novamente a porta de vidro sendo aberta pela madrugada, Atsumu não estranhou, já havia acostumado com aquilo; apenas se manteve deitado, olhando o teto, as mãos atrás da nuca, esperava por algum resmungo ou palavras dizendo que o vizinho estava entediado. Entretanto, surpreendeu-se quando sentiu o colchão ao seu lado afundar e arregalou os olhos quando sentiu Sakusa sobre seu corpo, os rostos próximos, sorriso arteiro e a respiração pesada se chocando contra sua pele. Ele vestia exatamente a mesma roupa da primeira vez que visitou seu quarto, era com certeza um de seus pijamas. Os cabelos desorganizados com os cachos embaraçados e fora de ordem, ele ficava estranhamente atraente daquela forma, ainda mais perante ao contraste de iluminação do quarto.

Sentiu vontade de questionar o motivo dele estar ali sobre seu corpo e também porque seus rostos estavam quase colados um no outro, mas, não teve tempo para qualquer coisa que fosse. Sentiu os lábios macios contra os seus, por conta da surpresa, abriu a boca alguns centímetros e foi o suficiente para Sakusa tomar a iniciativa de um beijo mais profundo. Pode sentir a língua quente dele contra a sua.


Sua mente ficou em branco ao sentir o beijo quente e as sensações que lhe causava, aquilo era estranho de certa forma, sentia que havia algo de errado, mas mesmo com isso, parecia ser perfeito.


Fazia tempo que não saia com ninguém e nem mesmo beijava, na realidade, após se mudar pra Tóquio, apesar de ter recebido algumas mensagens, não se sentia preparado para fazer qualquer coisa. Talvez fosse pelo tempo sem, mas aquele homem definitivamente beijava bem. Parecia surreal a forma como o beijo encaixou, coisa que nunca havia conseguido com outra pessoa.


Deveria parar de usar apenas um calção para dormir, sentia-se fresco devido ao fato de sentir muito calor, além disso, utilizando pouca roupa como era o caso, deixava o corpo totalmente disponível para que aquelas mãos frias percorressem cada centímetro, explorando com cuidado a sua pele. A diferença de temperatura fez com que arrepiasse e o primeiro som de urgência fosse abafado pelos lábios do homem mais velho que mesmo ocupado tateando seu corpo, mantinha o ritmo da língua, o atrito dos lábios e a boca se movimentando de uma maneira que Atsumu julgava ser incrível e surreal. 


Poderia afasta-lo ou tentar repetir o gesto e apertar aquele corpo o puxando para que se colasse contra o seu. Sendo assim, tomou a atitude mais óbvia no momento: Arranhou por cima do moletom, sentindo os músculos tensos daquelas costas contra seus dedos e o trouxe para ainda mais perto.


Não queria aquela quantia de pano, queria que Sakusa, naquela noite, ficasse tão livre de roupas quanto o próprio Atsumu ficava ao dormir. Já havia o visto usando blusas de compressão, mas queria ver os músculos e a pele livres, sem mais tecidos. Queria ver tudo, sem nada o atrapalhando.


Corpo quente, macio, suave ao toque e definido, por toda extensão que passou suas mãos. Gostou e as sensações aumentaram quando ele deu aquele sorriso, aquele maldito sorriso, porém este tinha pitada explícita de desejo que nunca havia visto nele, se afastando do beijo por segundos antes de retornar a devorar os lábios.

My Military!! - SakuatsuOnde histórias criam vida. Descubra agora