Quarta-feira, 12 de Junho, 2024
Fui intimada para um almoço com a Maya.
Eu mal tinha acordado quando acordei com as mensagens dela dizendo que estava em Barcelona junto com o Gavi e o Matteo. Se me perguntarem, eu não fazia ideia da aonde ela estava... Sei que ela e o pessoal estavam acompanhando o Pedri e Fermín na Eurocopa em Berlim, então pela lógica, eles deveriam estar por lá.
Como sempre, hoje era dia de atendimentos, e acho que era esse o motivo pelo qual a Maya queria falar comigo. O time B tinha um jogo importante no final de semana e acho que ela queria garantir que todos se saíssem bem.
O dia estava lindo e eu choraminguei quando abri a minha janela. Era verão e eu estava trabalhando... Tudo bem, sendo justa, falarei a verdade: eu e Eliana tiramos férias no começo do ano, e agora é a vez da Maya e Clarisa. Me arrependi de ter dito que preferia no começo do ano? Sim, eu amo verão, e aqui só faz calor no verão mesmo, então, no começo do ano nas minhas férias, estava enrolada debaixo das cobertas devido ao frio que estava fazendo em Barcelona.
Não queria me atrasar e ser motivo das piadinhas de Balde de novo. Tomei um banho rápido e comecei a procura no meu guarda-roupa de algum vestido longo que não esquentasse. Não tinha condições alguma de ir para o CT com calça ou qualquer coisa do tipo. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto, e como todos os dias, já era a minha rotina, passei na minha cafeteria preferida.
Eu tinha sorte de morar há cinco minutos dela e de ser no caminho do CT. Eu era apaixonada, ou melhor, obcecada por café. Qualquer tipo de café, eu amo, e eu só acordava depois de um bom copo de café. Isso começou na adolescência quando eu mal conseguia abrir os olhos de manhã, e meu pai me apresentou o café, e desde então, não vivo sem o meu cafezinho matinal.
Minha rotina de parar na cafeteria se tornava quase um ritual sagrado a essa altura. Aquele lugar tinha um charme que me fazia voltar todos os dias, e a equipe já me conhecia, o que tornava tudo ainda mais rápido. Só de pensar no aroma do café fresco me aguardando, meu humor já começava a melhorar. Como sempre, fui recebida com um sorriso, e, claro, minha xícara favorita me esperava no balcão. O dono da cafeteria até brincava que eu deveria ter um plano de assinatura com eles, de tanto que aparecia por lá.
Enquanto o café era preparado, observei o ambiente em volta. O movimento de pessoas indo e vindo me fazia perceber que, apesar de sempre estar com pressa, essa parada para o café era quase uma pausa para respirar antes do caos do CT. Eu sabia que o dia seria puxado, principalmente com o jogo importante do time B no fim de semana. A Maya tinha deixado claro que o desempenho dos meninos era prioridade, e eu precisava garantir que estivessem bem.
Peguei o café, agradecendo como sempre, e voltei para o carro, sentindo o calor suave da xícara nas mãos. Assim que entrei no carro e coloquei o cinto, senti o calor do sol começar a bater no vidro, me lembrando por que tinha escolhido aquele vestido longo e fresco. O verão em Barcelona era impiedoso, e trabalhar no CT com aquele calor era um desafio a mais. Mas, de alguma forma, aquele café transformava tudo. Liguei o carro e segui em direção ao CT, ainda com o gosto do café na boca e o pensamento de que, pelo menos hoje, eu estava no horário.
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psicoamor || marc casadó & helena
Romance"Livro 6 da Série Barcelona" Helena, uma psicóloga determinada e independente, sempre traçou seus próprios caminhos e nunca se deixou guiar pelos padrões. Trabalhando no centro de treinamento do Barcelona, ela se dedica a ajudar atletas a enfrentare...