𝐂𝐀𝐏 𝟏. ❜ stars around my scars

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Capítulo de FLASHBACKS.
TW’s: bullyng, briga de socos, menção a sangue, cortes, tortura, abuso familiar.

SEPTEMBER, 1972.

SIRIUS ESTAVA INQUIETO ao seu lado, roendo as unhas, com a perna indo para cima e para baixo no banco, fazendo uma sessão de cutilagem intensa e mordendo o lábio inferior desde que chegaram na plataforma 9 ¾.

A coisa é que seus pais exigiram os levar na plataforma duas horas antes, para listar regras que Regulus deveria seguir estando longe deles e cercado de 'alunos com todo tipo de sangue, família e influência' segundo Walburga, e fizeram com que Sirius escutasse tudo também em uma tentativa de corrigir o desgosto que ele os trouxe ao ser selecionado para a grifinória, se tornar amigo de um Potter e de dois mestiços - além de duas garotas nascida trouxas que ele também havia se criado afeição.

Sem dúvidas se sentar com os Rosier e com o Crouch era a parte mais fácil de todas, porque Regulus já iria para eles de qualquer forma. Evitar todos laços que Sirius havia criado era algo meio termo, devido a Regulus ter uma certa incerteza sobre James Potter e está curioso para saber se ele é tudo isso que Sirius disse mesmo, então talvez ele fosse se esgueirar para sua cabine com seu irmão somente para esclarecer as coisas, obviamente, e nada mais.

"Tourjous pur, Regulus." Walburga lhe estendia a mão, ajeitando seu cabelo com o toque áspero de sempre. "A família acima de tudo, se lembre disso."

"Oui, mama." Regulus assentiu, e ouve Sirius bufar ao seu lado.

"Merlin, ele já entendeu. Nos deixe entrar logo!" Sirius acena freneticamente para o trem à frente deles.

Regulus sabe que se eles não estivessem em público, a atitude de seu irmão seria o suficiente para um corte, ou um feitiço silenciador. Entretanto, sua mãe somente se projeta em frente à Sirius, e com o olhar afiado se dirige a ele como uma fera à sua presa, não se importando em deixar algo de sua vítima para trás, indo direto à carne, ossos e tudo.

"Carregue a culpa da corrupção que fez em si mesmo sozinho. Não ouse levar Regulus à sua destruição, Sirius."

"Ele é meu irmão." Sirius vociferou entre os dentes cerrados, punhos se fechando ao lado do seu corpo.

"Antes de tudo, meu filho. Não o quebre como faz com tudo que toca." Walburga sibila, e como se não tivesse o crucificado com palavras, saí de sua frente para por as mãos nos ombros de Regulus. O beijo que é projetado em sua testa queima, e ele pode sentir veneno escorrendo de seus lábios. "Vá, Regulus."

Regulus olha para seu irmão, e por incrível que pareça ele não saiu andando no mesmo instante. Sirius estava esperando por Regulus com um olhar furioso, embora o ódio não fosse referido à ele, e sim à quem o tocava como sua propriedade. Sem hesitação, ele puxa sua mão e Regulus o segue, olhando para trás uma única vez onde seus genitores o observam partir. Quando finalmente sobem no trem, Regulus para abruptamente se virando para seu irmão.

"Sirius, aquilo não é verdade, né?" Seus olhos estão cheios de esperança e súplica, no meio da inocência restante que habita nele.

"Não é, Reggie." Sirius lhe oferece um sorriso confortante, embora a situação não fosse.

"Você-" Ele para, engole o nó que se forma em sua garganta e a limpa. "Você não destrói nada, Six. Nunca se torne um estranho."

𝗗𝗔𝗬𝗟𝗜𝗚𝗧𝗛, starchaserOnde histórias criam vida. Descubra agora