PHOTOGRAPH - Jeongyu

Passeios no shopping e sentimentos estranhos

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  Já está quase na hora do Jeongin vir me buscar e eu ainda nem decidi oque usar hoje. Parece que todas as minhas roupas não ficam boas de jeito nenhum e nada combina.

  No fim, escolhi uma camisa branca básica, uma calça jeans baggy e um tênis branco simples. Pego uns anéis e arrumo meu cabelo de qualquer jeito.

  Me certifico de não estar parecendo um louco ou fedendo, pego meus pertences e espero a campainha tocar. Ele me manda mensagem dizendo que está no elevador e aqueles dois minutos de espera parecem duas horas.

  O som da campainha toca e, ao abrir a porta, sinto o aroma de um perfume caro e a pessoa à minha frente, que estava no celular, me olha de volta e automaticamente me sinto o homem mais feio do mundo perto dele.

  — Gostei dos anéis – Novamente aquele sorriso fofo se forma e eu nem vou entrar no assunto das covinhas.

  — Obrigado. – Fico meio nervoso com ele me encarando.

  — Vamos? Meus amigos tão esperando lá embaixo. – Ele pega a minha mão e eu fecho a porta com a mão livre.

  Entramos no elevador e nossas mãos continuam juntas. Encaro sua mão e reparo nos vários anéis em seus dedos, muito especificamente reparo no anelar que tem as mesmas cores da bandeira gay.

  — Desculpa! Não tinha reparado que a gente tava de mãos dadas até agora. – Ele separa nossas mãos e solta uma risada sem graça e naquele momento sinto uma certa falta das nossas mãos coladas e nossos anéis se chocando uns nos outros.

  Tenho que admitir que sinto certa atração por ele, não posso negar isso e também, meio que foi ele pegou na minha mão. Por quê isso tá mexendo tanto comigo? Nos conhecemos exatamente há um mês, esse sentimento estranho não deveria existir. Mas existe e isso é desde que eu o vi pela primeira vez.

  Saímos do elevador e encontramos Hyunjin e Heesung discutindo um com o outro enquanto Jeongin revira os olhos e exala um suspiro cansado.

  — As duas crianças de colo estão brigando pelo banco da frente de novo? Que feio! – Ele  diz irônico e cruza os braços e seus músculos definidos marcam sua camisa e seu peitoral. Choi Beomgyu, se controla!

  — Foi ele! – Os dois dizem em uníssono e seguem até o carro preto caríssimo que está parado no estacionamento.

  — Eu vou na frente! – Diz o Heesung.

  — Ah não! Eu vou ter que ir segurando vela lá atrás?! – Fala o Hyunjin fazendo drama.

  — Como assim "segurando vela"? – O Jeongin aparece do meu lado e eu dou um pulinho de susto.

  — Nada não, eu vou atrás sem problemas. – Hyunjin se enfia lá dentro do carro e faz questão de ir pro lado direito só pra fazer eu e Jeongin irmos do lado um do outro.

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  Chegamos no shopping e subimos até a área cheia de lojas de grife. Hyunjin vai até a Versace e todos seguimos ele.

  — Cuidado pra não ser pego pelos paparazzis de novo, Hyun. – Diz o Jeongin e eu olho confuso.

  — Tá tudo bem! Já olhei em volta e não vi ninguém. Também pedi pro segurança ficar de olho. – Ele diz enquanto pega uma amostra de um gloss.

  — Uma pergunta, você é lgbt? – Pergunto meio acanhado pro Hyunjin.

  — Todos somos, menos o Heesung. – Ele fala e vejo o Jeongin corar de vergonha.

  — Ah sim. Eu também sou. – Me sinto livre pra falar e as pupilas de Jeongin parecem maiores e tenho quase certeza que seus olhos brilharam.

  — Sério?! – Ele fala aparentemente curioso com aquele fato.

  — É... Eu sou assumidamente gay.

  — Pronto, só tem viado nesse grupo. – diz Heesung pegando sua carteira do bolso. — A princesa vai querer mais alguma coisa? – Pergunta pro Hyunjin e ele nega com a cabeça enquanto ri.

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  Estamos andando e enquanto os outros dois riem de alguma coisa mega aleatória, Jeongin vem na minha direção.

  — Seus pais não vêem problema em você ser gay? – Ele fala meio constrangido.

  — Nenhum pouco, na verdade eles nem ligam.

  — Eu adoraria que eles me aceitassem, mas meu pai sempre fala que não quer eu destruindo a reputação da minha família e sujando o legado da empresa sendo um "viadinho de merda". – Ele parece tão triste e minha única resposta é entrelaçar nossas mãos de forma discreta.

  — Eu tô aqui pra qualquer coisa, tá?! – Falo enquanto faço carinho na sua mão.

  — Beomgyu?!

  — Sim.

  — Você me beijaria? – Ele pergunta e eu começo a tremer. — Porque eu te  beijaria muito.

  — Quer que eu seja bem sincero? – Eu pergunto e ele afirma.

  — Definitivamente sim.

  Depois disso fui arrastado pra uma parte escura e isolada do shopping e tive uma confirmação pra uma pergunta que eu vinha me fazendo com frequência: ele...

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Não me matem!!!
O próximo capítulo vem cheio de revelações e novidades.
Só tenho uma coisa pra dizer: o primeiro ato já tá acabando e logo começa a parte boa da fic.

Se gostarem votem e comentem pra me ajudar e até a próxima 🩷 ☁️