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Acordar à base dos gritos da sua mãe às cinco da manhã deveria ser considerado crime. Principalmente quando você passa metade da noite em claro empilhando caixas e mais caixas de roupas e outros trambolhos, às vezes desnecessários, que compõem o seu quarto. Ainda me pergunto como um quarto tão pequeno cabe tanta coisa?!
— CHOI BEOMGYU! Pra fora dessa cama agora! – Ela aumentou o tom de voz e isso não é nada bom. Trato logo de pular da cama antes que ela arremesse uma dessas caixas em mim e eu tenha um traumatismo craniano.
— Já vou, mãe! Espera, pelo menos minha alma voltar pro meu corpo?! – falo ainda meio atônito por ter acabado de acordar.
— Ok, mas não demora, por favor. Nós temos que sair às seis daqui.Odeio tudo que está acontecendo e odeio ainda mais ter que lidar com tudo isso sozinho, mas não tenho amigos aqui e sou filho único, oque significa que eu nem posso desabafar sobre o quão horrível está sendo me mudar pra outra cidade depois de passar 17 anos nesse mesmo lugar, com os mesmos vizinhos, estudando na mesma escola e dormindo no mesmo quarto de sempre.
Depois de pegar a primeira roupa que eu achei na caixa, escovar os dentes e lavar o meu rosto bem porcamente, vou pra cozinha e pego a torrada com geleia que minha mãe deixou pra mim. Coloco meus fones de ouvido e espero meu pai e um cara aleatório do caminhão da mudança terminarem de colocar nossas caixas na caçamba.
🎸Nos deparamos com o maior trânsito já visto por mim em toda a minha vida e ouso dizer que estamos parados nesse mesmo lugar por, pelo menos, umas duas horas. Eu dormi todo esse trajeto até aqui, porém minha amada mãe me acordou pra ver o engarrafamento quilométrico que estava sendo formado ao redor do nosso carro. Não consigo me acostumar com todos esses carros e prédios que compõem a paisagem à minha volta, viemos de uma cidade minúscula e pacata para todo esse furdunço da grande Seul, isso parece demais pra mim.
— Mãe, sabe me dizer se estamos perto? — Ela se vira e balança a cabeça em negativo, então me viro pro meu pai que está no volante.
— Pai, sabe dizer se estamos perto? – ele só responde um sim e continua seu joguinho de sinuca no celular, sem prestar muita atenção em mim.🎸
Depois de longas horas (bota longo nisso!) chegamos no novo apartamento e já está começando a escurecer. Deito no colchão que meu pai colocou na sala e abro o Instagram pra ficar rolando meu feed. Minha mãe pede uma pizza e pergunta se eu quero escolher o sabor, faço que "não" e ela vai atrás do meu pai que está desembalando os copos e pratos das milhões de camadas de plástico bolhas e jornal que minha mãe fez questão de colocar.
Vou na varanda pra ver a vista que é literalmente outro prédio e avisto um garoto de óculos na janela tirando foto do céu e outras coisas aleatórias com uma câmera analógica, ele sorri mostrando as covinhas que tem nas bochechas. O garoto se vira pra falar com outro garoto que aparenta ser mais velho. Os dois entram e eu fico lá sentindo a brisa fresca no rosto. Ele parece legal, espero muito que realmente seja e que possamos nos encontrar por aí ou até mesmo sermos amigos talvez. É, eu até que achei ele interessante.
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Oioi nuvenzinhas, minha primeira fic e eu espero mesmo que gostem.
Se caso gostarem, votem no capítulo, por favor. Isso é muito importante pra mim.
Tchauzinho, até a próxima 🩷☁️
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PHOTOGRAPH - Jeongyu
RomansaChoi Beomgyu acaba de se mudar para a grande Seul e se sente completamente perdido com essa nova fase de sua vida. Porém o seu atual drama começa quando o seu novo vizinho de varanda aparece em sua vida e um de seus desenhos dedicados a ele somem e...