Gabriela Rodriguez é uma jovem brasileira que, após a mãe solteira se casar, se vê forçada a deixar sua terra natal e recomeçar a vida nos Estados Unidos. Em sua nova escola, ela logo atrai a atenção dos Quatro Cavaleiros, os rapazes enigmáticos c...
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Fecho os olhos com força e jogo a esponja avermelhada pelo meu sangue longe de mim.
Um grito de dor e sofrimento, que estava preso na minha garganta, escapa como um pedido de socorro na escuridão de um lugar abandonado, esquecido por todos, inclusive por mim mesma.
Respiro com dificuldade e, em uma tentativa desesperada de acabar com a dor, mergulho minha cabeça na água gelada da banheira. Queria que isso acabasse, mesmo que precisasse me perder no processo. Desejava que a dor desaparecesse assim como os batimentos do meu coração.
Enquanto a pressão da água me afoga, uma lembrança surge.
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- Papai, o que estamos fazendo aqui? - pergunto assustada, olhando para a floresta medonha que me cercava. As árvores pareciam torcidas e retorcidas, como se estivessem se contorcendo em dor, e uma névoa densa pairava no ar, tornando tudo mais opressivo.
Meu pai me encara com um sorriso que não chegava aos olhos, uma expressão que me fazia sentir um frio na barriga.
Ele responde com uma voz suave, mas havia algo de inquietante em seu tom: - Vamos apenas passar na casa de um amigo do papai.
Ele fala e bagunça meu cabelo levemente, mas o gesto não traz conforto. O toque parecia mais como um aviso do que um carinho.
Sorrio hesitante, mas uma sombra de dúvida se instala em mim. Por que a casa do amigo do meu pai ficava naquela floresta estranha e sombria?
- Mas por que fica no meio da floresta, papai? - pergunto confusa, a voz falhando ao tentar esconder meu medo.
Ele se volta para mim com um olhar profundo e pensativo que faz meu coração acelerar. - Porque ele não gosta de humanos, minha docinha - ele diz lentamente, como se cada palavra fosse uma pedra pesada jogada em um lago tranquilo.
Seu semblante se torna sério, quase ameaçador, como se estivesse perdendo a paciência com minha curiosidade.
Um arrepio percorre minha espinha ao ouvir suas palavras.
