O sol da manhã iluminava a mansão Mikaelson, refletindo nos vitrais coloridos. Celeste, agora familiarizada com a grandiosidade do lugar, caminhava com passos decididos, embora sua mente estivesse repleta de perguntas sem respostas. A presença dela já havia causado tensão suficiente entre os irmãos, mas havia mais a descobrir.
Elijah guiava Celeste pelos corredores, o silêncio entre eles confortável, mas com uma tensão subjacente. Quando chegaram à sala de estar, uma jovem mulher estava sentada no sofá, a mão sobre sua barriga, que começava a exibir sinais de uma gravidez em estágio inicial. Era Hayley, a loba que carregava o filho de Klaus.
Celeste e Hayley trocaram olhares curiosos. Celeste, com um leve sorriso no rosto, quebrou o silêncio. "Você deve ser Hayley."
Hayley se levantou devagar, ajeitando o vestido. "E você deve ser Celeste," respondeu, com um ar de desconfiança que rapidamente foi substituído por um sorriso amigável. "A mulher misteriosa que apareceu de repente."
Celeste riu baixinho. "Parece que isso virou um hábito meu." Ela se aproximou e, em um gesto inesperado, colocou a mão de leve sobre a barriga de Hayley, sentindo a energia. "O bebê... ele é forte. Você tem sorte."
Hayley arqueou uma sobrancelha, surpresa pela sensibilidade de Celeste. "Obrigada... Eu acho?" Elas se entreolharam, e em poucos minutos estavam rindo e conversando como velhas amigas. Era como se houvesse uma conexão natural entre elas, algo que nem Elijah poderia explicar.
Depois de algum tempo, Elijah interrompeu a conversa. "Talvez devêssemos ir até Klaus e Rebekah. Eles precisam ouvir o que você tem a dizer."
Celeste assentiu, e os três seguiram para a sala de reuniões da mansão, onde Klaus e Rebekah estavam esperando. Klaus, sempre com sua postura altiva, estava de pé, os olhos azuis analisando cada movimento de Celeste. Rebekah, por sua vez, estava sentada, impaciente e claramente desconfiada.
"Então," Klaus começou, com um tom de voz firme. "Você ressurgiu dos mortos. Quer nos contar como?"
Celeste suspirou e cruzou os braços, observando cada um deles com cuidado antes de responder. "Eu já disse a Elijah, e vou dizer a vocês... Não sei como ou por que estou aqui. Há um mês, acordei enterrada. Foi difícil, mas consegui voltar para este mundo. Estou tão surpresa quanto vocês."
Rebekah estreitou os olhos, visivelmente cética. "Difícil acreditar que uma bruxa tão poderosa quanto você não saiba o que aconteceu."
Celeste deu de ombros, sem se abalar. "Acredite ou não, Rebekah, eu não tenho todas as respostas. Se eu soubesse, já teria feito algo a respeito."
Klaus deu uma risada curta, sarcástica. "Bem, enquanto não descobrimos o mistério de sua ressurreição, tenho um aviso para você. Há uma jovem chamada Davina. Ela é uma bruxa incrivelmente poderosa, e se sentir qualquer uso de magia, será um problema para todos nós. Então, se pretende ficar por perto, sugiro que mantenha seus feitiços sob controle."
Celeste arqueou uma sobrancelha, interessada. "Davina, uma bruxa poderosa? Isso soa intrigante."
Klaus balançou a cabeça com uma expressão séria. "Intrigante ou não, a última coisa que precisamos agora é mais confusão. Não use magia enquanto estiver na cidade."
Celeste deu um sorriso travesso, mas assentiu. "Entendido."
No meio da conversa, Klaus se afastou, pegando o casaco. "Agora, se me dão licença, preciso ver Marcel. O plano de fingir ser seu aliado não vai se manter sozinho." Antes de sair pela porta, Celeste ergueu a voz com um tom divertido. "Ah, Klaus, traga um vinho branco quando voltar, por favor."
Klaus parou, virando-se para ela com um olhar incrédulo. "Eu não sou garçom para trazer bebidas."
Celeste riu alto, o som ecoando pela sala, e Klaus saiu sem olhar para trás, mas um sorriso ligeiramente curvado no canto dos lábios.
Com Klaus fora, a atmosfera na sala mudou. Hayley, que observava a interação entre Elijah e Celeste com atenção, se levantou com um sorriso divertido. "Vou deixá-los um pouco a sós. Preciso de um ar fresco." Ela lançou um olhar sugestivo para Elijah antes de sair, percebendo o quanto ele parecia enredado em emoções que não sabia como controlar.
Agora sozinhos, Elijah se aproximou de Celeste, a presença dele forte e segura, como sempre. "Você realmente pediu para Klaus trazer vinho?"
Celeste deu de ombros, rindo suavemente. "Eu sabia que ele não resistiria."
Elijah a olhou com um sorriso nos lábios. "Ainda tem o mesmo senso de humor."
Ela se aproximou mais, os olhos dela fitando os dele com uma suavidade que ele não via há séculos. "E você, Elijah... ainda é o mesmo cavalheiro?"
Ele deu um passo em direção a ela, a mão dele tocando de leve seu braço. "Talvez. Mas o tempo passou, Celeste. Ambos mudamos."
Ela sorriu, baixando o olhar para o toque de Elijah. "É verdade... mas talvez algumas coisas nunca mudem."
O silêncio que se seguiu foi carregado de emoção. Elijah acariciou o rosto de Celeste suavemente, o polegar traçando a linha de seu maxilar. Era como se todos os séculos de separação desaparecessem naquele momento. Ela fechou os olhos, inclinando o rosto para o toque dele, sentindo-se inesperadamente vulnerável.
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Klaus entrou, carregando uma garrafa de vinho branco em uma das mãos. Ele lançou um olhar divertido para Celeste. "Aqui está, sua Alteza. Acho que você conseguiu o que queria."Celeste sorriu vitoriosa, pegando a garrafa. "Eu sabia que você não ia resistir."
Klaus bufou, cruzando os braços. "Considere isso um favor único."
Elijah, que ainda estava perto de Celeste, observou a interação com uma expressão ligeiramente sombria. Ele não pôde evitar sentir um leve ciúme ao ver a forma como Klaus conseguia arrancar sorrisos tão fáceis dela. Ao mesmo tempo, ele sabia que aquele sentimento era irracional, mas não conseguia ignorá-lo.
Do outro lado da sala, Hayley, que havia retornado silenciosamente, observava a troca de olhares entre os três. Com um sorriso discreto, ela notou o ciúme nos olhos de Elijah e fez uma anotação mental. Isso poderia ser interessante.
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Echoes of time~Elijah Mikaelson
FanfictionAo longo dos séculos, o poder e o destino têm caminhado lado a lado, forjando alianças e destruindo legados. Os Mikaelson, uma família amaldiçoada pela imortalidade, sempre se encontraram no centro desse ciclo interminável de traição, amor e sacrifí...