Echoes of time~Elijah Mikaelson

Capítulo 11: Memórias Perdidas

O beijo que compartilhavam ainda pairava no ar, mas antes que pudessem se perder novamente no momento, o telefone de Elijah tocou, quebrando o encanto. Relutante, ele se afastou de Celeste e pegou o aparelho, vendo o nome de Klaus na tela.

"Preciso atender," disse ele com um suspiro. Celeste assentiu, observando enquanto ele se afastava.

"Elijah," começou Klaus do outro lado, sem rodeios, sua voz carregada de uma urgência que imediatamente capturou a atenção de Elijah. "Há algo que você precisa saber."

"Vai direto ao ponto, Klaus."

"A entidade na caverna... ela disse que Celeste não pertence a este mundo," Klaus disse em um tom baixo, mas incisivo. "Como se ela estivesse fora de lugar, uma... anomalia."

Elijah permaneceu em silêncio por um momento, as palavras ecoando em sua mente. "Eu vou cuidar disso, mas pare de pensar besteiras" respondeu ele, encerrando a ligação, com o pensamento fixo em Celeste.

Ele retornou à sala, ansioso para contar a ela o que havia ouvido, mas parou imediatamente ao vê-la. Celeste estava sentada no sofá, seus olhos abertos, mas completamente brancos, sem vida.

"Celeste?" Elijah chamou, sua voz cheia de preocupação, enquanto se aproximava lentamente. "Celeste, pode me ouvir?"

Ela não respondeu, e Elijah se ajoelhou à sua frente, segurando seu rosto gentilmente. "Celeste!" Ele chamou mais uma vez, mas não houve reação.

Lá, no fundo da mente de Celeste, algo estranho estava acontecendo.

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Ela estava em outro lugar, em outro tempo. As memórias vinham rápidas e confusas, como se ela estivesse revivendo momentos antigos. 1492. O ano apareceu em sua mente com clareza, embora ela soubesse que naquele ano, ela não deveria estar viva.

No entanto, as cenas diante dela eram incrivelmente vívidas.

Ela estava em uma pequena vila à beira do mar, o vento salgado acariciando seu rosto. Ao seu lado, estava Elijah. Ele sorria para ela de forma gentil, sua expressão suave, uma versão de Elijah que ela nunca havia visto antes, ou talvez tivesse esquecido. Eles caminhavam de mãos dadas, e o mundo ao redor deles parecia desaparecer. Não havia pressa, apenas a sensação de segurança e carinho.

Em um outro momento, ela estava sentada em uma cabana de madeira, enquanto Elijah acendia uma lareira. Seus olhos brilhavam com uma ternura rara, enquanto ele se virava para ela. "Você sempre reclama do frio," ele disse com um leve sorriso, enquanto se sentava ao seu lado e colocava um cobertor sobre os ombros dela.

Ela se lembrava de como havia encostado a cabeça no ombro dele naquela noite, sentindo o calor do fogo e a presença reconfortante de Elijah. O silêncio entre eles não era incômodo, mas cheio de significado, como se cada batida de seus corações estivesse sincronizada.

Então, as memórias mudaram novamente. Agora, ela estava em um jardim, cercada por flores. Elijah estava ao seu lado, observando-a enquanto ela tocava cada flor com reverência, sorrindo suavemente. "Este lugar me lembra você," ele disse baixinho. "Tão cheio de vida e força."

Ela riu. "Eu nunca pensei que o grande Elijah Mikaelson fosse tão poético."

Ele deu de ombros, sorrindo com o canto dos lábios. "Você me inspira."

Esses momentos... eram tão reais. Mas por que ela estava se lembrando deles agora? E por que em 1492? Ela estava morta naquela época, não estava?

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Na sala da mansão Mikaelson, Elijah segurava Celeste com cuidado, enquanto a observava com crescente preocupação.

De repente, ela soltou um grito e arqueou o corpo. "Elijah!"

Ele a segurou com firmeza, mas com suavidade, puxando-a para si enquanto ela recobrava os sentidos. "Celeste, estou aqui," ele disse com a voz calma, tentando tranquilizá-la. "O que foi isso?"

Ofegante, Celeste se afastou ligeiramente, o olhar ainda embaçado pelas visões. Ela respirou fundo, tentando organizar as memórias que tinham inundado sua mente. "Eu... eu tive uma visão. Não, eram memórias... de nós dois. Mas eram antigas, Elijah. De 1492."

Elijah franziu o cenho, surpreso. "Memórias de 1492?"

Ela assentiu, ainda confusa. "Sim. Estávamos juntos... como se fôssemos... apaixonados." A última palavra saiu hesitante, como se ela ainda estivesse processando o que aquilo significava.

Elijah ficou em silêncio, absorvendo as palavras dela. Ele se lembrava de sentir algo forte por Celeste ao longo dos séculos, uma conexão que ele nunca conseguira explicar. Mas o que ela descrevia agora... eram momentos que ele também parecia sentir dentro de si, mas que nunca havia vivido conscientemente.

"Essas memórias..." Elijah começou, aproximando-se mais dela, os olhos fixos nos dela. "Pareciam reais para você?"

Celeste assentiu, seus olhos cheios de incerteza. "Sim. Eram tão reais quanto o que está acontecendo agora."

Elijah respirou fundo. Ele não sabia o que estava acontecendo, mas uma coisa era certa: essa conexão que eles compartilhavam transcendia o tempo. E agora, mais do que nunca, ele sabia que precisava protegê-la — não apenas das ameaças externas, mas também das forças que pareciam querer separá-los.