Echoes of time~Elijah Mikaelson

Capítulo 10: O Beijo da imortalidade

A porta da mansão Mikaelson range suavemente quando Celeste entra, exausta após sua intensa aventura com Klaus. Ela suspira ao fechar a porta, ainda processando tudo o que havia acontecido na caverna. No entanto, ao olhar em direção ao salão principal, uma visão inesperada a faz sorrir.

Lá estava Elijah, curvado sobre as plantas que ela havia trazido mais cedo. Ele cuidava delas com uma delicadeza que fazia seu coração acelerar. Era uma visão curiosa e encantadora, ver aquele vampiro antigo, sempre tão controlado e sério, dedicando-se à tarefa aparentemente mundana de organizar suas flores.

“Elijah,” ela chama suavemente, o sorriso brincando em seus lábios.

Ele se endireita ao ouvir sua voz, virando-se para olhá-la com um ar surpreso, mas não menos afetuoso. "Celeste. Pensei que essas plantas poderiam usar um pouco de atenção enquanto você estava fora."

Ela ri suavemente, o som ecoando pela sala. “Cuidando das minhas flores? Essa eu não esperava.”

Ele arqueia uma sobrancelha e oferece um sorriso irônico. “Bem, você disse que a casa estava sem vida. E devo admitir, nunca pensei que seria eu a dar essa vida extra.”

Ela caminha até ele, notando o toque gentil com que ele havia arrumado as plantas. “Você fez um bom trabalho,” ela comenta, seus olhos brilhando com uma mistura de admiração e carinho.

Elijah a observa de perto, notando o cansaço em seus olhos, mas também algo mais – uma tensão que ele raramente via nela. Ele franze o cenho, sentindo que havia algo a mais acontecendo.

“O que Klaus queria com você?” ele pergunta, sua voz calma, mas com um toque de preocupação.

Celeste suspira, passando uma mão pelos cabelos. “Ele me levou até uma caverna mágica fora de Nova Orleans. Havia antigas inscrições que ele queria que eu decifrasse... algo sobre um feitiço poderoso.” Ela faz uma pausa, hesitando em revelar mais, mas decide ser honesta. “Acabamos sendo atacados por um espírito do antigo clã de bruxas que eu traí. Foi intenso, mas conseguimos sobreviver.”

Elijah imediatamente se aproxima, a preocupação clara em seus olhos agora. “Você se machucou?”

Ela balança a cabeça com um leve sorriso. “Não. Mas Klaus... ele quase foi ferido gravemente. Eu tive que usar um feitiço poderoso para curá-lo.”

Elijah observa o rosto de Celeste, suas emoções conflitantes visíveis em seu olhar. Ele sabia o quanto Klaus podia ser impulsivo e obsessivo, e isso sempre colocava as pessoas ao seu redor em risco. Mas havia algo mais no jeito como Celeste falava – uma vulnerabilidade que ele raramente via nela.

“Você sabe que ele não vai parar, não é? Klaus sempre busca mais poder,” Elijah comenta suavemente, sua mão pousando delicadamente no braço de Celeste, oferecendo conforto.

Ela olha para ele, os olhos encontrando os dele com uma intensidade silenciosa. “Eu sei. Mas eu não posso abandoná-lo. Por mais frustrante que ele seja, ainda faz parte de algo maior... E, de alguma forma, eu sou parte disso.”

O silêncio entre eles se prolonga por um momento, ambos absorvendo as palavras ditas e não ditas. A mão de Elijah permanece no braço dela, e Celeste sente o calor de seu toque, mais reconfortante do que ela esperava.

“Celeste,” Elijah começa, sua voz suave, quase hesitante, algo raro vindo dele. “Eu...”

Antes que ele pudesse completar a frase, Celeste dá um passo à frente, encurtando a distância entre eles. Seus olhos, sempre tão penetrantes, estavam suaves agora, estudando o rosto de Elijah como se estivesse tentando decifrar algo.

“Você sempre cuida de mim,” ela murmura, sua voz baixa, mas cheia de emoção. “Mesmo quando não peço. Mesmo quando eu mesma não sei que preciso.”

Elijah a observa, seus olhos focados nos dela, o mundo ao redor deles desaparecendo. “Você merece ser cuidada, Celeste,” ele responde, sua voz rouca.

Por um breve momento, o silêncio reina entre eles, carregado de sentimentos não ditos. E então, sem qualquer aviso, Celeste dá mais um passo, ficando a poucos centímetros de distância. Elijah inclina a cabeça, como se fosse um movimento natural, e seus olhos caem para os lábios dela.

O ar entre eles parece se eletrificar, e antes que pudessem raciocinar, Celeste fecha a distância. Seus lábios encontram os de Elijah em um beijo suave, quase hesitante no início, mas rapidamente se aprofundando conforme ambos cedem ao momento. As mãos de Elijah deslizam pelos braços dela até sua cintura, puxando-a para mais perto enquanto ele responde ao beijo com igual intensidade.

Celeste sente o coração acelerar, uma mistura de alívio e desejo tomando conta dela. Aquele beijo, tão esperado e carregado de emoções, parecia selar algo muito maior do que qualquer palavra poderia expressar.

Quando finalmente se afastam, ambos respiram ofegantes, os olhos ainda presos um no outro.

“Eu...” Celeste começa, mas Elijah a interrompe, sorrindo suavemente.

“Não precisa dizer nada. Isso já diz tudo.”

Ela sorri, ainda sentindo o toque de seus lábios no dela. Era como se aquele momento tivesse selado algo que ambos sabiam estar ali há muito tempo, mas que apenas agora tiveram coragem de admitir.

Elijah, sempre o cavalheiro, apenas inclina a cabeça e murmura, "Finalmente."