Echoes of time~Elijah Mikaelson

Capítulo 16 - O Mistério da bruxa

Celeste estava sentada na fria e úmida cela mágica. As paredes de pedra ao seu redor emanavam um leve brilho, resquícios da antiga magia que Marcel havia usado para aprisioná-la ali. Ela mantinha uma postura impecavelmente calma, o olhar fixo em um ponto distante como se estivesse em qualquer outro lugar, exceto naquela prisão. Ao seu redor, havia o toque sutil de sua própria energia, ressoando em um esforço silencioso, porém constante, para quebrar as amarras que a mantinham.

O som de passos ecoou no corredor, e ela suspirou, preparando-se para o próximo "diálogo" que Marcel insistia em tentar.

Ele entrou e se aproximou das grades com um olhar intenso, carregado de um misto de frustração e determinação. Por um momento, ele permaneceu em silêncio, observando Celeste com um sorriso sombrio nos lábios, como se tentasse medir sua resiliência. Em seguida, ele se sentou no chão, do outro lado da grade, e cruzou os braços.

"Sabe," começou ele, a voz gélida, "você pode tornar as coisas mais fáceis para todos nós, Celeste."

Ela o olhou de canto, um leve sorriso irônico aparecendo em seus lábios. "Oh, estou ouvindo. Como exatamente eu tornaria as coisas mais... fáceis?"

Marcel inclinou-se para frente, os olhos faiscando. "Você sabe tanto sobre os Mikaelson quanto eu... na verdade, muito mais. Você ajudou a transformar aqueles monstros em vampiros. Então sabe exatamente como quebrar o feitiço. Todas as brechas, todas as fraquezas." Ele fez uma pausa, analisando a reação dela. "Diga-me. Como posso acabar com eles, de uma vez por todas?"

Celeste soltou uma risada leve, sarcástica, seus olhos cintilando com provocação. "Oh, Marcel... você realmente acha que se houvesse uma brecha fácil, alguém não a teria encontrado em todos esses séculos?" Ela se inclinou mais perto da grade, a expressão desdenhosa. "Além disso, por que eu trairia aqueles que... digamos, tornaram a eternidade muito mais interessante?"

Ele a encarou com irritação. "Não finja que tem alguma lealdade por eles, Celeste. Eu sei da sua história com Elijah. E também sei que, no fundo, você gostaria de vê-los destruídos tanto quanto eu. Então, por que não nos poupamos desse joguinho?"

Celeste o encarou, seu olhar desafiador. "Marcel, você realmente acha que Elijah e eu nos resumimos a ressentimentos? Não conhece nem metade do que houve entre nós." Ela inclinou a cabeça, zombando. "E mesmo que eu soubesse alguma coisa que pudesse ajudá-lo, por que eu contaria para você?"

Marcel apertou os punhos, a raiva evidente em seu rosto. Ele se aproximou, quase tocando as grades que os separavam, a voz baixa e ameaçadora. "Está brincando comigo, Celeste? Eu posso te fazer desejar nunca ter posto os pés nesta cidade."

Ela revirou os olhos e suspirou, voltando a se acomodar tranquilamente contra a parede. Sua expressão era de desdém absoluto, como se estivesse lidando com uma criança teimosa. "Acredite, Marcel, não é nada pessoal. Mas tenho séculos de experiência com monstros piores do que você. Essa sua fúria e essas ameaças são... encantadoras, na melhor das hipóteses."

A fúria de Marcel atingiu seu limite. Ele a encarou, os olhos ardendo de ódio, antes de se levantar abruptamente. "Você vai se arrepender disso, Celeste."

"Promessas, promessas..." ela murmurou de forma zombeteira enquanto ele saía da cela, batendo a porta com força atrás de si. Quando ele desapareceu pelo corredor, ela soltou um suspiro leve, satisfeita.

Assim que se viu sozinha novamente, Celeste fechou os olhos e começou a respirar profundamente, entrando em um estado meditativo. Ela sabia que Marcel poderia tentar de novo, com métodos ainda mais brutais e dolorosos. Mas, ali, no silêncio da cela, ela conseguia reunir a força que precisava, mantendo seu espírito calmo e centrado. Mesmo presa, mesmo em um espaço sufocante e isolado, Celeste usava sua mente e seu poder para permanecer firme, esperando o momento certo para agir - e, enquanto isso, revendo mentalmente as possibilidades de escapar.

Determinada e serena, ela aguardava.