Capítulo 16

167 32 95
                                    

We should just kiss like real people do.
— Like Real People Do, Hozier.

A semana seguiu se arrastando, tudo parecia maçante e lento, nada realmente acontecia mas muito coisa era feita para que algo acontecesse

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A semana seguiu se arrastando, tudo parecia maçante e lento, nada realmente acontecia mas muito coisa era feita para que algo acontecesse.

As coisas estavam normais entre eles. Quer dizer, eles não tinham mais certeza do que era normal para eles, mas tudo caminhava... normalmente. Tinham combinado de assistir o filme hoje, já que a apresentação seria na próxima sexta. Se aproximava cada vez mais e Harry estava em cólicas, sentia como se fosse morrer caso não chegasse logo.

Na sexta-feira, as aulas acabam mais cedo, os alunos saíam mais cedo, Cambridge ficava calma mais cedo. Harry gostava daquela parte, mais do que gostava do final de semana em si. Era legal ver a noite cair, ver o silêncio e a paz se instalar, somado ao alívio que só chegava na sexta. Mas aí vinha o sábado, e ele sentia uma enorme dor no peito e uma imensa vontade de falar com alguém, e não parecia mais tão legal assim.

Louis, por outro lado, estava animado por finalmente poder encontrar Harry. Embora se vissem o dia inteiro em muitos momentos, mal conversaram, a semana foi atarefada, provas se aproximavam e as matérias eram intermináveis. Hoje seria um bom fim de tarde, assistiria o filme com Harry e então iria para casa e se encheria de doces com suas irmãs se tudo desse certo (por favor, que tudo dê certo).

— Está pronto para assistir o filme? — Louis ergueu uma sobrancelha quando entrou no quarto, tirando seu casaco estofado e o jogando na cadeira de sua escrivaninha.

— Você tá falando tanto disso que eu já criei muita expectativa e se eu me decepcionar a culpa vai ser sua. — Harry falou, parado no centro do quarto, segurando o computador nos braços enquanto mexia nele com o cenho franzido. Mas os olhos de Louis desceram até os pés descalços de Styles, que ele comprimia contra o chão devido a temperatura gelada.

— Não joga a culpa em mim, não! — Louis falou, escalando a escada da beliche e sentando-se na sua cama. — Você vai gostar, eu sei que vai.

Harry ergueu a cabeça para ele, o cenho franzido. — Vamos assistir na sua cama?

— Por que? Tem algo contra a minha cama? — Louis o olhou com a mesma expressão.

— Não, é só que... — Harry começou, tímido. — Eu achei que fôssemos assistir aqui embaixo.

— Não... É desconfortável.

— Então, vai pra minha cama.

Louis pulou da sua cama com um baque oco no chão. — E se eu não quiser ir para a sua cama?

— Então o problema é seu. — Harry disse, seco, mas seus olhos estavam presos na tela do computador, o rosto franzido em confusão.

Louis se encostou na escada, as mãos atrás do corpo, os olhos presos no garoto na sua frente. Os cachos estavam soltos, brilhando e definidos, vestia um moletom cinza escuro e uma calça de tecido leve e verde escuro. Louis se perguntava se ele não estava com frio só com aquela roupa, mas talvez ele fosse contra a ideia de Harry colocar mais roupa.

BETTER OFF RIVALS - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora