Tomlinson e Styles são rivais desde que se conheceram. Competem por tudo, literalmente tudo, mesmo quando não há um prêmio para se ganhar, competir por competir é o combustível ideal.
O propósito? Talvez fossem muito parecidos, tanto que possuíam u...
my hand's at risk, i fold — Fine Line, Harry Styles.
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No sábado, Harry acordou de um sono profundo e muito reparador. Tinha colocado o despertador às oito, um pouco mais tarde do que acordava durante a semana, mas acordou antes mesmo dele tocar, se sentindo perfeitamente disposto. Até notar que estava sozinho, tanto no quarto quanto na cama. Se lembrava bem de ter caído no sono com Louis deitado do seu lado, lembrava de ter pensado que Louis dormiria ali mesmo, até mesmo se perguntou se Louis conseguiria dormir naquela noite. Mas acordava sozinho em seu colchão, deitado para o lado dos pés, um edredom verde claro o mantendo aquecido e preguiçoso.
A luz fraca da manhã adentrava o quarto através das cortinas fechadas, mas a iluminação era menor do que o comum. À medida que Harry recobrou seus sentidos, notou que chovia lá fora, pingos pesados batendo contra a janela, mas não haviam nem trovões nem raios. O quarto estava parcialmente escuro, e, ao se descobrir e lembrar que estava nu, Harry pôde sentir a atmosfera fria que pesava no ar.
Se lembrava de ter dito a Louis que ele não deveria dormir consigo, mas, aparentemente, não era exatamente o que ele queria, pois, mais uma vez, se encontrava sozinho em lençóis marcados por duas pessoas, e, mais uma vez, odiava a sensação. O colchão e o cheiro na cama o delatava, dizia a todos e esfregava na cara de Harry que, mais uma vez, estava sozinho. Era a prova de que Harry servia, de que era bom e etc, mas que não tinha a capacidade de fazer alguém ficar.
Mas... Louis. Importava muito menos porque era Louis. Nem deveriam estar transando, do que dirá dormindo juntos. Mas Harry estava chateado. Não deveria... merda. Porque... pensou que seria... Por que pensou que seria... diferente?
Harry desceu de sua cama, focado em tirar aquilo da cabeça, catou suas roupas do chão, se vestiu e saiu do quarto, em direção ao banheiro. Não fazia ideia de onde Louis tinha ido, mas acreditava que ia encontrá-lo daqui a pouco.
Tudo isso sumiu de sua mente quando seu coração quase parou ao ver as marcas nas suas pernas, principalmente na sua bunda, e, no segundo seguinte, algum tipo de satisfação, orgulho, surgiu no peito por se lembrar da noite passada. Realmente ficava louco quando a cabeça de Louis estava entre as suas pernas, e tinha a leve impressão de que Louis gostava quase tanto quanto ele.
Harry se perguntava como olharia para Louis depois de ter feito um meia nove com ele na noite passada. A resposta era simples: olhando. Mas essa seria a resposta simples para uma pergunta simples. O problema era que nenhuma das perguntas sobre Louis eram simples, todas possuíam muitas camadas e problemáticas e complicações e poréns. Por que? Era o que Harry queria saber.
Parecia estar perdido em algum momento entre quando Louis e Harry eram rivais e quando Louis e Harry se tornaram... aquilo. Obviamente, era só sexo. Obviamente, era só uma forma de relaxar durante a semana. Obviamente, era só uma distração. . . . Certo? Eles nunca disseram com todas as letras que se tratava de sexo e sexo e sexo, mas estava implícito, não estava? Afinal, o que eles seriam se não apenas aquilo?
