Capítulo 19

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— Onde ele está? — Niall perguntou, irado

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— Onde ele está? — Niall perguntou, irado.

Harry encarava a cortina bordô, tão escura que talvez fosse preta, mas ele não prestava atenção na cor. Onde ele está? Harry também queria saber. Onde você está?, tinha mandado na mensagem de texto. Sem resposta. Há minutos ou há anos atrás Louis disse que ia buscar água para eles dois enquanto esperavam aquela apresentação acabar. Louis não voltou. Era a sua vez de apresentar.

— Em 5 minutos, Harry. — Bradford veio avisá-lo.

— Louis não está aqui. — falou, mas não conseguia escutar a própria voz.

— Onde ele está?

— Eu não sei...

— Bom, se ele não chegar, você faz sozinho. Não vou te prejudicar por conta dele.

Harry já tinha mandado trocentas mensagens, não mandaria mais. Tinha o enchido de ligações, não ligaria mais.

— Ele não atende. — Liam disse, andando de um lado para outro sobre as tábuas de madeira da parte de trás do auditório, o telefone colado ao rosto.

Não conseguia acreditar. Estava completamente incrédulo... anestesiado. Louis tinha o deixado... Não. Não. Ele apareceria. Tinha que aparecer. Por favor, apareça. Ele estava ali há minutos atrás, onde está agora???

— Eu não o achei em lugar nenhum. — Zayn apareceu, meio afobado, os olhos parecendo assustados. — Tem certeza que ele só foi buscar uma água?

Harry não respondeu. Suas mãos suavam, seu peito subia e descia muito rápido, estava tonto, abafado. Se sentia assim nas festas de seus pais, quando não conseguia encontrá-los em nenhum lugar da sua própria casa e estava rodeado de estranhos, completos estranhos, e sentia-se desesperado por sentir que a vida lhe escapava os dedos e não conseguia um simples momento com sua família. Eram situações diferentes, mas igualmente deteriorantes. Se sentia completamente imponente, fora do controle — traído.

— Eu não acredito que ele fez isso... — Niall parecia possesso.

Harry ergueu os olhos para o amigo, igualmente descrente. Olhou para as portas duplas por onde Zayn tinha acabado de passar, desejando ver Louis empurrando uma delas agora, voltando e dizendo que tinha pregado uma peça em Harry para testar sua paciência. Mas ele não apareceu, e Harry imaginava coisas e fantasiava outras assim como fez quando pensou que Louis nunca faria aquilo com ele, quando realmente pensou que Louis nunca o trairia daquela forma, quando confiou nele.

— Harry, está na hora. — Bradford chamou, e Harry piscou, assentindo, as mãos trêmulas ao lado do corpo.

Ele subiu no pequeno patamar que mais pareceu um enorme palco em uma enorme arena com milhares de pessoas ao seu redor, e respirou fundo, escutando o silêncio que o cercava, sentindo todos os olhos presos nele, e tendo completa noção de que Louis não estava lá.

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