Capítulo 30

172 35 85
                                    

Na quinta de manhã, Harry fez o que pôde para enrolar o fiscal e fazê-lo começar a prova minutos mais tarde, para que desse tempo de Louis chegar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Na quinta de manhã, Harry fez o que pôde para enrolar o fiscal e fazê-lo começar a prova minutos mais tarde, para que desse tempo de Louis chegar. No final, não surtiu muito efeito, e Harry passou os dez primeiros minutos da prova sem conseguir se concentrar. Até que Louis chegou, de cabeça baixa e moletom, e Harry finalmente pôde realizar sua prova.

De uma forma geral, achava que tinha ido bem. Tanto na primeira, quanto na segunda prova da quinta-feira. Já na sexta, Harry se sentia aflito. Não tinha conseguido conversar com Louis por mais de dois minutos, porque Cambridge estava uma correria, se você não estivesse fazendo prova ou indo fazer prova, você estava pensando em prova ou nos Congressos. Eles se encontravam nas aulas e nos corredores, Louis fazia questão de chamar Harry para o refeitório, mas lá estavam juntos com os seus amigos, e não dava pra puxar nenhum assunto porque não deveriam ter assuntos em comum.

Mas sexta à noite finalmente chegou, e Harry estava de pijama, uma calça moletom surrada e larga, uma blusa de manga comprida e um suéter marrom por cima, meias até a panturrilha e uma pantufa que comprou na Alemanha uma vez, o cabelo preso, parado na frente da máquina de venda automática que tinha no corredor, tentando descobrir como ela funcionava.

Odiava aquelas coisas, as instruções impressas na lateral eram mais confusas que a ausência de instruções, e Harry não entendia a enumeração dos produtos... Não possuía nenhuma ordem, e, quando finalmente conseguia criar uma linha de raciocínio, sempre emperrava.  Já era onze e pouca da noite, a universidade estava praticamente vazia, então Harry meio que já sabia que a silhueta que aparecia em seu campo de visão, arrastando o chinelo no chão audivelmente, era Louis.

E Harry nem se tocou quando bufou alto, com drama, dando um tapa na máquina porque o seu Twix tinha ficado preso — apenas porque sabia que Louis ia escutar.

— Doce a essa hora, gatinho? — Louis perguntou ao se aproximar.

— Não pretendo dormir cedo hoje. — Foi a resposta de Harry, que olhava fixamente para a barra de Twix presa na prateleira, do lado de dentro da porra da máquina.

— Você quer uma ajudinha? — Louis perguntou quando Harry bufou para a máquina mais uma vez, e apoiou o braço na lateral dela, parando ao lado dele.

Harry ia choramingar que sim, mas seu olhar foi atraído para o pulso de Louis, exatamente o pulso que o seu elástico de cabelo deveria estar. Não estava ali. Harry desceu os olhos para o outro pulso de Louis: também não estava lá. Seu cenho se franziu fortemente, e ele se esqueceu do Twix.

— Onde está a minha xuxinha? — perguntou, a voz desafinando conforme franzia mais o cenho, agarrando o braço de Louis com as duas mãos para erguer seu pulso.

Louis demorou uns segundos para entender. — Achei que você não tinha reparado que eu usava ela...

— É claro que eu reparei. — Harry falou, parecendo irritadiço. — Cadê ela?

BETTER OFF RIVALS - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora