Capítulo IX

2 0 0
                                    

Pov's Allan Christopher.

Lá estava eu de novo, na sala da minha mãe. Novidade.

Não que eu seja um péssimo estudante, eu só gosto de ir lá descansar, até ela me ver e me expulsar de lá.

É péssimo termos ido parar lá, ela com certeza vai perguntar da biblioteca.

Ela chegou na sala, toda imponente. Um mulher de quarenta e poucos anos, não muito magra, mas muito esbelta. Seus cabelos no ombro sempre em perfeito estado, suas bochechas eram rechonchudas e rosadas, é, essa é a minha mãe.

- Posso saber porque estão aqui? - Ela pega um xícara de café e se senta na nossa frente. — Aliás, vieram cedo. Iria chamar todos mais tarde para discutirmos um absurdo que aconteceu mais cedo.

Alma empalideceu. Toda a sua cor sumiu e em questão de segundos ela desmontou. Estava branca como a parede.

A sala dela é branca, armários de madeira e detalhes prateados com livros, fotos e flores.
O piso era madeira, tinha um sofá onde eu mato o tempo, uma mesa, duas cadeiras e uma cadeira onde ela está. Típico de uma sala de diretora.

— O ocorrido mais cedo foi um catástrofe. Vocês, principalmente você, Alma, deveria se comportar melhor que a Agnes, a presidente do grêmio, que também está na minha lista negra agora. Agora vamos, contem.

- Quer começar, senhor Christopher? - Alma diz com sarcasmo e medo, muito medo.

Enfim, Alma Adams.
Sempre ela.
Tão hostil.
Tão indelicada.
Tão sarcástica.
É encantador observá-la.

Não! Não é encantador observá-la!
Nunca.

- Vamos, Allan, conte para a sua mãe o que você fez. - Alma provocava inquieta. Ela balançava a perna freneticamente por baixo da mesa.

- O que eu fiz? - Perguntei indignado. - Sério, Alma, é o melhor que pode fazer? - Olhei para ela furioso e capturado por aqueles olhos castanhos...

- Chega! - A diretora gritou sem paciência - Não quero brigas aqui, eu já estou estressada por outros motivos, não me queiram me ver perder a paciência.

Não mesmo.

- O que aconteceu, mãe... - Eu me corrijo ao lembrar que chamá-la de mãe na academia era o pior pecado para ela. - Diretora, é que a Alma não sabe se controlar. Fica nervosa por qualquer coisa!

- Eu fico? Sério? - Alma me olha com raiva.
S

eu olhar tinha súplica, ela estava implorando...

A porta se abre fazendo um estrondo.
Uma figura conhecida e respeitada até pela própria diretora entra na sala.

- Senhor Foster...- Élida, minha mãe, ajeita o cabelo e a roupa para cumprimentar. - Liberados, por sorte o Senhor Foster chegou de surpresa. Não saiam de perto do outro.

O que o pai do Peter fazia aqui nessa época? Principalmente ele... Ele quase nunca vê o próprio Peter.

Saí da sala com Alma ao meu lado.

Eu andava devagar e ela chutava o nada.
Ela estava calma, mais calma que o normal, ou talvez estivesse pensando.

Querendo ou não, eu conheço ela muito bem.

Starlight AcademyOnde histórias criam vida. Descubra agora