Capítulo VIII

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Pov's Narradora

A equipe 225 estava toda escondida em um lugar estranho perto da quadra de futebol da academia.

— Onde eu me meti...— Peter reclamou com os dedos massageando as têmporas.

Dunna jogou um pingo de luz no teto que iluminou todo o local.

— Eu vou perder meu cargo...— Agnes colocou as mãos na cabeça desesperada.

Todos estavam apreensivos, caso Élida os pegassem matando aula, seria o fim da equipe 225.

— Olha, — Alma começou a falar — tá todo mundo fodido mesmo, eu provavelmente vou ser expulsa por ter feito mais uma coisa que a maluca da mãe do Allan considera inadmissível, então eu vou falar. — Alguns olharam para ela, dentre eles Allan, Sinyun, Susan e Aiden. — Eu não suporto vocês, eu aturo a Dunna porque eu cresci com ela. O resto, que se foda.

Todos olharam para ela com expressões indignadas.

— Sério? Você não vai nem tentar ajudar? — Aiden suspira irritado.

Alma dá de ombros.

Susan começa a observar o local, era grande de fato, fedia a mofo e barata, mas para que servia aquele espaço?

De repente Dunna começou a tossir muito.

— Dunna...— Disseram em uníssono Sinyun e Alma.

— O que foi? — Sinyun pergunta a ela. Dunna se senta no chão e a luz se apaga. 

— Ah, merda. — Reclama Allan.

Dunna então parou de tossir e disse fraca:

— Eu não consigo usar muito minha luz, a explosão gastou muito minha energia. Foi mal gente. — Dunna disse com a voz carregada de preocupação.

— Tá tudo bem, não precisa se preocupar. — Alma passa a mão na cabeça dela e Sinyun se mantém por perto.

O clima dentro do estranho esconderijo ficou ainda mais tenso. O silêncio era cortado apenas pela respiração pesada de Dunna, ainda tentando se recuperar da explosão de luz que os ajudou a escapar da diretora Élida. O local estava agora completamente escuro, e sem a luz de Dunna, a sensação de vulnerabilidade só aumentava.

— Ótimo... agora estamos no escuro e presos. — Allan resmungou, cruzando os braços e encostando-se a uma parede úmida. — Será que isso pode ficar pior?

— Sempre pode. — Alma respondeu, num tom amargo, sem se incomodar em esconder sua frustração.

Aiden, tentando manter a calma, olhou em volta, como se estivesse tentando encontrar uma solução. Ele sabia que não adiantaria se desesperar, especialmente com Élida à espreita.

— Certo, precisamos ser racionais aqui. — Aiden começou, tentando assumir o controle da situação. — Dunna está fraca, não temos luz e, se formos pegos, estamos todos ferrados. Alguém tem alguma ideia de como sair daqui sem sermos vistos?

— Eu sugiro que a gente fique quieto por um tempo. — Sinyun falou, a voz baixa e controlada. — Élida deve estar procurando por nós agora, então é melhor não fazermos barulho.

Agnes, ainda em pânico, estava agachada no chão, suas mãos tremendo. Ela não conseguia parar de pensar em seu cargo de liderança, e o fato de que tudo poderia acabar por causa daquela situação desesperadora. Peter, que até então estava em silêncio, observava os outros, mas claramente tinha suas próprias preocupações.

— Vamos morrer aqui? — Susan perguntou, a voz trêmula e com um olhar perdido no escuro.

— Não vamos morrer. — Allan respondeu, mais sério dessa vez. — Mas precisamos agir logo antes que a diretora nos encontre. Não podemos ficar parados esperando que tudo se resolva.

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