Capítulo XVIII

3 0 0
                                    

— Ei! Eu preciso que vocês acordem!

Sinyun balançou o pé de Aiden, que acordou Agnes que caiu em cima da Dunna, que consequentemente bateu o pé em Peter do outro lado do Puff.

E assim, a maioria acordou como um dominó. Depois cada um acordou apressado pra entender o porquê do barulho.

Só que acordaram todos. Inclusive Alma.

— O Allan matou alguém. — Sinyun falou sério enquanto todos se recompunham. Aiden arregalou os olhos e sibilou "o que?!" E foi quando todos finalmente entenderam o que Sinyun falou.

— Todos nós precisamos ir até o dormitório, é bom levar aqueles documentos que Aiden e Susan pegaram. — Sinyun falou como se todos já estivessem em sã consciência.

E em cinco minutos todos estavam indo em direção ao dormitório.

Passaram pelo guarda, mas ele estava acordado dessa vez.

— Ei! Onde estão indo? — Ele falou com todos.

Peter sem paciência, olhou pra ele e seus olhos brilharam em um tom vermelho sangue sinistro.
Os olhos do guarda ficaram esbranquiçados.

— Você não viu nada. — O guarda nem se mexia.

Peter piscou e o guarda virou-se normalmente e saiu andando.

Eles foram diretamente para o dormitório.
Quando chegaram, Sinyun fez o sinal que Allan pediu.

Forte, forte. Fraco, fraco.

A porta destrancou e o que viram foi um Allan desesperado.

— Allan...— Agnes entrou no quarto primeiro vendo a garota no chão. — O que aconteceu?

Susan foi a próxima.

— Cassandra... — Ela se abaixou e checou o pulso dela. — Você...

Os olhares foram todos pra Allan, incredulidade.

— Não me olhem assim! — Allan falou entredentes com raiva. Ele ofegava. Todos entraram no dormitório 010 e trancaram a porta.

— Caralho...— Peter sussurrou. Allan sentou na cama com um lençol bordado de vermelho "Cassandra" — Como isso aconteceu?

— Eu...— A mão de Allan tremia muito, parecia faltar ar. Ele se sentou na cama balançando a perna. — Nós discutimos....— Ele mal co seguia falar.

— Crise...— Susan olhou para Sinyun. Ela foi até ele. — É pânico, ou ansiedade. Ele precisa de um cubo de gelo.

Alma olhou para ele, entendendo exatamente como se sentia. Ela virou de costas e encarou Dunna. Dunna envolveu-a com um abraço. O peito de Alma subia e descia, por que era tão sufocante vê-lo daquela maneira?
Alma apertou o mais forte que conseguia sua própria mão, ferindo-a com as unhas, fazendo a sensação ir embora aos poucos, temporariamente.

— Como vamos arranjar um cubo de gelo? — Sinyun sussurrou.

— Eu acho que consigo. — Rapidamente uma gota de água se formou em seus mão e com a ajuda do ar frio de fora, ela conseguiu.

Ela entregou o para Allan.

— Aperta. — Sem hesitar, ele apertou o cubo com a mão que não estava machucada.

A sensação de suas costelas estarem apertando seu coração, a sensação ruim, a falta de ar, a vontade de gritar, de sumir foram sumindo lentamente.

— Consegue nos contar agora? — Agnes perguntou docemente se sentando ao lado do garoto.

— As gêmeas... Elas matou as gêmeas...  — Ele não conseguia olhar para o corpo inerte no chão.

Starlight AcademyOnde histórias criam vida. Descubra agora