Capítulo 13 - Um Nova Chance

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Os meses haviam passado, e a vida de Marinette estava finalmente se estabilizando. Depois de muito esforço, ela conseguiu um bom emprego na sua área de design, ( ela descobriu a pouco que gostava mais de design do que relações públicas e decidiu seguir nessa área). Alugar um apartamento no centro da cidade foi uma das suas grandes conquistas recentes. Agora, ela podia caminhar para o trabalho e tinha um lugar que chamava de seu. No entanto, havia algo faltando.

Embora estivesse ocupada com o trabalho e sua nova vida independente, Marinette não conseguia afastar a sensação de vazio que vinha com a distância entre ela e Adrien. Várias vezes, seus dedos pairavam sobre o teclado do celular, querendo enviar uma mensagem para ele, mas ela sempre desistia no último momento. Ela se convencia de que era melhor assim, que ele precisava do seu espaço e ela também.

Enquanto isso, Adrien também sentia a ausência de Marinette. Mesmo estando concentrado em sua carreira, os sentimentos que tinha por ela ainda permaneciam fortes. Ele pensava nela com frequência, se perguntando como ela estava e o que sentia agora. No entanto, decidiu respeitar a escolha de Marinette e manter a distância que ela parecia querer. Seus pais notaram o comportamento distante, especialmente sua mãe, Emilie, que era particularmente observadora.

— Por que você e a Marinette se distanciaram tanto? — perguntou Emilie uma tarde, enquanto tomavam chá na sala de estar. — Vocês sempre foram tão próximos. Algo aconteceu?

Adrien hesitou por um momento. Não queria falar sobre a verdadeira razão do afastamento, então usou o trabalho como desculpa.

— Eu estive muito ocupado com a empresa, mãe. Não tenho tido muito tempo para ver ninguém.

Mas Emilie, perspicaz como sempre, não acreditou na resposta. No entanto, decidiu não pressionar o filho naquele momento. Em vez disso, sorriu suavemente e comentou:

— Sabine e eu estamos planejando uma festa surpresa para o aniversário da Marinette. Acho que você deveria ir. Será uma boa oportunidade para reencontrá-la e matar as saudades.

Adrien assentiu, mas não disse nada. Uma parte dele queria muito vê-la, mas outra parte temia como seria o reencontro. Mesmo assim, ele sabia que não podia deixar de ir. Marinette significava muito para ele, mesmo com tudo o que havia acontecido.

[...]

No dia do aniversário de Marinette, sua mãe, Sabine, entrou em ação com o plano. Ligou para a filha com uma desculpa convincente.

— Marinette, você precisa vir aqui para casa. Seu pai não está se sentindo bem — disse Sabine, tentando soar preocupada, enquanto olhava para Tom, que estava perfeitamente bem e ajeitava as últimas decorações.

— Meu pai? O que aconteceu? — perguntou Marinette, apreensiva.

— Não é nada grave, mas seria bom se você pudesse passar aqui rapidamente — continuou Sabine.

Sem pensar muito, Marinette deixou tudo o que estava fazendo e foi correndo para a casa dos pais. Quando chegou lá, encontrou não apenas seus pais, mas também Emilie, Gabriel e Ayla, todos com um grande bolo e decorações espalhadas pela sala.

— Surpresa! — gritaram todos, enquanto ela entrava pela porta.

Marinette ficou boquiaberta. Não esperava que sua família e amigos tivessem planejado algo assim. Um grande sorriso iluminou seu rosto, e ela correu para abraçar todos.

— Vocês se lembraram! — disse ela, emocionada.

Eles passaram a tarde juntos, rindo, comendo bolo e relembrando momentos felizes. No entanto, Marinette não podia deixar de notar que Adrien não estava presente. A cada olhar furtivo para a porta, ela esperava vê-lo entrar, mas ele não aparecia. Ela sabia que talvez ele estivesse ocupado, mas uma parte dela desejava muito que ele estivesse ali.

Quando a festa estava quase terminando, a porta se abriu, e Adrien finalmente apareceu. Ele estava um pouco ofegante, claramente apressado.

— Desculpem o atraso — disse ele, com um sorriso tímido. — Tive um contratempo no trabalho.

Marinette sentiu uma onda de alívio e alegria ao vê-lo. Seu coração acelerou um pouco, mas ela se conteve.

— Estou feliz que você veio — disse ela, sorrindo.

— Não perderia seu aniversário por nada — respondeu Adrien.

Depois que todos começaram a se dispersar, Adrien se aproximou de Marinette e sugeriu que eles saíssem para uma caminhada. Ela aceitou sem hesitar, e os dois saíram juntos, caminhando pelas ruas de Paris até chegarem à Torre Eiffel. Era o lugar favorito deles, onde muitas memórias estavam guardadas.

Enquanto caminhavam, conversaram sobre coisas triviais, mas ambos sabiam que havia mais por trás daquela caminhada. Quando chegaram ao ponto mais alto de onde podiam ver a cidade iluminada à noite, Adrien parou e olhou para Marinette com um sorriso suave.

— Eu trouxe algo para você — disse ele, tirando uma pequena caixinha do bolso.

Marinette olhou para ele, curiosa. Ele abriu a caixinha, revelando um par de brincos de joaninha dourada.

— Feliz aniversário, Marinette — disse ele, com um olhar caloroso.

Marinette sentiu seu coração disparar. Os brincos eram lindos, mas o gesto de Adrien era ainda mais significativo. Ela pegou os brincos com cuidado, os dedos tremendo um pouco.

— São lindos, Adrien. Obrigada — disse ela, emocionada.

Por um momento, eles ficaram em silêncio, trocando olhares. Marinette podia sentir algo no ar, algo que há muito tempo estava suprimido. Ela sabia que não podia mais fugir de seus sentimentos. Estava na hora de ser honesta com ele e consigo mesma.

— Adrien, eu... — começou ela, sentindo o nervosismo tomar conta.

Ele a observou atentamente, esperando suas palavras.

— Eu não fui completamente honesta com você. Quando disse que o que sentia era só amizade... eu estava mentindo. Na verdade, sempre senti algo mais por você, mas tinha medo de estragar tudo.

Adrien ficou em silêncio, surpreso, mas seus olhos brilharam com esperança.

— Eu não quero mais esconder o que sinto — continuou Marinette. — Eu... eu te amo, Adrien.

E, antes que ele pudesse responder, Marinette se aproximou e o beijou. Foi um beijo suave, mas cheio de emoções reprimidas. Adrien, atônito no início, rapidamente retribuiu, puxando-a para mais perto.

Quando se afastaram, ambos sorriram, as bochechas coradas, mas aliviados.

— Eu te amo também, Marinette — disse Adrien, finalmente, com um sorriso de orelha a orelha.

Era como se, finalmente, todas as peças tivessem se encaixado.

O amor mora ao lado Onde histórias criam vida. Descubra agora