5° Capítulo

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H A I L E Y  C O P E L A N D

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H A I L E Y  C O P E L A N D

Corri os olhos pelo lugar, me sentindo totalmente deslocada. Preciso parecer mais confiante para que David perceba que é uma boa ideia me trazer junto com ele. Encontrei uma banqueta bem em frente ao balcão e me sentei, observando o ambiente ao meu redor. Encontrei dois homens na casa dos sessenta anos, os ternos e relógios caros chamaram minha atenção.

Quando o garçom se aproximou, levantei os olhos e senti um arrepio percorrer minha espinha. Ele tinha um sorriso cativante e olhos que pareciam penetrar minha alma.

— Boa noite, o que você gostaria de beber? —  perguntou ele, e eu tive que me esforçar para lembrar o que queria.

— Boa noite — murmurei, com uma voz doce e delicada. Ainda inebriada com sua beleza. — Poderia me recomendar um drink? — perguntei, esboçando um sorriso de lado.

— Claro, senhorita — ele falou, me entregando seu melhor sorriso. Este homem só pode ser esculpido pelos deuses. Ele é um charme.  — Que tipo de drink você prefere?

— Algo surpreendente. Confio no seu bom gosto. — Passei a língua nos lábios, atraindo seu olhar que parecia queimar em mim.

A porta do bar se abriu novamente e David caminhou até nós, isso não fazia parte do plano.

— Mudança de planos, querida — David sussurrou em meu ouvido. E logo cumprimentou o garçom, anunciando que estava com saudades.

Eles ficaram alguns minutos conversando, e parecem que são melhores amigos desde que ambos tinham cinco anos de idade.

Nós viemos aqui apenas para nos divertir enquanto roubávamos bêbados milionários. Eu ia seduzir os velhos e pegar tudo de valor à vista, David ia passar as mãos leves em alguns colares, relógios e brincos caros. E de brinde, algumas carteiras também.

Era apenas uma noite de diversão e roubo. Mas David encontrou seu velho amigo de infância e desde então, não param de falar nem por um segundo.

Estou ignorando o olhar de Hector, a conexão que senti assim que me sentei aqui, agora faz com que eu me sinta culpada. Não dei em cima dele, não tão descaradamente. E mesmo que tivesse flertado com ele, não tinha como eu saber que David e ele são amigos de longas datas.

David começou a falar sobre os velhos tempos, o que parecia deixar o amigo desconfortável, mas ele mal podia prestar atenção. Hector uma hora e outra olha para mim, pergunta o que eu quero beber e finge prestar atenção no que o amigo diz. Há uma tensão palpável entre nós, o que David teria percebido se não estivesse falando de assaltos e carros esportivos. Quando o homem de cabelos claros  se afastou para buscar as bebidas, não pude deixar de segui-lo com os olhos, sentindo um misto de ansiedade e expectativa.

Quando Hector voltou ao balcão, senti meu coração acelerar. Ele colocou o drink na minha frente, e nossos dedos se roçaram por um breve momento. A corrente elétrica que passou entre nós me fez arrepiar por alguns segundos. Mordi levemente o lábio inferior, tentando manter a postura.

David chamou atenção para si, mostrando em seu celular alguma coisa relacionada ao seu novo carro. Que por sinal, sou eu quem dirijo já que ele não é bom em dar fuga da polícia.

— Cara, eu só vim aqui hoje pra me divertir e levar algumas jóias para casa — meu namorado falou, bebendo um Whisky amargo que o amigo colocou em sua frente. — Realmente não esperava te encontrar aqui. Nós podemos fazer algum trabalho juntos…

— David, você sabe que eu não faço mais isso — interrompeu o barman, parecendo não gostar do rumo da conversa. — Você me ajudou a sair dessa vida, e eu não quero entrar nela nem fodendo. — Deu uma risada, tentando amenizar o clima tenso que ficou.

— Bom, você não sabe o que está perdendo — murmurou o homem ao meu lado. Tomando sua bebida em um gole enquanto fingia indiferença.

David falou com a língua enrolada, anunciando que estava indo até o banheiro, apenas balancei a cabeça em afirmação. Em poucos segundos, estava longe do meu campo de visão.

— Não faça isso — Hector sussurrou, olhando para a bebida em minhas mãos.

— Eu não estou bêbada — afirmei, revirando os olhos. — Quem você pensa que é? Mesmo se eu estivesse bêbada, você não tem direito de me dizer o que eu posso ou não fazer.

Ele sorriu de lado, servindo uma bebida para o homem que acabara de se aproximar.

— Estou falando de David. Não caia na lábia dele, não faça parte do jogo. Você não vai querer estar lá quando a casa cair, vai por mim.

Sinto minhas bochechas queimarem. A vergonha que estou sentindo é palpável agora. Fui tão arrogante, e ele nem estava falando da merda da bebida.

— Bom, acho que já sou grandinha. Sei exatamente o que estou fazendo, David e eu somos bons nisso — falei qualquer coisa, apenas para não levar o assunto adiante.

— Docinho, eu também era muito bom nisso. Mas algumas coisas estão fora do nosso alcance. Se continuar nessa vida, ou acabará presa, ou morta. — o rapaz se afastou assim que meu namorado dobrou o corredor. Vindo em nossa direção.

David e Hector ficaram mais algumas horas conversando, enquanto eu observava os dois com atenção.

Observo o homem do outro lado do balcão, No braço esquerdo, ele exibe uma tatuagem. Uma caveira de expressão sombria é o centro, com uma pistola detalhada atravessando-a de lado. Em volta, maços de dólares são envoltos por correntes, e ao redor dos ossos da caveira, pequenos relógios de bolso marcam o tempo, todos interligados em um design complexo que passa uma sensação de perigo e mistério.

Seu cabelo é de um tom castanho claro, quase loiro, caindo de forma natura, e seus olhos são de um azul profundo, que contrastam com a seriedade de sua expressão.

Hector é um homem com músculos bem definidos, que se destacam sob a camisa social branca. Sua camisa está remangada até os cotovelos e exibe  uma logo discreta do bar estampada no lado esquerdo do peito.

Ele me olha discretamente e sorri ladino. Sinto novamente minhas bochechas queimarem de vergonha. Quero ir embora daqui logo e nunca mais ver este homem na minha frente.

Hector é todo protetor por natureza, amooooo❤️🔥

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Hector é todo protetor por natureza, amooooo❤️🔥

ROUBO FATALOnde histórias criam vida. Descubra agora