S I N O P S E
Hailey sempre viveu como uma princesa, com o mundo aos seus pés, até que a morte de seu pai transforma sua vida em um caos. A riqueza e o luxo desaparecem tão rápido quanto ele. Deixando Hailey perdida e sem rumo. Vulnerável, ela encon...
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H A I L E Y C O P E L A N D
Corri os olhos pelo lugar, me sentindo totalmente deslocada. Preciso parecer mais confiante para que David perceba que é uma boa ideia me trazer junto com ele. Encontrei uma banqueta bem em frente ao balcão e me sentei, observando o ambiente ao meu redor. Encontrei dois homens na casa dos sessenta anos, os ternos e relógios caros chamaram minha atenção.
Quando o garçom se aproximou, levantei os olhos e senti um arrepio percorrer minha espinha. Ele tinha um sorriso cativante e olhos que pareciam penetrar minha alma.
— Boa noite, o que você gostaria de beber? — perguntou ele, e eu tive que me esforçar para lembrar o que queria.
— Boa noite — murmurei, com uma voz doce e delicada. Ainda inebriada com sua beleza. — Poderia me recomendar um drink? — perguntei, esboçando um sorriso de lado.
— Claro, senhorita — ele falou, me entregando seu melhor sorriso. Este homem só pode ser esculpido pelos deuses. Ele é um charme. — Que tipo de drink você prefere?
— Algo surpreendente. Confio no seu bom gosto. — Passei a língua nos lábios, atraindo seu olhar que parecia queimar em mim.
A porta do bar se abriu novamente e David caminhou até nós, isso não fazia parte do plano.
— Mudança de planos, querida — David sussurrou em meu ouvido. E logo cumprimentou o garçom, anunciando que estava com saudades.
Eles ficaram alguns minutos conversando, e parecem que são melhores amigos desde que ambos tinham cinco anos de idade.
Nós viemos aqui apenas para nos divertir enquanto roubávamos bêbados milionários. Eu ia seduzir os velhos e pegar tudo de valor à vista, David ia passar as mãos leves em alguns colares, relógios e brincos caros. E de brinde, algumas carteiras também.
Era apenas uma noite de diversão e roubo. Mas David encontrou seu velho amigo de infância e desde então, não param de falar nem por um segundo.
Estou ignorando o olhar de Hector, a conexão que senti assim que me sentei aqui, agora faz com que eu me sinta culpada. Não dei em cima dele, não tão descaradamente. E mesmo que tivesse flertado com ele, não tinha como eu saber que David e ele são amigos de longas datas.
David começou a falar sobre os velhos tempos, o que parecia deixar o amigo desconfortável, mas ele mal podia prestar atenção. Hector uma hora e outra olha para mim, pergunta o que eu quero beber e finge prestar atenção no que o amigo diz. Há uma tensão palpável entre nós, o que David teria percebido se não estivesse falando de assaltos e carros esportivos. Quando o homem de cabelos claros se afastou para buscar as bebidas, não pude deixar de segui-lo com os olhos, sentindo um misto de ansiedade e expectativa.
Quando Hector voltou ao balcão, senti meu coração acelerar. Ele colocou o drink na minha frente, e nossos dedos se roçaram por um breve momento. A corrente elétrica que passou entre nós me fez arrepiar por alguns segundos. Mordi levemente o lábio inferior, tentando manter a postura.
David chamou atenção para si, mostrando em seu celular alguma coisa relacionada ao seu novo carro. Que por sinal, sou eu quem dirijo já que ele não é bom em dar fuga da polícia.
— Cara, eu só vim aqui hoje pra me divertir e levar algumas jóias para casa — meu namorado falou, bebendo um Whisky amargo que o amigo colocou em sua frente. — Realmente não esperava te encontrar aqui. Nós podemos fazer algum trabalho juntos…
— David, você sabe que eu não faço mais isso — interrompeu o barman, parecendo não gostar do rumo da conversa. — Você me ajudou a sair dessa vida, e eu não quero entrar nela nem fodendo. — Deu uma risada, tentando amenizar o clima tenso que ficou.
— Bom, você não sabe o que está perdendo — murmurou o homem ao meu lado. Tomando sua bebida em um gole enquanto fingia indiferença.
David falou com a língua enrolada, anunciando que estava indo até o banheiro, apenas balancei a cabeça em afirmação. Em poucos segundos, estava longe do meu campo de visão.
— Não faça isso — Hector sussurrou, olhando para a bebida em minhas mãos.
— Eu não estou bêbada — afirmei, revirando os olhos. — Quem você pensa que é? Mesmo se eu estivesse bêbada, você não tem direito de me dizer o que eu posso ou não fazer.
Ele sorriu de lado, servindo uma bebida para o homem que acabara de se aproximar.
— Estou falando de David. Não caia na lábia dele, não faça parte do jogo. Você não vai querer estar lá quando a casa cair, vai por mim.
Sinto minhas bochechas queimarem. A vergonha que estou sentindo é palpável agora. Fui tão arrogante, e ele nem estava falando da merda da bebida.
— Bom, acho que já sou grandinha. Sei exatamente o que estou fazendo, David e eu somos bons nisso — falei qualquer coisa, apenas para não levar o assunto adiante.
— Docinho, eu também era muito bom nisso. Mas algumas coisas estão fora do nosso alcance. Se continuar nessa vida, ou acabará presa, ou morta. — o rapaz se afastou assim que meu namorado dobrou o corredor. Vindo em nossa direção.
David e Hector ficaram mais algumas horas conversando, enquanto eu observava os dois com atenção.
Observo o homem do outro lado do balcão, No braço esquerdo, ele exibe uma tatuagem. Uma caveira de expressão sombria é o centro, com uma pistola detalhada atravessando-a de lado. Em volta, maços de dólares são envoltos por correntes, e ao redor dos ossos da caveira, pequenos relógios de bolso marcam o tempo, todos interligados em um design complexo que passa uma sensação de perigo e mistério.
Seu cabelo é de um tom castanho claro, quase loiro, caindo de forma natura, e seus olhos são de um azul profundo, que contrastam com a seriedade de sua expressão.
Hector é um homem com músculos bem definidos, que se destacam sob a camisa social branca. Sua camisa está remangada até os cotovelos e exibe uma logo discreta do bar estampada no lado esquerdo do peito.
Ele me olha discretamente e sorri ladino. Sinto novamente minhas bochechas queimarem de vergonha. Quero ir embora daqui logo e nunca mais ver este homem na minha frente.
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