2° Capítulo

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H E C T O R  B R O W N

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H E C T O R  B R O W N


DOIS ANOS ATRÁS…

A arma tremia em minhas mãos suadas enquanto atravessava as portas do banco ao lado do meu tio Raul. Ele tinha garantido que o plano era infalível, mas meu estômago revirava de ansiedade. Já tínhamos feito isso muitas vezes, mas dessa vez parecia diferente. O céu parecia mais nublado, o clima pesado. O ar chegava em meus pulmões com certa dificuldade.

— Vamos lá, moleque. Siga o plano e tudo vai dar certo — Raul disse, com aquele sorriso confiante que ele sempre usava. Revirei os olhos, queria ser tão confiante quanto ele. Ele faz isso de olhos fechados, já tem certa experiência em roubar bancos e lojas de jóias.

Empurrei as portas do banco, sentindo o ar frio do ar condicionado. Um arrepio percorreu meu corpo, fazendo com que eu prendesse o ar.

Os olhos dos clientes e funcionários se voltaram para nós, e eu levantei a arma, tentando esconder o tremor na minha voz.

—Todo mundo no chão! Isso é um assalto! — gritei.

O caos se instalou de imediato. Pessoas se jogaram no chão, algumas gritando, outras em silêncio, aterrorizadas. Raul foi direto ao balcão, apontando a arma para a jovem caixa que tremia tanto que parecia que ia desmaiar.

—Abre o cofre. Agora! — ele rosnou, engatilhando a arma na cabeça da loira.

Eu mantinha os olhos atentos, tentando parecer mais ameaçador do que me sentia. Foi então que vi algo que fez meu coração pular uma batida.

Um homem de terno levantando lentamente as mãos, com um distintivo brilhando em seu cinto. Porra! Porra! Porra!

— Polícia! Larguem as armas! — ele gritou. Pegando rapidamente seu revólver na cintura.

O pânico fez com que eu congelasse. Raul agarrou a caixa, puxando-a para perto de si como um escudo humano. A arma na cabeça dela, os gritos desesperados ecoando por todo o local.

—Ninguém se mexe, ou ela morre! — ele ameaçou. Eu conheço meu tio, ele não seria capaz de matar uma pessoa por dinheiro.

Minha mente girava. Tudo estava saindo do controle. O policial continuava avançando, a voz firme e calma. Temos que nos render, temos que aceitar… falhamos.

—Calma, vamos resolver isso sem violência. Larguem as armas e ninguém se machuca — o policial murmurou, e fez sinal para uma pessoa, enquanto ele olhava sob os meus ombros.

Ouvi um clique atrás de mim. Virei-me rapidamente para ver um segurança do banco, apontando uma arma para mim. O tempo parecia desacelerar. Tentei reagir, mas quando menos esperava, o segurança avançou em mim. Caí de costas, a arma escorregando da minha mão. Isso não podia estar acontecendo!

ROUBO FATALOnde histórias criam vida. Descubra agora