13° Capítulo

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H A I L E Y  C O P E L A N D

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H A I L E Y  C O P E L A N D

— Você acha isso normal, Hailey? — Lara perguntou, enquanto eu limpava as lágrimas. — Se David gostasse mesmo de você, ele não iria sair pra uma festa sem ao menos te avisar. Ele está te traindo!

Revirei os olhos, não aguentando mais ouvir o que ela tinha a dizer. Depois que Hector foi embora, David e eu discutimos feio porque eu estava apenas com roupa de dormir na frente do melhor amigo dele.

— Ele disse que não aceita uma vagabunda que não respeita nem os amigos dele, mas eu realmente não vi nada de errado com a minha roupa! — falei, passando o dedo pelo hematoma em meu braço. Acabei perdendo a cabeça e mandando David para o inferno, ele me segurou pelo braço com força, falando que ia me fazer conhecer o inferno caso ousasse dar em cima de Hector. — É o amigo dele quem está caidinho por mim, eu não tenho culpa!

Ela deu um suspiro pesado, andou pelo quarto sem saber o que dizer. Eu sei, nós não temos a relação mais saudável do mundo, mas isso acontece só às vezes. Se for para colocar na balança, David é uma pessoa incrível que se importa comigo. Eu sei que ele é ciumento, então deixo algumas coisas passar despercebido.

— Você vai acabar morta se continuar com esse cara — minha prima disse, me olhando através do espelho da penteadeira. Ela parece tão preocupada quanto eu.

— Lara, você não conhece David como eu. E acredite, todos os casais brigam. Nós nos amamos demais para não voltar atrás e pedir desculpas — os meus argumentos são os piores, mas eu sei o que acontece no meu relacionamento.

Talvez lá no fundo eu sei o nosso fim, mesmo assim eu permaneço. Nenhum casal é perfeito, todo relacionamento tem seus altos e baixos. Às vezes precisa doer pra ser de verdade. Às vezes precisamos suportar as tempestades para ver o arco-íris.

— Eu só não quero que nada de ruim aconteça a você, Hailey. David é manipulador e possivelmente um agressor... — levantei a mão, interrompendo sua frase. Ela parou de falar, revirando os olhos, pegando seu celular para mexer. Eu sei que Lara está brava comigo, sei que ela se importa comigo. Mas ela não entende o que está em jogo, não entende tudo o que já passamos juntos. David é minha âncora.

Eu sei onde ele provavelmente está, deve estar no pub em que Hector trabalha. Desabafando para o amigo. Deve estar pedindo desculpas pela mulher dele estar com uma lingerie vermelha e uma camiseta branca quase transparente nesta manhã.

Lara e eu ficamos assistindo a alguns filmes de romance enquanto devoravamos guloseimas, passamos a noite fofocando e falando mal de algumas pessoas da nossa família, nosso hobby favorito.

Depois de algumas horas fui para casa, percebendo que David ainda não havia chegado. Fiquei algumas horas na cozinha, com uma taça de vinho e meu celular. Quando passavam das duas horas da manhã, eu virei o resto do vinho na pia e subi as escadas bufando.

David me faz perder qualquer fio de sanidade, me faz odiá-lo algumas vezes. Eu queria que fossemos um casal normal, um casal normal sem fazer nenhum ato ilícito. Queria que fossemos cartas do mesmo baralho, que nos completássemos.

O visor do celular acendeu e o nome de Hector apareceu.

“Fique tranquila, ele está bem cuidado” — o rapaz mandou uma foto de meu namorado desmaiado em um sofá, que provavelmente é na casa de Hector.

Eu sabia que eles estariam juntos. Agora que David encontrou Hector, tudo na vida dele voltou a ser sobre o amigo. Não estou com ciúmes da atenção, mas eu quero Hector mais longe o possível de mim. Ele é uma pessoa perigosa demais para manter por perto, além dele ser um ex criminoso foragido, é um pedaço de mau caminho. Ele parece não conhecer limites, é ousado e incontrolável. Eu não posso tê-lo por perto se quiser continuar com David e principalmente se quiser continuar viva.

Pedi o endereço para o rapaz, que ficou me enrolando por quase uma hora. Dizendo que não valia de nada brigar com David agora, pois ele estava bêbado e chato. Ignorei seus avisos e continuei pedindo o endereço da casa dele. Entrei no carro e segui o GPS, pensando no que iria dizer a David quando chegasse lá. Estou com tanta raiva dele que tenho vontade de jogar tudo para cima, dizer que não preciso dele para nada e que ele é um atraso em minha vida.

Mas não sou uma pessoa mal agradecida, ele sempre fez muito por mim e continua fazendo todos os dias. Preciso manter a razão ao invés da emoção. Pensar no como podemos ir longe juntos, se tivermos paciência de lidar um com o outro.

Bati a porta do carro quando cheguei, entrando em um prédio imenso com portas giratórias. Fui até o elevador e apertei o número do andar em que Hector havia falado.

Cheguei diante da porta dele, puxando o fôlego. Vou entrar aqui, xingar David e levá-lo embora. Em menos de dez minutos estou fora desse apartamento.

Assim que Hector abriu a porta, meus olhos percorreram seu abdômen definido. Prendi o ar, tentando desviar os olhos de seu corpo. Ele parece que acabou de sair do banho, está com os cabelos molhados, pequenas gotículas de água decoram seu peitoral.

— Cadê o David? — perguntei, mantendo o foco. Tentando parecer o mais brava possível. Ele apenas sorriu e me deu passagem.

Entrei como um furacão, chamando por David. Encontrei ele sentado no sofá, chorando copiosamente. Sem dizer nada, o abracei e acariciei seus cabelos. Olhando para Hector na tentativa de entender o motivo.

Após alguns minutos, David acabou por cochilar em meu ombro. Ainda assustada com sua atitude, eu levantei e fui até Hector que estava escorado no balcão da cozinha mexendo no celular.

— O que aconteceu com ele? — perguntei, seus olhos vieram de encontro ao meu.

— Há alguns meses a irmã dele faleceu, ele ainda está devastado.

Por que ele nunca me contou que tinha uma irmã? Por que isso deveria ser um segredo?

Por que ele nunca me contou que tinha uma irmã? Por que isso deveria ser um segredo?

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