Capítulo 4

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Sua expressão que antes era tediosa, se tornou um sorriso estranho? (eu diria malicioso) Talvez, mas logo se diminuiu e voltou a uma expressão tediosa, voltando a ter um rosto neutro, vamos dizer que sem emoções?

Eu o encaro esperando sua resposta.

-Tinha umas coisas para resolver.

Fala sem muita emoção, mas percebo que quando ele fala, um brilho surge em seus olhos.

-você sabe que não pode ficar faltando no seu primeiro dia de aula né?

Ele me olha e apenas assente com a cabeça.

Me viro e apenas vou em direção à rua de minha casa.

Chegando perto dela eu sinto algo me seguindo, eu começo à acelerar um pouco e o que seja que está atrás de mim anda mais rápido.

Derrepente algo se choca contra mim.

Um homem, particularmente alto, pelas luzes da cidade consigo ver sua silhueta, por conta de estar de noite.

Tal que tem braços fortes, os olhos que brilham em um tom meio vermelho, seu corpo definido.
Tenho certeza que ele derrubaria qualquer pessoa do meu porte.

Meus olhos então vidrados em sua iris avermelhadas.... Me sinto presa, algo está me sufocando.

Tento me soltar, mesmo que não tenha nada me segurando.

O aperto se intensifica e minha respiração falha por alguns segundos, logo um sorriso sem emoção e sem compaixão transborda em sua boca, tal que parece estar rindo muito.
Ele gosta de me ver vulnerável, mesmo sem eu imaginar quem ele é sinto o mesmo olhar que aquele menino novo tem, sinto meus ossos quase quebrando e o aperto acaba.

Caio de joelhos no chão.

Rapidamente olho para cima, mas não vejo nada além da rua e de casas...

Minha respiração falha novamente, só que dessa vez não tem ninguém além de mim, eu estou quase tendo um ataque cardíaco, minha visão está turva, o pânico me consome, estou sentada com os olhos cheio de lágrimas, não consigo respirar direito.

Só que eu esqueço esses sentimentos quando escuto passos atrás de mim.
Me levanto rapido, quase caio para trás por causa da falta de ar que eu sentia a segundos atrás.

-Você está bem?

*voltando para o ano atual*

Aquele homem...

Não poderia acreditar que ele estava novamente na minha frente...

-O meu bem, não se lembra de mim?

Pânico.

Única coisa que eu conseguia sentir, não saia nada da minha boca, meus olhos estão tremendo e gotas de lágrimas escorrem dele.

-Bom, eu me chamo-

-C-cala a porra da boca..

Não consigo fazer nada, estou presa em seu aperto novamente, percebo oque falei e me arrependo.. Lembro de uma de suas Regras..

*5 anos atrás*

Eu estou na casa de Alec.. O aluno novo, descobri seu nome, o homem alto que eu aviã visto naquele dia, depois que voltei da escola, era Alec...

*10 anos atrás*

-Você está bem?

Olho para ele, é o aluno novo.

Ele está parado com um feição preocupada? Não sei, não consigo entender suas emoções nunca.

-S-sim.

Digo e me viro para ir embora.

Enquanto estou andando sinto seus passos atrás de mim, eu decido acelerar um pouco.

Finalmente chego em casa, tranco todas as entradas possíveis e me tranco em meu quarto.

Até que escuto barulhos de batidinhas na porta do meu quarto...

Meu corpo está tremendo, meus olhos estão procurando algo que possa me proteger.

-Maya? Você está bem?

-C-como você entrou aqui?

-A porta ficou aberta.. Mas calma, por que você saiu correndo daquele jeito, eu vi que vc estava tendo um ataque de pânico no chão e fui te ajudar, aliás, dou seu vizinho, por isso eu te encontrei... Não quero que pense nada de errado, perdão

Eu né sinto manipulada por essas falas, eu sabia que tinha mentira nelas, mas, mesmo assim, decidi me levantar e abrir a porta. (Me sinti burra, por que sou tão ingênua?)

Abro a porta e dou de cara com ele, parado olhando com um olhar preocupado?
Não sei dizer, de um jeito que ninguém nunca avião me olhado... Me senti bem por uns milésimos, até eu lembrar de quem estava na minha frente.

-Maya?

-Como você entrou aqui? E-Eu... Tranquei tudo..

-Não trancou, Maya, você estava tendo um ataque de pânico, saiu correndo e pensou que trancou tudo, mas esqueceu, você apenas trancou a porta de seu quarto...

-Me fala que você viu alguém... Tinha alguém comigo?

Falo começando a ficar desesperada novamente.

-Não tinha ninguém, apenas você, sentada no chão...

-AAAAHHH

Solto um grito de desespero, meus ossos enfraquecem novamente, só que dessa vez eu desmaio..

Q.D.T

Acordo, o led do meu quarto está em um tom amarelinho, fazendo meu corpo relaxar, me lembro doq aconteceu e me levanto.

Aquele menino está deitado no chão dormindo, parece que tinha cuidado de mim, minha cabeça está normal.

Fico em pé novamente, parece que todo o peso do meu corpo vai para minhas pernas e tenho que me sentar na cama mais uma vez.

Ele percebe que eu levantei e acordou.
Tal que levanta e vem ao meu lado da cama.

-Você melhorou?

-Sim... Obrigado... Desculpa por ter te desfeito daquele jeito..

-Ah, sobre isso tudo bem, eu que entrei na sua casa sem sua permissão.

Estava andando tudo até ele trocar de assunto.

-Oque você tinha visto?

Meus olhos vão para os dele e fico o encarando, apenas paro de olhar e me levanto.

-Acho que você deveria ir embora... Já está tarde.

-Me desculpe pela pergunta indecente.

Olho para ele, esperando ele levantar.
Até que ele se liga e levanta, eu caminho até a porta di quarto e desço as escadas, confiro se ele está atrás de mim, e está.
Continuo andando até chegar na porta, abro a porta e espero ele ir até a parte de fora.

-Bom... Obrigado por tudo.. E desculpa por ter te tratado daquela forma.

-Está tudo bem, eu já falei.

-Ah, verdade, você ia me falar seu nome, eu acabei saindo e nem ouvi você, perdão.

-Tinha até me esquecido, tsi.

Ele solta um ar de frustração e fala

-Meu nome é alec, prazer.

Continua...

Mds, eu to usando uma palavra ai que eu nem sei se existe...
Mas ok.
Tchauzinho

2024

Illusions mortals (ᴅᴀʀᴋ ʀᴏᴍᴀɴᴄᴇ) Onde histórias criam vida. Descubra agora