seu propósito

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     Espero que me admire...



















Como eu faço com você...











[...]


Os dias passaram voando, e quando eu menos percebi, boom! Já era o tão temido fim de semana! O tão temido por alguns, ou absolutamente ninguém, mas muito aguardo por mim.
Mas meu ânimo era muito iminente, veria minhas duas pessoas favoritas, ganharia presentes, e o melhor de tudo, eu não passaria mais tempo sozinho. Posso afirmar com todas as palavras, eu amava o sentimento que aquilo me causava, felicidade! Oh, um sentimento tão bom e puro.

Podia admitir, adorava os dias sozinhos, mas semanas? Não, aquilo sempre foi muito pra mim, principalmente quando percebi que era bom ter alguém ao meu lado, seja este alguém minha musa ou FiddleFord.

Apesar de perdido em meus pensamentos, me encontrei sentado na varanda de casa, vendo a garoa cair gentilmente contra o solo, com o ar de terra molhada e capim fresco. Morar no meio da floresta tinha suas vantagens, era aconchegante, o sentimento de estar com a natureza era reconfortante, me levava de volta a infância, mesmo que eu tenha crescido na cidade, eu não entendia como, mas me sentia um garoto de novo, um garotinho fraco, porém inteligente, junto de seu irmão...

Irmão... As vezes eu esquecia que havia uma cópia de mim pelo mundo, uma aparência idêntica, mas o completo oposto. Uma vez eu tive que arrumar o sinal da antena para que minha TV funcionasse, e olha quem eu acabei encontrando em um comercial mequetrefe, ele mesmo, o S! Eu fiquei irritado, porém achei engraçado o jeito que ele soava, até cogitei ligar para o número que estava no comercial, mas a coragem me abandonou no último segundo.

  De repente, percebi que a chuva já tinha parado e apenas restava um pouco de neblina em meio a mata. Respirei fundo, aproveitando o cheiro na natureza. Aquele era um dos meus momentos de paz, onde estava apenas eu, a floresta e todas as anomalias que existiam lá.
Gostava de pensar um pouco em mim, no quanto eu evoluí, tanto como pessoa quanto em um pesquisador nato. Os mistérios que resolvi, as criaturas que estudei e conheci, meus diários de anotações, um portal hiper dimensional, todo o meu legado, estava ali, em Gravity Falls.
Mas sabe o pior de tudo isso? Nada do que eu fiz era o suficiente para minha família, absolutamente nada. "Só volte para casa rico ou milionário", foi o que o Papai disse. Mas o que eu tinha? Nada. Nada além do que eu julgava ser minha riqueza.

Tudo parecia tão inquieto — Seis dedos — Ouvi sua voz ecoar, então me levantei rapidamente e olhei em volta. Curioso, olhei para todos os lados, mas não havia nada ali.

Algumas vezes, eu alucinava com a voz de Bill, ela ecoava pela minha cabeça sempre que podia, por isso sempre achava que ele estava ali, mas não era. Me perguntava seriamente se eu estava sã da cabeça, se tinha alguma coisa de errado comigo, que talvez o isolamento estivesse custando minha sanidade, até eu o ouvir de novo.

— Stanford... Não me faça esperar — Sua voz estava longe, tão longe que se não fosse pelo silêncio daquela tarde, mal conseguiria ouvir. Seu tom era brincalhão, conseguia ouvir sua risada ao longe, mas aquilo me deixava confuso, pois sua voz vinha da floresta.

— Musa? — Indaguei — Você...— Uma brisa fria surgiu, sacudindo os galhos, fazendo as folhas caírem, e em seguida disso, eu o ouvi "Venha me encontrar".

Bill era peculiar, peculiar o suficiente para sempre inventar algo novo. Dessa vez parecia um jogo, mas, por que? Está era a tal surpresa? Com muita sinceridade, senti medo. Medo do que me aguardava, medo do que ele estava tramando, sim, eu amava seu ser, suas surpresas, mas ainda tinha medo.

Na sua mente - BillfordOnde histórias criam vida. Descubra agora