Eu deveria falar,
falar o quanto sua presença abafou
a falta dele, como um aplauso ressoante
que ecoou em momentos silenciosos,
todas as vezes, que eu nem percebi
que ele não estava ali.
Deveria expressar a gratidão
por cada risada sua,
cada olhar que me segurou,
mas entre todas as lições que você me ensinou,
falar do que me consome por dentro
ou do que realmente me faz viver,
não está entre elas.
Mas deixo aqui minha fala,
transcrita em letras,
um testemunho do amor que carrego,
da força que você representa.
Mãe, você é o abrigo onde me reencontro,
a coragem que não sabia que possuía,
o amor que eternamente me sustenta.
Neste espaço entre nós eu celebro você,
com a esperança de que minhas palavras
sejam um eco do que meu coração sente.
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