✧ DOCE VOZ ✧

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Os dias passaram e, sempre que Taehyang e Yoongi jogavam juntos, uma cena fofa e inesperada começou a se repetir. Taehyang, com seu jeito impulsivo e um tanto possessivo, passou a puxar Yoongi para o seu colo toda vez que se sentavam para jogar. No começo, Yoongi ficou surpreso, suas bochechas corando levemente, mas ele não reclamou. Apesar da surpresa, havia um certo conforto naquilo. O calor do corpo de Taehyang e o jeito protetor com que o mais velho o segurava o faziam se sentir seguro.

Taehyang, por sua vez, adorava essa proximidade. Sentir o corpo pequeno e macio de Yoongi em seu colo era reconfortante de uma maneira que ele não sabia explicar. Embora Yoongi continuasse em silêncio, digitando suas respostas no celular quando queria dizer algo, a conexão entre os dois parecia crescer cada vez mais.

Eles continuavam a jogar juntos, como sempre, com Yoongi dominando as partidas com sua habilidade impressionante. Taehyang, mesmo sendo competitivo, não se importava mais em perder. Ele estava mais interessado em aproveitar o tempo com Yoongi, sentindo o garoto relaxar em seus braços enquanto os dois se concentravam na tela.

— Você é incrível, sabia? — Taehyang murmurou certa vez, com a voz baixa e carinhosa, enquanto Yoongi estava sentado em seu colo, os olhos fixos no jogo.

Yoongi, sem desviar o olhar da tela, sorriu de leve e digitou rapidamente no celular antes de mostrar a mensagem para Taehyang:

*"Você fala isso porque está perdendo."*

Taehyang riu, inclinando-se para mais perto, seu queixo quase tocando o ombro de Yoongi.

— Pode ser. Mas também porque é verdade.

Yoongi sentiu o rosto esquentar, mas não disse nada, como de costume. Ele apenas continuou jogando, seus dedos ágeis derrotando mais uma vez o personagem de Taehyang. O garoto mais velho observava cada movimento com uma mistura de admiração e carinho, encantado com a habilidade de Yoongi, mas também com a doçura que ele exalava mesmo em silêncio.

A cena deles juntos começou a se tornar algo natural. Na escola, todos os dias, Taehyang puxava Yoongi para o seu colo sempre que podiam se encontrar em algum canto tranquilo. Às vezes, Yoongi jogava no celular, e Taehyang ficava apenas observando. Outras vezes, jogavam juntos, com Taehyang tentando ao máximo vencer, mas aceitando a derrota sempre com um sorriso.

Havia algo especial naquele silêncio entre eles. Yoongi podia não falar, mas sua presença, seus sorrisos e seus toques sutis eram suficientes para Taehyang. Ele sabia que Yoongi se sentia confortável ao seu lado, e isso era o que mais importava. Por enquanto, ouvir a voz doce do garoto de novo era um desejo que Taehyang guardava para si, mas ele não tinha pressa. Sabia que Yoongi falaria quando se sentisse pronto.

Certa vez, após uma longa partida de jogos, Yoongi estava encostado no peito de Taehyang, quase adormecido, quando o mais velho acariciou suavemente seu cabelo.

— Você está confortável aí? — Taehyang perguntou com um sorriso divertido, a voz baixa e suave, mas com uma ternura evidente.

Yoongi, sem abrir os olhos, simplesmente digitou no celular:

*"Sim."*

Taehyang riu levemente, apertando de leve a cintura de Yoongi com um gesto protetor.

— Um dia você vai me dizer isso sem o celular. — Ele murmurou, mais para si mesmo do que para Yoongi.

Yoongi não respondeu, mas sorriu de leve. Ele sabia que Taehyang estava esperando por isso, e, no fundo, ele queria atender a esse desejo. Contudo, falar era algo difícil para ele. Não era por falta de vontade, mas por causa de uma barreira interna que ele ainda estava superando.

E assim, dia após dia, eles continuaram se encontrando, jogando juntos e aproveitando a companhia um do outro. Yoongi no colo de Taehyang se tornou uma visão comum, mas para eles, era algo íntimo, um momento que reforçava a ligação que estavam construindo em silêncio.

Enquanto o tempo passava, Taehyang se pegava mais e mais envolvido com Yoongi, não apenas pela doçura que o garoto transmitia, mas também pelo mistério que ainda o cercava. Cada pequeno sorriso de Yoongi era como uma vitória para ele, e embora quisesse ouvir aquela voz suave novamente, ele estava disposto a esperar. Afinal, o silêncio entre eles já dizia mais do que mil palavras

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