CAPÍTULO 8.

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VERÔNICA LODGE

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VERÔNICA LODGE.

Dean é insano. estou presa com um homem que é capaz de coisas indizíveis. não sei por que ele estava na cadeia, mas claramente, ele não está bem da cabeça.

A jornada é um borrão monótono de paisagens passageiras. os pneus do caminhão zumbem um zumbido contínuo no asfalto, me embalando em uma calma inquieta. o rosto do Dean está endurecido, seus olhos focados na estrada, as mãos segurando o volante com força.

Horas depois, o caminhão desacelera, entrando em uma trilha quase imperceptível que sai da estrada principal. seguindo o caminho, chegamos a um motel dilapidado, com sua placa de neon piscando intermitentemente no crepúsculo que se aproxima. é um lugar que prospera em seu anonimato, um esconderijo para aqueles que desejam se perder nas fendas do mundo.

Dean desliga o motor, o silêncio repentino contrasta fortemente com o zumbido ao qual nos acostumamos. ele se vira para mim, com um brilho de aço nos olhos. — ficaremos aqui está noite. - anuncia Dean. ele me entrega um maço de notas amassadas. — arranje um quarto para nós. - ele instrui, e eu noto, não pela primeira vez, a pilha decrescente de dinheiro nos mantendo à tona.

Concordando, saio do caminhão, o frio do ar noturno contrasta fortemente com o interior abafado do veículo. eu caminho em direção o escritório do motel, o cascalho estalando sob meus sapatos ecoando no silêncio. abro a porta, saudado pelo cheiro de cigarro velho e loção pós-barba barata.

Atrás do balcão, um homem mais velho sorri para mim, seu olhar demorando-se inapropriadamente. a sensação de desconforto que eu estava carregando cresce enquanto ele desliza uma chave de motel pelo balcão, sua mão roçando a minha. seu toque envia um arrepio de repulsa pela minha espinha. de repente, a porta se abre, e Dean entra, seu rosto uma máscara de fúria.

Ele investe contra o homem sem dizer uma palavra, deixando-o inconsciente. a sala está assustadoramente silenciosa, o único som sendo o zumbido fraco do letreiro de neon do lado de fora. — que porra foi essa?

Dean me encara. — ele estava te fodendo com os olhos. - ele puха uma faca de sua jaqueta, pronto para golpear o homem inconsciente.

Eu suspiro, dando um passo à frente e alcançando sua mão. — Dean, não! - imploro.

Ele balança a cabeça, a faca brilhando na luz fraca. — ele olhou para você como um pedaço de carne. ele olhou para o que é meu. - ele rosna, sua mandíbula cerrada. — e ele vai chamar a polícia. Não tenho escolha. é ele ou eu. - sua voz é perturbadoramente calma, e eu percebo com uma sensação de afundamento que, para Dean, esse é o único curso de ação lógico.

Sinto-me mal, meu estômago se embrulhando. uma parte de mim não consegue acreditar que isso está acontecendo, que de alguma forma eu caí nessa realidade sombria onde decisões de vida e morte são tomadas em um saguão de motel decadente.

Dou um passo à frente, colocando gentilmente minha mão sobre a do Dean no cabo da faca. — podemos amarrá-lo. - sugiro. — e amordaçá-lo. ele não poderá chamar a polícia. - olho nos olhos frios de Ash, implorando por compreensão, por misericórdia. — por favor, Dean. tem que haver outro jeito.

CARRO SEQUESTRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora