Capítulo 45

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Samara.....


Acordei assustada depois de um sonho que tive, passei a mão pelo rosto e olhei para o lado, Diego dormia tranquilamente. Comecei a respirar bem devagar tentando controlar os meus batimentos cardíacos.

Quando saímos da mansão, viemos direto para casa, eu e o Diego colocamos o Noah para dormir, e depois conversamos, ele me explicou que o pai dele tinha levado para a reunião do conselho, porque ele vai ser o próximo a ficar na linha de frente e tinha que se acostumar. Eu também falei o que tinha acontecido mais cedo com a Queila. Ele me entendeu, e me apoiou. Fomos tomar banho depois disso e viemos dormir.

Não era costume eu ter sonhos desses tipos, ainda mais com a morte de Noah. Levantei da cama, senti o chão gelado assim que toquei o chão, saí do quarto, me deparei com o corretor claro, tive que fechar os olhos um pouco para depois abrir de novo por conta da claridade, andei até o do Noah.

Minha cabeça não se passava nada, e eu só queria olhar para o meu filho. Quando cheguei na porta do quarto, abri e entrei estava escuro, tinha um abajur infantil que refletia desenhos. Com passos cuidados, andei até a cama dele e me sentei ao seu lado.

Noah estava todo enrolado com sua coberta de dinossauros e o seu pijama de carros. Sorri para isso, toquei levemente em seus cabelos.

Eu não imaginava viver longe desse garoto, ele já era parte minha. E isso me deixava temerosa, de alguma coisa acontecer com ele.

Isso era tudo o que eu precisava quando era pequena, de alguém para me proteger, cuidar de mim. Não que o meu avô não fizesse isso, mas eu sempre quis um carinho de uma mãe. Foi tão difícil crescer sem isso.

E hoje eu percebo que nada era minha culpa, e sim dos adultos que não souberam resolver os seus próprios problemas e tiveram que descontar em uma criança.

Fiquei admirando Naoh, e me imaginei tendo um filho, coisa que nunca se passou pela minha cabeça. Nunca tinha me imaginado casada com um filho e desejando ficar grávida. Eles mudaram o meu pensamento, me mostraram o que é ser amada por alguém que não tem laço de sangue comigo.

Me deitei ao lado de Noah, e comecei a fazer carinho em seu cabelo. Em algum momento eu acabei pegando no sono, dessa vez dormir sem ter nenhum pesadelo.

(...)

Tirei os meus olhos do papel e encarei Théo, ele estava mainha frente calado até de mais para o meu gosto.

Estávamos no Casino, sai de casa assim que deu seis horas da manhã, como eu tinha dormido com o Noah, foi um trabalho sai do quarto sem acordar ele, ainda mais que o mesmo estava grudado em mim. Depois disso fui para o meu quarto, onde Diego já estava acordado. A gente conversou um pouco.

Voltei a minha atenção para o meu amigo na minha frente, alguma coisa tava errada, soltei o ar e me encostei na cadeira levantando um sombrancelha.

— Fala logo Théo. — ele me como se tivesse acabado de sair dos seus desvaneios e franziu o cenho. — Você não me engana, fala logo o que você quer.

Ele deu um suspiro e coçou a cabeça, antes de me olhar de novo.

— Bom, como você já sabe, eu sempre fui fiel no meu trabalho e nunca me envolvi com ninguém. — não estava entendendo onde ele queria chegar, mas esperava que não fosse nada envolvido com traição. — Eu queria te informar sobre uma coisa. — fiz um gesto para que ele falasse de uma só vez. — Estou namorado com a Júlia.

O olhei surpresa, disse eu não desconfiava, acho que fiquei muito focada em pegar o Ezequiel que não percebi isso. Théo me olhou com um olhar de curiosidade, ele queria a minha opinião sobre isso. Eu apenas sorri para ele.

Me levantei e ele fez o mesmo, sai de trás da mesa e cheguei perto dele. O mesmo ficou um pouco tenso com a minha aproximação.

— Fico feliz que encontrou alguém, meu irmão. — dei um abraço nele, o que o deixou sem reação primeiro e depois retribuiu. — Você sem esteve comigo nos piores momentos, e eu quero que você seja muito feliz. — me separei dele. Théo é como se fosse um irmão para mim, e nada além disso, nós nunca tivemos nada, além de uma relação de chefe e funcionário, e de irmãos. — Eu também quero que você seja o meu padrinho de casamento.

Ele me deu um sorriso gigante, se tem uma pessoa que torcia por mim, esse alguém era ele. Théo fazia parte das pessoas por quem eu torcia, e que torcia por mim. Uma amizade verdadeira.

— Você mudou. — me disse com um sorriso de lado. Eu entendi o que ele quis dizer, porque quem mais aturou os meus surtos foi ele. — E eu fico bastante feliz com isso.

Concordei me afastando, não gosto de muita melação.

— E como vai as entrevistas? — perguntei mudando de assunto. A gente tava inventando pessoas para assumir o cargo de Théo, já que ele iria assumir o de Lucian.

— Achei um perfeito para isso. — falou ao se sentar, ele me passou as informações da mulher que iria ficar em seu lugar. Isso mesmo, queria uma coisa diferente e dessa vez vai ser uma mulher a ser minha segurança. — Já conversou com ele. — neguei com a cabeça. — Mirelle, você tem que fazer isso logo. — me deu um sermão, e ele estava certo.

— Vou fazer isso hoje. — tranquilizei a sua consciência, ele não queria que o meu irmão achasse que estávamos tirando ele da jogada. Coisa que nunca iria acontecer. — E Samara? Eu preciso conversar com ela.

Théo estralou a língua enquanto pegava o celular e mim entregava, olhei com dúvida, mas peguei o celular. Liguei e logo vi a foto de Samara.

— Desbloqueia e olha as mensagens. — fiz o que mandou. E o que eu vi me surpreendeu ela trocava mensagem com o Ezequiel.

Em uma deles, ele até chamou ela de meu bem. Rolei as mensagens e cada vez ficava mais bizarro. Ele tinha passado a ameaçar ela, depois que a mesma foi embora. E era como eu suspeitava, ela não foi embora só por causa do pai.

— E tem mais coisas. — franzi o cenho, uma raiva cresceu dentro de mim. Ezequiel era um desgraçado filho da puta.

— Como assim tem mais? — Théo ficou em silêncio por um tempo, pegou o celular da minha mão e mexeu em alguma coisa e depois de entregou. Eram fotos de Samara toda ensanguentada. Ela tinha vários hematomas. Coloquei a mão na boca. — Foi ele? — olhe para Théo.

— Muito provável, isso aconteceu ontem depois que a deixamos em uma casa de segurança. — bati a mão na mesa com toda a força, fechei os olhos e respirei fundo.

— Como e possível ainda ter traidores em nosso meio?.— me levantei indignada.

Isso era um total absurdo, eu os dava um lugar seguro, os ajudava quando precisava, o que eu ganhava entroca?, traição. Peguei um vaso que estava encima da mesa e arremessei na parede, em seguida por um grito.

— Onde ela está agora?

— Na casa do Lucian. — peguei a minha bolsa e sai da sala sem dizer nada.

Théo me seguiu, já tava na hora de acabar com isso, e eu aposto que Samara sabia onde ele estava. Já estava em minha mente o que fazer com ele.

— Théo. — parei assim que íamos entrar no carro. Olhei para ele de canto. — Mandei preparar a purificação.

Ele me olhou espantando. Esse era o método mais cruel que poderia existir dentro das minhas punição, eu não costumava a usar, mas para ele será um prato cheio.

— Ok. — entramos no carro e ele deu a partida.

Um Coração Perdido ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora