Capítulo 02

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                              Maya Carson

Porque eu tenho que ser tão azarada a esse ponto?

Nesse exato momento eu estou com os ouvidos tampados, mamãe e Roberto estão transando no quarto ao lado, ela geme escandalosamente e ele grita coisas obscenas.

Tento tampar o ouvido mais nada adianta, o barulho está alto demais, ainda são 2:38 da madrugada.

Resolvo sair pra tentar espairecer um pouco. Visto um dos meus casacos, abro a porta do quarto fazendo o menor barulho possível, eles ainda estão transando, desço as escadas rapidamente, abro a porta da frente e saio.

Já na rua, vou andando devagar até o parque, eu vou pra lá toda vez que eu estou precisando espairecer.

Chego no parque e sento no balanço que havia ali.

Eu poderia ser diferente, não poderia?
Só queria que papai estivesse aqui, para me consolar, para me animar de diversas formas, lembro me de quando ele me defendeu de um garoto que havia me chamado de butijão, ele fez um escândalo brigando tanto com o pai do garoto tanto a mãe, mais a 5 anos atrás ele morreu de câncer de próstata e me deixou aqui...

Mamãe nem ligou e logo depois trouxe Roberto pra casa, eu estava passando por uma depressão e ela não fez nada, só me dizia mais e mais coisas que me desanimam.

Saio de meus pensamentos sentindo o cheiro de cigarro no ar, olho para os lados e vejo uma figura alta com um cigarro entre os dedos.

– Q-quem está aí? Me responda!.– Falo alto.

Me levanto do balanço e vou andando em direção a pessoa, travo quando a pessoa da um passo a frente se revelando.

Damon estava ali na minha frente me encarando.

– Oque está fazendo aqui, Maya?.– Sua voz estava mais grossa que o normal, mais espera, como ele sabia meu nome?!

– C-como s-sabe meu nome?

– Simples...todos sabem, agora responda minha pergunta.– Seus olhos me encaram com intensidade.

– V-vim espairecer.

– Sabe que agora é a pior hora pra isso não sabe?.

Assinto com a cabeça.

– E-eu tô indo embora!.

Ele não responde apenas me olha. Me viro indo embora e sinto seu olhar queimando minhas costas.

Como assim Damon Campbell falou comigo?!

Chego em casa e percebo que os barulhos já haviam parado, abro a porta do quarto com cuidado e me jogo na cama e logo o sono chega.

                                    {...}

Acordo de manhã e me deparo com o meu quarto revirado, mais que diabos?!

Desço as escadas correndo e vejo mamãe sentada na poltrona com um cigarro na mão e uma garrafa de cerveja no outra.

– Quem bagunçou meu quarto?!

– Não te interessa garota insolente!.– Ela se levanta e me dá um tapa no rosto.– Não me desrespeite! Agora some daqui!

Subo correndo e me tranco no quarto, me arrumo rapidamente, pego minha mochila e vou para a escola.

No caminho me sinto observada, olho para os lados e não vejo nada, isso tá estranho.

Entro pelos portões e vejo pessoas me olhando e dando risadinhas, apenas abaixo a cabeça, não queria brigar com ninguém.

Sinto alguém passar e esbarrar no meu ombro, mais apenas sigo o caminho.

Chego no meu armário, abro ele e vejo uma foto com montagem corpo de baleia e o rosto...o rosto era o meu. Sinto as pessoas me gravando e rindo, elas gritam palavras que me machucam.

Logo sinto um balde de água sendo jogada em minha cabeça, porque todo dia isso acontece?

– Agora sim parece uma baleia de verdade mais, opa! Faltou água não é mesmo?.– Megan diz, logo dois brutamontes me pegam e me arrastam até a área de esportes da escola, logo avisto a piscina da escola

Eles vão me jogar lá?!

Me desespero quando nos aproximamos da piscina, tento me soltar mais não consigo. Eu não sei nadar!!

Eles me jogam, sinto meu corpo ir cada vez mais fundo, não consigo respirar, tento gritar mais entra água na minha boca e nariz, vou perdendo a consciência, sinto meu corpo mole, lembro dos momentos bons que eu tive na minha vida mesmo sendo poucos.

Quando estou quase perdendo a consciência, vejo alguém pulando na água, a pessoa me pega nos braços e me leva até a superfície, ela me deita cuidadosamente no chão, ouço murmúrios surpresos e ofensas contra mim.

Sinto a pessoa fazendo massagem cardíaca no meu peito. Logo a água que entrou no meu corpo sobre pela garganta e eu cuspo tudo. Minha vista ainda está enbaçada logo sinto tudo girar e apago.

                                   {...}

Acordo escutando vozes, abro meus olhos e vejo o diretor, a enfermeira e mais algumas pessoas.

– Vou ligar para os pais dela.–  Escuto a voz do diretor.

– D-diretor por favor não liga.– Peço com a voz fraca. - Por favor!

– Eles precisam saber, querida.– A enfermeira diz.

– Eles já tem problemas demais, quando chegar em casa eu conto pra eles.– Digo, se eles ligassem, eu levaria uma surra da mamãe e Roberto.

– Conta mesmo?.– Perguntou o diretor desconfiado.

– Conto eu prometo!.

O diretor assente com a cabeça e sai da enfermaria.

– Srt. Collins? Quem me salvou?.– Pergunto, ela olha para o meu rosto e dá uma risada.

– Bom querida, Damon te salvou. – Ela diz, mais que Damon? Não seria o Campbell não é?

– Que Damon?.

– Damon Campbell, foi ele!

Mais porque Damon me salvou? Eu nunca troquei nenhuma palavra, a primeira vez que falei com ele foi essa madrugada!

– Isso é brincadeira?. – Pergunto a sra. Collins, procurando as câmeras.

– É verdade, as alunas me contaram que ele chegou lá e se jogou na piscina pra te salvar!

Oque?

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Mais um capítulo aqui, oque acharam?

Deixem a estrelinha por favor! 

Deixem a estrelinha aí por favor! 

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