Entre Nós

Capítulo 17

Maya Carson

Acordo morrendo de sono, depois da noite mal dormida.

Chorei até pegar no sono, ainda era estranho pensar que havia um bebê na minha barriga.

Decidi que não vou contar a Damon, ele é desequilibrado, bipolar e isso não seria o melhor para o meu filho. Imagina ter um pai com a personalidade de Damon?.

E se eu conta-se ele iria assumir?.

Provavelmente não até porque ele não iria largar a vida dele de farra para trocar fraldas todo dia.

Eu vou acabar com qualquer contato que tem entre nós, não quero que ele saiba da gravidez.

Mas ainda penso, eu ganho pouco, como eu iria comprar fraldas, leite e tudo que um bebê precisa?.

Vou economizar ao máximo, até porque eu não teria apoio da minha tia ela me odeia, por isso ela me autorizou de ficar em cada, ela não queria um fardo.

Chego na escola, mais tinha um problema, Matt não veio hoje denovo.

Então hoje eu ficaria sozinha.

Ando pelos corredores observando as pessoas, uma ânsia me toma, tenho que sair correndo até o banheiro.

Depois de colocar tudo pra fora, lavo minha boca e saio de lá indo em direção à sala,olho em volta e meu coração dói com a cena que eu vejo.

Damon passa do meu lado com as mãos na cintura de Mary, sinto vontade de chorar, malditos hormônios!.

Ele me encara de cima a baixo e dá um sorriso de lado, observo os dois até eles sumirem.

Hoje eu iria colocar um ponto final em tudo, mesmo que não tivéssemos nada.

A primeira aula iria ser de Ciências então eu teria que ir até o laboratório.

Caminho por entre os estudantes até achar a porta do laboratório, ando até uma das mesas que havia ali e me sento.

O professor entrou e começou a dar aula, me sinto mal porque ninguém sentou comigo, isso sempre acontece, nem sei porque ainda isso me afeta.

Começo a escutar a explicação do professor, até que uma vontade imensa de fazer xixi me atinge.

– Professor, licença, posso ir no banheiro?.– Ele assente.

Me levanto e saio da sala, caminho em direção ao banheiro, quando vou abrir a porta escuto a voz da pessoa que me assombrou a madrugada inteira.

– Oi pra você também docinho.– Sua voz transborda ironia.

Respiro fundo.

– Preciso falar com você.– Ele me encara desentendido.

– Isso não vai acabar bem, temos que parar de nos falar.

– Quer arruinar oque temos?.– Ele questiona.

– Nunca tivemos nada.

– A transa...é boa então porque fuder com tudo?.– Solto uma risada amarga

– Existem várias garotas querendo ter uma noite com você Damon.– Ele coloca suas mãos em minha cintura e me puxa contra si.

– Maya.– Ele me olha sem expressão.

– Não somos bons um pro outro, não percebe?.– Dou uma pausa.– Vou voltar pra sala, daqui a pouco o professor vem me procurar.

Ele me solta, sua feição estava totalmente enraivada, ele passava as mãos desesperadamente pelos cabelos, a aveia de sua testa pulsa, ele estava irritado.

– Foi aquele merda do Leblanc não é?! Eu sabia que ele iria fazer a sua cabeça!.

– Tire Matt do meio disso, ele não tem nada a ver!.

– Eu sabia que você iria cair no papinho de...– Não o deixo terminar.

– Damon.– Rio em amargura.– Como eu disse, não iriam faltar garotas mais bonitas que eu pra você transar, então me deixe em paz!, a três meses atrás nem nos falamos, eu quero isso de volta.

– É essa porra que você quer? Pois bem conseguiu!.– Ele sai sem olhar para trás.

Uma dor no peito me toma, fiz isso pelo bem de mim e do meu filho ou filha.

Era melhor assim.

Engulo o choro, nessa hora a vontade de ir no banheiro já havia sumido, volto andando até a sala, entro sem dizer nada e me sento no meu lugar.

{...}

As quatro aulas já haviam acabado, era a hora do almoço.

Vou até o refeitório pego um hambúrguer e um copo de suco natural, não estava com fome mais precisava comer pelo meu filho.

Resolvo ir até a biblioteca, lá iria ter menos gente e eu não iria ver Damon.

Pego um livro e vou até o fundo da biblioteca, me sento no chão e como enquanto leio o livro.

Começo a escutar gemidos na fileira ao lado, reviro os olhos.

Devia ser um casal de namorados que veio aqui só pra transar.

Me levanto a fim de procurar um lugar melhor, mais paro quando escuto a voz da pessoa que estava ali.

– Ajoelha!.– Escuto a voz fria de Damon.

Logo o barulho de zíper me faz entender oque estava acontecendo.

Saio dali antes que algum dos dois me veja.

Termino de comer a força, não podia me dar o luxo de ficar sem me alimentar.

Vou ir no jardim, lá quase não tem ninguém então é melhor para ler.

Penso no meu bebê, estou com um pouco mais de um mês de gestação, mesmo que aquela noite ainda me doa, eu amo essa criança mais que tudo na minha vida.

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Foi isso, capítulo ficou meio nhe.

Deixe a estrelinha aí por favor.