Arquivo 27

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O barulho do despertador parecia ensurdecedor e Sasuke foi obrigado a abrir os olhos, mesmo contra sua vontade, para desligá-lo. Piscou algumas vezes, preguiçoso, e sentiu um vento leve entrar pela sacada ainda meio aberta, trazendo um cheiro forte de maresia e, ao mesmo tempo, o calor do sol daquela belíssima manhã deixava o quarto aquecido e extremamente claro. Percebeu-se deitado de barriga para cima, de braços abertos, engolido pela cama macia, quando uma sensação incrivelmente gostosa percorreu seu corpo, deixando seu pênis ereto.

Ao olhar para o lado, encontrou Naruto deitado de bruços, com a cabeça virada para o lado oposto, apoiada no travesseiro. O braço esquerdo também estava deitado no travesseiro, e localizado acima da cabeça dele. O direito parecia estar encostado próximo ao corpo. A respiração dele era pesada, num sono extremamente tranquilo, mesmo com aquele barulho todo em seu ouvido. As costas musculosas e bronzeadas estavam totalmente nuas e uma das pernas dobradas. Estava tão confortável e à vontade, além de provavelmente ter se mexido muito durante à noite toda, que, da forma como estava deitado, o short havia subido pelas pernas, deixando totalmente à mostra suas coxas roliças e boa parte dos glúteos fartos.

– É claro... - Sasuke sussurrou consigo mesmo ao revirar os olhos. Depois abriu um sorrisinho, preguiçoso, ao perceber o que poderia ter influenciado sua ereção matinal.

Então, passou o braço por cima de Naruto, sem incomodá-lo, e desligou o despertador escandaloso. Sentou-se na beira da cama, do lado oposto do loiro e levantou-se para ir até o banheiro, caminhando rápido, tentando passar despercebido pela casa para evitar uma situação constrangedora e, então, aliviou-se sozinho.

Tomou uma ducha para acalmar as coisas e, neste momento, percebeu o corpo dando sinais da falta da refeição da manhã. Imaginou que se estava com fome, talvez Naruto acordasse da mesma forma. Logo, passou no quarto onde estava hospedado apenas para pegar uma muda de roupa e depois de mais ou menos dez minutos, desceu para a cozinha, vestindo sua blusinha branca, bem justa no corpo e sem mangas, com um short curto e largo, preto, de um tecido bem leve. Usava um pequeno rabo-de-cavalo meio desarrumado, com a longa franja caindo para o lado esquerdo do rosto, além dos fios que se soltavam do penteado e ficavam presos atrás de suas orelhas.

Ao chegar na cozinha, depois de passar pela casa estranhamente vazia e tranquila naquele horário, encontrou algumas das janelas abertas. Por elas e pela porta dos fundos, um vento matinal circulava levemente e a luz do sol entrava aquecendo o ambiente. A vista para a praia se mostrava esplêndida: o mar, a essa hora, tomava um tom azul piscina refletindo o céu sem nuvens daquela belíssima manhã em suas águas, que agora eram tranquilas. Tudo estava muito arrumado, como se ninguém tivesse tomado café da manhã ainda. Então, Sasuke abriu a geladeira, pensativo sobre o que Naruto normalmente comeria pela manhã. Pegou alguns ingredientes e colocou em cima da bancada, pegou outros no armário e começou a organizar um café da manhã com o que tinha, para duas pessoas. Estava encostado na bancada, equilibrando-se apenas com a perna esquerda no chão, sustentando o peso do corpo todo, ao passo que mantinha a perna direita flexionada de lado em relação ao próprio corpo, de modo que o pé direito se apoiava na lateral da coxa esquerda. Tinha uma postura ereta naquela posição, como se fosse muito fácil. Ele terminava de preparar alguns sanduíches quando começou a pensar se Naruto iria gostar daquele sabor, afinal não sabia do que ele gostava, além de macarrão. "E se ele não gostar disso...?!" passou pela sua mente, junto de uma certa preocupação. No mesmo instante balançou a cabeça em negação, rapidamente, como forma de afastar o pensamento e aquele pequeno sentimento de insegurança que surgia. "Mas que porra é essa?!" murmurou consigo mesmo, quando percebeu o rumo de seus pensamentos.

– Podia ter me chamado pra ajudar. - Ouviu, de repente, aquela voz rouquinha sussurrando ao pé do seu ouvido, surpreendendo-o, enquanto sentia os braços levemente musculosos contornarem sua cintura e as mãos firmes tocarem sua barriga. Logo teve o corpo robusto e macio contra o seu com aquele cheiro inconfundível.

Convite Para a Culpa (NaruSasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora