Oi, amores! Peço desculpas pela demora. Para compensar, preparei um capítulo com 11 mil palavras! Espero que, apesar da espera, vocês gostem do que escrevi.
[...]
Era pouco mais das 5 da manhã, a casa das Hirai Minatozaki estava silenciosa, exceto pelo leve som da respiração de Momo, que dormia tranquilamente sobre o peito de Sana.
Encostada na cama, Sana mantinha seus olhos perdidos na parede, sua mente vagando entre os eventos do dia anterior. Enquanto seus dedos deslizavam suavemente pelos cabelos de Momo, ela se remoía pelo que havia acontecido, especialmente pelo que tinha falado a Dahyun. Não era comum para ela se sentir tão mal pelas palavras que escolhia, mas dessa vez algo em seu comportamento a perturbava profundamente.
Sana sempre foi uma professora severa, e ela sabia disso. Com seus alunos, exigia o máximo de esforço, sempre acreditando que a pressão os moldaria para serem melhores. No entanto, havia uma diferença clara entre ser severa e ser maldosa, e no dia anterior, ela sabia que tinha ultrapassado essa linha. Ela havia sido injusta, acusando Dahyun por coisas que a garota nem sequer tinha feito, além de ter lançado comentários duros que nem mesmo uma adolescente rebelde merecia ouvir.
Sana franziu o cenho ao se lembrar desses comentários, que refletiam muito mais sobre ela do que sobre Dahyun.
Por anos, Sana carregou a carga dos comentários e maldades que os outros impunham sobre ela, e esses julgamentos a transformaram na mulher fria e dura que era. Seu lado maternal e carinhoso, algo que antes fazia parte intrínseca de sua personalidade, foi sendo deixado de lado.
Mas agora, ela se via envolta em sentimentos que não conseguia controlar. Por que esse lado estava voltando tão intensamente? E por que justamente com Dahyun, uma jovem que causava tantos problemas no colégio? Nunca havia sentido essa necessidade de se preocupar e pressionar alguém com tanta força, mas, de algum modo, com Dahyun, era diferente.
Sana sacudiu a cabeça, tentando afastar a imagem de Dahyun chorando em sua frente. Aquele olhar vulnerável, misturado à culpa que ela mesma havia imposto, pesava em seu coração. Ela sabia que precisaria lidar com isso, que uma conversa com Dahyun era inevitável.
Sana, ainda perdida em seus pensamentos, foi tirada de seu transe quando sentiu Momo se mexendo. A mulher abriu os olhos lentamente, bocejando, e ao perceber a expressão distante de Sana, perguntou:
—"Ainda pensando sobre ontem, meu bem?" -Perguntou Momo.
Sana sorriu de leve, sem conseguir negar.
Momo se ajeitou, sentando-se na cama e acariciando carinhosamente a perna de sua esposa.
—"Você sabe que tudo vai se resolver, né?" -Disse Momo em um tom calmo. —"Hoje, você vai conversar com ela, e tudo ficará bem."
Sana suspirou profundamente, voltando a encarar a parede. A ideia de encarar Dahyun depois de tudo o que havia dito a fazia se sentir um tanto perdida.
Momo, percebendo o conflito interno da esposa, sugeriu:
—"Se você quiser, pode chamá-la para a minha sala, conversar com ela a sós. Não vou estar lá e às vezes, falar em particular ajuda."
Um sorriso tímido apareceu nos lábios de Sana. Ela deitou na cama e puxou Momo para cima de si, envolvendo-a em seus braços, e deu um selinho suave em sua mulher.
—"E eu posso saber onde a senhora estará, se não em sua sala?" -Falou Sana.
Momo riu, afagando os cabelos de Sana e ajeitando alguns fios que caíam sobre sua testa.
—"Estarei no prédio ao lado, na faculdade, em uma série de reuniões. Você sabe, aquele caos de sempre." -Disse Momo.
Sana concordou enquanto sorria e as duas se perderam no olhar uma da outra por um momento. Sana que estava acariciando o rosto de Momo, observou a mais velha com um amor incondicional. Momo percebeu a intensidade do olhar de Sana, mas ao lançar um breve olhar para o relógio sobre a cabeceira, viu que já estava na hora de levantar.
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The Unseen Wounds
FanfictionEm "As Feridas Ocultas", Sana e Momo são o casal poderoso que domina o colégio mais prestigiado da cidade, um lugar conhecido por formar líderes e profissionais de sucesso. Momo, como diretora, e Sana, uma professora exigente, são temidas e respeita...