Jaqueline Strada
Todas as minhas coisas essenciais já estavam no apartamento e agora eu estava sozinha me vendo diante de um novo dilema.
Preciso reorganizar minhas coisas, colocar tudo em ordem e começar a investigar quem fodeu a minha casa.
Eu não tenho do que reclamar do apartamento, ele é um lugar legal, muito bom mesmo. Mas eu adorava morar naquela casa e eu não vou deixar os filhos da mãe que fizeram eu me mudar impunes.
O meu apartamento é grande, a uma sala principal, sala de jantar, três quartos, incluindo uma suíte, banheiros equipados com tudo, uma cozinha que deixaria qualquer Chef babando e uma varanda linda que a noite era um verdadeiro espetáculo para observar a cidade. Como eu disse eu não tinha do que reclamar.
A campainha tocou e eu corri até a mesa de centro onde havia uma arma alí, peguei a mesma e a empunhei, logo me aproximei da porta e olhei pelo olho mágico, vendo Adônis alí fora.
Mais relaxada, abaixo a arma e abro a porta deixando que ele entre e assim que ele faz, eu torno a fechar a porta e passar a tranca na mesma, além de ativar o alarme.
- O que está fazendo aqui? -Pergunto pondo a arma sobre a mesa. - Achei que tinha retornado para a chácara com Rita.
- Eu ia, mas pensei melhor e você precisa de mim mais do que ela, além do mais, nós precisamos trabalhar então... -Ele põe dois sacos de papel marrom sobre a mesinha de centro e se senta em meu sofá. - Caso não saiba o que é isso, é almoço.
- Obrigada! -Me sentei e ele me entregou um dos sacos de papel, eu não ia me fazer de rogada quando estava tão faminta.
Ao abrir o compartimento de isopor, o cheiro delicioso preencheu meus sentidos e eu quase gemi em resposta.
Arroz temperado com páprica, frango assado na brasa e uma salada de verduras temperada com um fio de azeite, sal e vinagre.
Essa era uma de minhas refeições favoritas e era surreal de gostoso saber que Adônis ainda lembrava disso.
Quando dei a primeira garfada e a mistura de sabores explodiu em minha boca, não pude evitar fechar os olhos e soltar um gemido de satisfação.
- Esqueci o quanto você é expressiva comendo. -Abro os olhos e encontro Adônis me observando com um sorriso divertido.
- Me desculpe, eu não consigo evitar. -Digo tentando não ser mais estranha do que o normal.
- Não precisa se desculpar, eu acho bonitinho. -Dou um sorriso sem graça, mas consigo comer o resto da comida sem mais nenhum momento constrangedor.
Quando o almoço é finalizado, Adônis se estica sobre o sofá e ele parece bem a vontade.
Até então eu não tinha me tocado que ele havia dito "nós precisamos trabalhar" então quando isso perfurou na minha mente, precisei perguntar, porque ele só pode ser doido se acha que vai comigo.
- Que parte é essa do "nós temos trabalho a fazer" que eu não entendi?
- Não achou mesmo que eu ia deixar você sozinha fazendo o trabalho investigativo dos Red Eyes, achou?
- Não posso pedir que você se meta em tamanho perigo por mim.
- Ótimo porque que eu me lembre você não me pediu nada, eu estou nessa por puro desejo meu.
- Donnie...
- Se parar de me chamar assim, eu vou embora e te deixo em paz.
- Está falando sério?
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Amor Perigoso
RomanceDoce, forte e perigoso! Esse livro contará a história de Jaqueline e Adônis, um casal forte, sexy, selvagem, mas que tem medo de exporem seus sentimentos principalmente um para o outro. Adônis deu o primeiro passo, Jaqueline recuou e agora eles prec...