Capítulo 13 - Jaqueline

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Jaqueline Strada

Adônis havia ido embora e pelo menos isso eu havia feito direito.

Não era do jeito que eu pretendia, não com briga, quero dizer, mas pelo menos, havia funcionado.

Eu sei que ele não vai me entender, acredito que ninguém irá, mas brigar com Adônis e não uma discussão como as que a gente tem sempre, mas sim, uma briga de verdade, era o único jeito dele me deixar, ir embora e se manter em segurança.

— Não quero pensar nisso! Não posso pensar nisso! –Me repreendo.

Se eu pensar demais vou me sentir culpada por priorizar a segurança dele e manda-lo embora.

Felizmente meu celular toca me tirando de meus pensamentos e um número desconhecido está na tela.

Deliberei por alguns segundos para saber se eu atendo ou não, por fim, eu resolvo atender, até porque pode ser importante.

— Alô?

Jaqueline?

— Quem deseja falar? –Perguntei desconfiada.

Sou eu, Rita, a irmã de Adônis.

Imediatamente meu corpo entrou em pânico, meu coração acelerou, senti meu estômago se encolher como se tivesse levado um soco e quase não conseguia falar pois o ar estava em falta em meus pulmões.

— Ele está bem? Aconteceu algo?

Porque não há outra explicação pra Rita me ligar se não algo aconteceu com o irmão dela.

Não Jaqueline, Adônis está bem, eu não liguei por motivos ruins, liguei pra te fazer um convite.

Meu Deus! Senti o nó em meu peito se afrouxar e eu quase cai sobre a bancada da cozinha e faltou bem pouco para que as lágrimas descessem pelo meu rosto.

— Convite, Rita? Que convite?

Daqui as três dias será aniversário da minha noiva e eu adoraria que você viesse.

— Eu adoraria, Rita, de verdade! –Fecho os olhos e tento acalmar a minha respiração. — Mas eu não gostaria de encontrar o seu irmão, agradeço o convite, mesmo, mas é melhor eu não ir.

— O Adônis não vem.

— Como assim?

— O Adônis está no Brasil, ele me ligou do aeroporto dizendo que estava voltando pra casa, eu tentei convence-lo a vir pra festa, mas ele disse que não estava afim de festa nenhuma, então foi pra casa.

Isso fez com que eu me sentisse ainda pior. Ele vai perder a festa da cunhada por culpa minha.

— Rita, acho melhor eu não ir de qualquer forma, eu não sei se é uma boa ideia.

Poxa Jaque, Quesia está tão ansiosa pra conhecer você.

— Você falou de mim pra sua noiva?

Óbvio, eu adorei você e contei sobre a minha viagem pro Brasil nos detalhes e você aparecia muito, então ela queria conhecer você.

Suspiro.

Talvez isso seja o mínimo que eu possa fazer depois de ter agido como uma filha da puta com o irmão dela. Mas antes eu preciso de uma confirmação.

— Pode me prometer que Adônis não irá brotar aí do nada?

Definitivamente! –E ouço o sorriso da mulher do outro lado da linha. — Sim, eu posso prometer que meu irmão não vai aparecer aqui do nada.

Amor PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora