𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟐. 𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐔𝐌𝐀.

769 135 118
                                    

Meta: 100 comentários.

𝐕𝐈𝐓Ó𝐑𝐈𝐀 𝐃'𝐏𝐀𝐔𝐋𝐀

Meu... Deus. M-E-U... DEUS!

Eu... Eu transei com ele? Tipo, foi real? Aconteceu? Essa respiração ofegante dele no meu ouvido é por minha causa? Por causa do que a gente acabou de fazer?

PUTA MERDA!

Nesse momento agradeço pelas luzes estarem apagadas, porque a minha cara provavelmente deve estar de puro choque, mas ao mesmo tempo com um sorriso satisfeito, ainda tentando entender oque aconteceu. Abismada.

– Você tá bem? — ele pergunta, a voz um suspiro rouco.

Como que não fica bem?

– Eu tô... Eu acho. — respondo, sentindo a presença dele ainda mais perto de mim.

– Te machuquei?

– Talvez, não sei... Preciso ver amanhã as marcas que foram deixadas, pra responder.

Ele ri pelo nariz, e parece se levantar, porque eu sinto o calor do corpo dele perto do meu desaparecer e agora tudo que sinto é um vento frio arrepiando meu corpo, instintivamente me encolho.

Escuto os passos dele indo pra longe de mim, e logo a luz se acende, meus olhos se apertam com o clarão. Aos poucos, consigo focar nele. Raphael já está com a cueca no corpo, mas o resto está completamente à mostra.

O suor ainda brilha nas costas dele, escorrendo pela pele como se tivesse acabado de sair de uma corrida. Meus olhos instintivamente seguem o volume que ainda se destaca sob o tecido da cueca. Engulo em seco e, sem perceber, mordo meu lábio inferior, sentindo uma onda de calor percorrer meu corpo de novo.

Como se sentisse meu olhar, ele se vira bem na hora, e solta uma risada sem graça, passando a mão pela nuca.

– Tá me avaliando agora? — pergunta, com uma mistura de provocação e timidez, o que me faz rir nervosa.

Ao me mover, percebo que ainda estou com os seios expostos. Num reflexo, levo as mãos até eles, tentando me cobrir de maneira desajeitada, o rosto quente de vergonha. Ele repara no movimento e ri de novo, mas dessa vez o olhar dele é mais... suave. Sem a intensidade de antes, mas ainda com aquela faísca que me deixa sem ar.

– Não precisa se esconder de mim, Vitória —ele murmura, os olhos me devorando de cima a baixo. – Toquei em cada centímetro do seu corpo a menos de dois minutos atrás.

Minhas bochechas queimam, e eu respiro fundo, tentando recuperar algum controle sobre a situação. Fecho os olhos por um segundo, me forçando a lembrar que, sim, eu acabei de transar com Raphael Veiga. E, de certa forma, ainda estou tentando entender como cheguei até aqui.

– Será que... — prendo os lábios de nervoso. – Você podia apagar a luz de novo, só pra eu me vestir.

Ele estreita os olhos, mas sorri, sem questionar.

Ele sabe que não estou me sentindo confortável estando quase nua na sua frente, e me admira que ele não insista saber o porquê disse.

– Mais fácil, vou dar licença pra você se vestir. — pega sua roupa no sofá onde estou sentada. – Fica aí o tempo que precisar pra... Digerir tudo.

Mordo a parte interna da bochecha com força, sentindo a vergonha me invadir por completo. Ele sabe. Ele sabe que, de alguma forma, eu estou tentando entender o que acabou de acontecer, e que a sensação é tão surreal que meu cérebro ainda está lutando para processar.

𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄 𝐍Ó𝐒. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora